Mais uma da série: O mocinho morre no final, o mocinho morre no
final…

Um amigo de turma é famoso por sua empolgação diante das telas de
cinema. Dizem as más linguas que, nos auges das lutas do filme
Gladiador, ele não se controlou e disparou murros de vitória contra o
vento, gritando: Maximus! Maximus! Maximus!. Pode? Pior é que, ao
assistir Tróia neste último fim de semana, não posso dizer mais nada.
Tive que me segurar para não repetir o feito com “Hector! Hector!
Hector!
“. Mesmo sendo difícil torcer contra a bunda, a boca e cada
centímetro de pele e madeixas do Brad Pitt, foi por um triz que não
levantei na hora do pega-pra-capar e não dei vexame a favor do “Hector!
Hector! Hector!”. Pena que a torcida era em vão. Nem minhas preces para
que ele virasse o Hulk e acabasse logo com aquela palhaçada, dariam
resultado. Esses diretores sem criatividade… Custava mandar o Hector
dar uma banana para os mitos, se transformar no incrível Hulk e mostrar
para aqueles gregos com quantos paus se faz um cavalo alado? Bah!
Isso, sem contar as vezes que segurei a minha vontade de jogar a Helena
do alto das muralhas de Tróia. Eu, no lugar da mulher do Hector, mesmo
com dó da história de vida da oferecida, teria dado no mínimo uma bela
sova na blond e no cunhado bundão. Aquele elfo imprestável só serviu pra
acabar com o bonitinho do Aquiles… E justo na hora que eu queria que o
Brad desse um perdido na história e se salvasse!
Resumindo: tirando estes contratempos, adorei o filme. Mas sou suspeita
pra falar sobre ele, porque amo de paixão um bom combate épico. De todos
os meus pecados, o pior deles é agradecer a Deus pela indústria
cinematográfica americana, toda vez que eu assisto uma guerra disputada
no mano a mano. Por algum motivo, nessas horas saio do cinema achando
que morrer pode não ser uma bosta completa. Não, nada em prol do
heroísmo ou da violência, mas talvez porque a falta de sentido da vida e
da morte me façam crer que, se é para morrer, que seja lutando por
alguma coisa que preste.
A verdade é que eu sempre tomo partido – até nas lendas. Povo bom,
aquele de Tróia… Povo bom, rei bom, príncipe bom. Ingênuos, mas bons.
Aliás, saí do filme me perguntando se existem pessoas boas que não são
ingênuas. E me pergunto agora se o mundo não seria um lugar melhor se os
homens seguissem sem hipocrisia o código de honra dos troianos: “honre
os deuses, ame a sua mulher e defenda o seu país”. Pena que eles
esqueceram de incluir “não cobiçai a mulher do próximo”, mas enfim…
Acho que onde houver paixão, haverá pecado. Não tinha como evitar e é
ingenuidade achar que isto bastaria.
ATENÇÃO: Se você não viu o filme não leia este post! EU
SEMPRE CONTO O FINAL DO FILME! Você foi avisado.

