E foi dada a largada! Odeio ter razão em uma hora como esta, mas eu bem que avisei. Os blogs Mulherr, Allan Sieber, Mau-humor, Pensar Enlouquece e, outros
tantos que você poderá ver aqui, foram deletados do Blogger ontem à tarde. A deletada veio acompanhada
dos argumentos previstos no contrato versão 102.1, mas eles, mais uma vez, não cumpriram o
combinado (novidade…).
O Inagaki, por exemplo, que não ultrapassou a cota permitida em disco (7,5 Mb), foi deletado
porque, segundo eles, passou dos 10 Mb. Eu tenho duas explicações possíveis para o causo: Ou
alguém precisa ensinar os computadores deles a fazer conta (espero que sejam computadores; se
forem pessoas, o negócio é pior do que eu imagino), ou o Ina foi bloqueado porque andou escrevendo
demais nos últimos tempos. Por sorte, ele correu e está temporariamente em um novo endereço.
Visitem o Pensar Enlouquece e acompanhem as
novidades.
E, dos males o menor, aqueles que estão sendo expulsos podem recomeçar escrevendo livremente em um
provedor onde as regras sejam claras.
Outra coisa: Quem foi bloqueado e quiser uma força pra divulgar o novo endereço, mande a URL que
eu posto por aqui. E aqueles que puderem e quiserem fazer o mesmo, é uma boa hora. Assim nos
mantemos informados e ficamos cientes da lambança toda.



Escrito pela Alê Félix
9, março, 2004
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Alô…
– E aí?
– Tudo bem?
– Tudo. Me ajuda aqui. Diz o nome de uma mulher admirável.
– Dolly Parton.
– Fala sério…
– Ué? Eu acho.
– Ok. Mulheres admiráveis por outros detalhes que não sejam os peitos.
– Lição de casa muito difícil.
– Pois é, só consigo lembrar de personagens… Mulher Gato, Scarlett O’Hara, Endora, Jeannie é um
gênio, a irmã morena do mal…
– Só vaca!
– Pára! Eles eram ótimas.
– E a Feiticeira?
– A Feiticeira era uma lerda. Eu só assistia os episódios que a Endora aparecia. Como pode uma mãe
legal como a Endora ter uma filha mosca morta como aquela?
– Já ouviu falar em ficção?
– Você deve se achar um cara engraçado…
– Costumo ter certeza. Mas sabe que você tem razão? Mulher, pra ser admirável, ou ferrou alguém ou
passou a vida tentando.
– Nada. Moças determinadas. Se bem que mulher determinada não passa de uma mimada que cresceu. Mas
são todas boas meninas. Mesmo que sejam bem lá no fundo. Olha só: Pagu, Nise da Silveira, Regina
Navarro, Leila Diniz…
– Concordo com as três primeiras, mas Leila Diniz? Por quê?
– As três primeiras merecem todo o respeito do mundo. Mas a Leila, também. Pela luz que ela tinha.
É difícil encontrar uma mulher iluminada como ela foi. Iluminada no sentido foda-se da vida, sabe?
– Não.
– Ela era uma alma livre. Gosto do jeito como ela dizia “foda-se”. Mulheres raramente dizem
“foda-se”.
– Hum… Quem mais?
– Evita…
– Evita, boazinha?
– Eu sei, eu sei… Mas quantas prostitutas você conheceu que se tornaram santas? Não é uma tarefa
fácil. Além do mais, eu adoro a história da vida dela. É uma das minhas manipuladoras preferidas.
– Hum…
– Depois tem a Jannis Joplin, Chiquinha Gonzaga e Camille Claudel.
– Camille Claudel?
– Mulheres loucas e passionais que canalizam essa energia para a arte, são boas mulheres.
– Ou seja: mulher, pra ser uma grande mulher, precisa ser vaca, louca ou puta.
– Não, você mesmo disse que concorda com três dos nomes que eu citei.
– Ok, precisa ser vaca, louca ou puta, com algumas exceções.
– Mas tem que fazer isso publicamente e com objetivos maiores do que o de criar filhos. Escondida
entre a lavanderia e o quarto, qualquer dona de casa pode ser uma das três, nenhuma das três ou
até mesmo uma “três em um”, mas, como elas mesmas custumam dizer, ninguém reconhece.



Escrito pela Alê Félix
8, março, 2004
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Agora virou moda questionar o porquê de não haver um dia dedicado aos homens. Tenham dó! Ter
um dia lá é coisa de homem? Tem que ser muito mulherzinha pra precisar de um dia-homenagem.
Se ainda fosse feriado, ainda vá lá…
Papo furado.