Respostas para os comentários:
a) Todo mundo está careca de saber que eu conto os finais dos
filmes. Além do mais, quem nunca ouviu falar do calcanhar de Aquiles? :b
b) Deise, obrigada por me lembrar do olhar da Marion. Pensei
sobre isto depois que vi o filme. Pensei que seria interessante ver a
história sobre a ótica feminina. Dela, li as Brumas de Avalon
obcecadamente. Lembro que cheguei a parar tudo que eu estava fazendo
para ir a um sebo e comprar o terceiro livro. Uma delícia o jeito que
ela escreve. Vou atrás do Tróia. Valeu. 😉
c) Rodrigo, feijões gelados com maionese e pimenta malagueta.
Tudo devidamente enrolado com meia de seda nas coxas… Éca, que nojo! É
mentira, hein! Eu não fumo, bebo quase nunca e não falo com gente. Deve
ser por isso. 😐
d) Para aqueles que torceram para o Hector: como alguém pode ter
torcido contra? Nem se eu tivesse passado o filme inteiro com a imagem
do primeiro cutuco da Bri na cabeça. Aliás, pra uma virgem, eu diria que
Briseida não era nada besta. Mas também, quem precisa de preliminares
com uma pegada de faca como aquela?
e) Ju, eu leio e dou uma clicada em todo mundo que comenta aqui,
no orkut ou manda e-mail. Infelizmente, apesar de sempre ler os últimos
posts de quem comenta e deixa o link, não consigo tempo para comentar.
Se eu ficar comentando, me empolgo e acabo escrevendo mais do que o meu
tempo permite. Sem contar que essa interatividade me assusta um pouco.
Comentário daqui, comentário dali, vou querer ficar amiga, chamar pra
tomar café e aí lascou: vou voltar a falar com gente e eu sou muito
antipática, anti-social e uma porção de outros antis pra me arriscar com
essas coisas. 🙂 Brincadeira, mas nem tanto. O que eu estou fazendo
hoje, por exemplo, é um caso raro. Uma tentativa de descansar a mente e
aliviar o stress e o cansaço dos últimos de dias de trabalho. Beijo,
querida!
e) André, eu vou quando todos já foram. Sala vazia, posso torcer
para o “Hector! Hector! Hector!”, sem levar uma pipocada na cabeça. 😉



Escrito pela Alê Félix
2, junho, 2004
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Acidente de percurso. Dá azar contar antes de ter certeza. Conto quando
puder contar com os ovos no parréco da galinha.
Fui.



Escrito pela Alê Félix
31, maio, 2004
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Devo ter perdido o cérebro em um desses ataques suicidas que eu cometo
sempre nos jogos de War. O objetivo era pegar o livro na hora que
deixamos vocês no hotel, mas o jogo acabou antes de você ganhar a
partida e eu fiquei meio desnorteada.
Eu já tinha babado na capa e vou aproveitar o frio para me enrolar na
coberta e ler os primeiros capítulos. Quem ainda não comprou, compre aqui.
Ah, apesar da minha vergonhosa porção de furos, adorei a madrugada. Na
próxima, eu prometo estar com o lado B do Libera o Badaró na ponta da
língua e com a válvula do banheiro consertada. 😉
capaprimaveraeterna.jpg



Escrito pela Alê Félix
31, maio, 2004
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Muito, muito serviço… E uma porção de novidades que, daqui a pouco, eu
conto.



Escrito pela Alê Félix
31, maio, 2004
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Meados de abril, um belo fim de tarde, eu e meu amigo Butterfly tomávamos vinho branco e falávamos mal da vida alheia esparramados nas
espreguiçadeiras da sacada quando, de repente, a campainha tocou…
– Admirador virtual? Pra cima de mim? Não abre que é macumba!
– Deve ser do site! Abre esse envelope logo e pára com isso.
– E se for ataque terrorista? Antrax! E se for antrax?
– Bebeu, minha amiga? Que antrax que nada! Abre logo esse pacote!
– Se essa merda explodir na nossa cara, a culpa é sua.
– Se explodir não vai adiantar nada discutir de quem foi a culpa.
– É claro que não vai adiantar. Nós dois, para sempre, saberemos que a culpa foi sua. E não vamos poder brigar porque estaremos deformados e
paralisados em uma maca de hospital.
– Se explodir a gente já era, querida.
– Você já era.
– Ah é, esqueci que o seu super-ego te faz acreditar que você é eterna.
– Só tenho uma coisa a dizer: www.criogenia.com.br
– Ainda não registraram.
– Droga! Quando essa gente que congela pessoas vai começar a abrir franquias?
– Pelo visto, só depois que, pra você, for tarde demais.
– Vira essa boca pra lá!
– Ué! Então abre logo esse envelope.
– … Tem um troço mole. Que será isso?
– Dá isso aqui…
– Aaaaaa! Caralho! Falei! Macumba!
– Que isso?
– Tira a mão, Butterfly!
– Pega um pano.
– Eu não.
– Viu só como não tinha bomba nenhuma, sua maluca?
– Que merda branca é essa no…
– Antrax!!!!!
– Aaaaaaaaa!
– Hahhaahhaahah!
– Idiota!
– É talco sua besta…
– Pateta… Lê aí a bagaça.
“Minha preciosa Alê Félix, desculpe a invasão domiciliar. Sou apenas mais um admirador da forma como você transcreve as suas histórias…”
– “My precious”? Quem esse sujeito pensa que é? Um gollum?
– Ouve, palhaça!
“… Não me julgue mal. Não sou nenhum esquisito como tantos dos seus personagens do passado. Este é só um presente. Um presente que irá
libertá-la das garras dos maus espíritos da noite. Estou dando-lhe a cura e a cura tem um nome: dreamcatcher! Também conhecido como filtro ou teia do
sonho. Ela é uma mandala de cura de origem nativa norte-americana. O Tempo dos Sonhos é influenciado por boas e más energias. A função do filtro dos
sonhos é a de afastar as energias intrusas e incorretas que, presas na teia, se dissipam com os primeiros raios do sol… “

– Vixe, psicoooo!
– Xiiii… escuta…
“…Coloque-a na janela do seu quatro e…”
– Tenha sete anos de sexo ruim…
– Porra Alê, deixa eu acabar!
– Lê aí, lê aí a urucubaca… tô brincando.
“…Coloque-a na janela do seu quarto voltada para o lado oeste e prepare-se para tocar harpas com os anjos responsáveis pelo sono bom…”
– Cara, fala sério? É macumba ou não é, um negócio desses? Depenaram uma galinha pra fazer essa birosca e ainda tingiram a bichinha de tangerina…
“…Por fim, o talco não tem nada a ver com o filtro dos sonhos. O talco é só uma brincadeira. Tenho certeza que você deve ter achado que um
envelope anônimo, nessas condições, ou seria macumba ou ataque terrorista…”

– Ok, onde estão as câmeras e o povo do telegrama animado?
– Depois, quando eu digo que você é previsível…
– Ohhhh! Eu previsível? Eu sou como o tempo em São Paulo, meu querido! Isso sim!
– Claro! Nem discuto, minha flor! Você tem toda razão. É quente, é fria, mas todo mundo sabe que mais cedo ou mais tarde você chove. Previsível!
– Ah, vá! Leia, Butterfly, leia…
“… acho que a brincadeira será interpretada por você como um gesto de carinho. Um abraço, do fã, Aricleuton.”
– Com este nome, há onze anos ele poderia entrar pra sua lista de namorados com nomes bizarros.
– Hum… Será que ele já me deu uma estrela de fã no orkut?
– Cara, essa porra de internet te abilolou de vez!
– Se liberta, Butterfly! Brincadeira!
– Vai pôr a galinha no quarto?
– De jeito nenhum! Esconde. Esconde embaixo do tanque.
Praga, macumba, sina ou seja lá o que for… eu ainda não sei direito porque foi que aconteceu. Só sei que os pesadelos aumentaram terrivelmente do
Ariclauton pra cá. Semana retrasada eu não resisti, rezei umas rezas católicas no pé da janela e pendurei o filtro dos sonhos voltado para o lado
oeste. Mandingaria ou não, nunca mais tive pesadelos e, pior, ontem acordei com um barulho de harpa caindo no chão. Pouco antes, eu tentava arrancar
aquela rodela brilhante que fica sobre a cabeça dos anjos e acabei derrubando uma harpa. Um acidente onírico… nada de mais. Preciso acostumar com a
nova interface e parar de infernizar os anjinhos do sonho bom. Só isso.
filtrodossonhos.jpg
Obrigada, Aricleuton. 😉



Escrito pela Alê Félix
27, maio, 2004
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Post fantasma.