Escrito pela Alê Félix
8, março, 2004
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Nos próximos dias prometo postar sobre a Saga do Primeiro Beijo e o Videotexto. Andei com
preguiça de escrever sobre estes causos, mas agora acho que vai. E, em breve, o Clube da Lulu
também estará de volta. Tivemos problemas técnicos, mas os meus nerds de estimação já estão
resolvendo a parada.
Lançamentos da editora, chat fixo,
templates novos e novas firulas também estão previstos. Fiquem de olho.
Ah, e não posso esquecer de, um dia desses, escrever sobre uma questão que me atormenta há tempos.
Nada grave, muito pelo contrário. Mas acho que vou ter que abrir a proposta que eu recebi antes de
decidir se aceito ou não. Vou fuçar dentro de mim pra ver se ainda me resta um tiquinho de
coragem, dar um chutão na pouca vergonha que ainda me atrapalha e depois eu conto.
Quem quiser ler os últimos posts da saga e do videotexto é só clicar nos links abaixo.
A
Saga do Primeiro Beijo

O
Videotexto



Escrito pela Alê Félix
7, março, 2004
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Levei um grande susto. Mais do que um susto. Fui atingida por palavras que me fizeram, mais
uma vez, querer desistir das relações humanas. Sempre acredito que estou forte o suficiente para
enfrentar pessoas. E realmente estou. Eu não minto quando falo sobre as minhas dores e o quanto me
sinto capaz de compreender as motivações alheias, mas tenho cada vez menos paciência. Cansei de
pedir desculpas para preservar amigos, amores e pessoas tristes. Nunca precisei perdoar, porque
isto não é necessário quando somos capazes de nos colocar no lugar do outro. Mas, infelizmente,
compreender vem fazendo com que eu desista. Não por desinteresse ou falta de carinho, mas por
falta de fé… e preguiça talvez. Cansa menos seguir em frente do que correr no mesmo lugar.
Olhando para trás, sinto que aprendi a falar, a andar e em seguida me livrei dos escudos que me
ensinaram a usar. Nunca precisei deles. Não gosto deles e tampouco de quem os ostenta. Cada dia
que passa, sei que suporto menos a fragilidade humana. E já se passaram muitos dias desde que
tratei de me esconder dos raios do sol, das conversas banais e de todos que se mantêm na
superfície. Não se encaixa na minha natureza estar assim, mas se tornou cômodo. Meu sorriso sempre
foi tão honesto quanto minhas intenções. Ninguém vai dizer pra mim que não e muitos menos tentar
me convencer. Minhas mãos sempre estiveram estendidas e me sinto a todo instante brigando com os
meus demônios para que ao menos os sorrisos sejam preservados. Não sei se consigo – porque não sei
mais se quero – mas estou tentando.
Definitivamente ou não, me sinto prestes a desistir de oferecer o primeiro aperto de mão para quem
quer que seja. Adoraria não ter este tipo de pensamento, mas não sei mais lidar com pessoas feitas
de vidro.



Escrito pela Alê Félix
6, março, 2004
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Sérgio Rodrigues, do No Mínimo, escreveu sobre o Gerador de Letras do Mundo Perfeito. E
vocês? Já leram os primeiros capítulos do livro da senhorita Mundo Perfeito? Sim? Não? Talvez?
Gostaram? Já compraram? Ainda não, mané? Bom, ninguém é perfeito, mas não custa tentar, criatura!
Leia…
Aqui
e aqui estão oferecendo bons descontos. Aproveitem. Tia Alê também agradece.



Escrito pela Alê Félix
4, março, 2004
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– A gente precisa deixar a preguiça de lado e fazer algum exercício físico.
– E se nós tivéssemos um filho?
– Não inventa desculpa pra não fazer ginástica.
– Eu sei, eu sei… Dias de útero emotivo. Daqui a pouco a razão volta e eu volto a pensar em
natação.



Escrito pela Alê Félix
4, março, 2004
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– Alê, o que aconteceu?
– Nada. Por quê?
– Como nada? Acabei de ler seu blog e vi que você se separou.
– Se você tivesse lido de verdade não estaria me ligando. Teria visto que o texto não foi escrito
por mim e que ele era apenas uma nova brincadeira do blog.
– É mesmo? Não acredito! Achei que você tivesse se separado do maridon e tido a cara de pau de
partir para o ataque no mesmo dia.
– Você não foi a única. Isso que mais me impressiona… Ou eu preciso rever o jeito que eu conto
as coisas, ou as pessoas fingem que lêem e todos nós fingimos que acreditamos. É como comprar um
livro só para dizer que leu ou só para usá-lo na decoração. A gente vê o tempo todo pessoas
dizendo que leram isso e aquilo, vomitando dúzias de livros de cabeceira, mas as vezes acho que
eles ficam só na cabeceira mesmo. E me pergunto o que as pessoas assimilam do que lêem. Se nem um
mísero post pode ser compreendido com facilidade ou lido até o fim…
– Ah, não vem não! Aquilo estava na cara que era seu. E logo depois você ainda escreveu que perdeu
sua melhor fonte de renda! Óbvio que era caso de separação, oras bolas!
É foda… além de mal interpretada, virei golpista. Eu! Logo eu que sempre tive aflição de
dependência financeira. #$%^&*&^%$#



Escrito pela Alê Félix
3, março, 2004
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