Escrito pela Alê Félix
26, maio, 2004
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Ter um blog é o primeiro passo rumo à insanidade. É como se tivéssemos um registro dos pensamentos. Um jeito simples de possuir, datada e detalhada,
a memória que nos falta ou engana… Acho que, neste exato momento, eu preferia ter vivido, pensado em escrever, mas esquecido. Incomodaria menos, me
faria pensar menos. Desejar exatidão das lembranças já foi um desejo, hoje seria o mesmo que descobrir o inferno. E, claro, seria como olhar para o
passado deste blog que me cobra coerência, me oferece provas e me enlouquece.
Ter um blog é recusar a proposta de uma revista para encartar A Saga do Primeiro Beijo em uma edição especial, só por não achar honesto da
minha parte escrever gratuitamente uma história durante mais de um ano, para depois mandar as pessoas comprarem o final nas bancas.
Ter um blog é achar que se tem alguma coisa e não ter absolutamente nada. Nem razão sobre o próprio arquivo.
Ter um blog é ter escrito este post no dia 16/Agosto/2003 às 22:26:31 e me sentir obrigada a responder e-mails de
pessoas me acusando de plagiar a idéia do filme viva voz
que estreou agora, neste último fim de semana de Maio de 2004.
Ter um blog é sentar acidentalmente em frente à TV e ver que o Fantástico estreou no início deste mês de Maio, um quadro com idéias que eu tive no Natal de 2002 e cheguei a escrever em seguida com o título Álbuns de Casamento, onde a fotógrafa de álbuns de casamento conta
histórias dos matrimônios que fotografou.
Ter um blog é assistir tudo isso sentada em frente ao micro e me perguntar, sem a menor chance de resposta, onde começam e onde terminam as
coincidências. É ter, daqui pra frente, que explicar que meu blog minúsculo não contém idéias roubadas de nenhuma grande produtora de cinema e muito
menos de gigantes empresas de comunicação que – como todos nós vimos no passado – já tentaram colocar em seus contratos que o conteúdo dos blogs
poderia ser usado para promovê-las. É querer esfregar inutilmente nos narizes de quem me acusar de plágio, que eu tenho provas, que está escrito, que
tenho a data, a hora e testemunhas para provar minha patética inocência. É, mesmo consciente da autoria do que escrevo, questionar se existe justiça
pra isto, se algum juiz acreditaria que eu escrevi antes dos outros trabalhos virem a público, se eu estou certa ou se estou louca e se vale a pena
ter um blog e passar por isso.
Pode ser coincidência. O filme tenho certeza que é. Ele destrói com toda a originalidade da minha história do celular, mas trata-se da mesma idéia
desenvolvida de forma diferente. Bobagem. Além do mais, o tempo entre a realização de um e outro é muito curto para produzirem um filme e longo
demais para eu ter copiado.
O Álbum de Casamento também pode ser obra do acaso, mas quem de nós pode ter certeza de como essas coisas funcionam? Eu só me pergunto quantas outras
coincidências virão? Quantos posts meus e seus podem ter sido aproveitados, mexidos, revirados e assinados por profissionais da escrita, sem a parte
que nos cabe? Quantas coincidências como estas teremos que explicar e por quantas teremos que brigar ou pagar?
Por maior que sejam algumas coincidências, eu tenho muita curiosidade de saber da empresa que tentou tirar meu blog do ar no começo deste ano, como
foi que surgiu a idéia e o nome do quadro Álbum de Casamento.
De forma alguma estou questionando o conteúdo das histórias narradas no programa. O livro Pequenos Amores, nada tem a ver com meus questionamentos.
Mas dizer que foi este livro que serviu de inspiração para a idéia do quadro e o seu nome, só se eu realmente enlouqueci.



Escrito pela Alê Félix
24, maio, 2004
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Dia desses me peguei lembrando da Magnólia…
Magnólia foi a primeira empregada que minha mãe conseguiu contratar na vida. Não porque não precisasse de ajuda durante todos os anos posteriores ao
casamento, mas porque ela própria já havia trabalhado como doméstica e não se sentia à vontade pagando para que fizessem o único trabalho que ela se
julgava capaz. Foi um parto convencê-la de que seria impossível cuidar da casa, de quatro filhos, de um marido e de uma nova perspectiva
profissional. No começo ela bem que tentou. Fazia jornada dupla sempre que podia, eu cuidava da arrumação da sala e da cozinha, minha irmã dos
quartos e do banheiro e meus irmãos passavam o dia produzindo sujeira e assistindo desenhos animados.
A tentativa não deu certo… Eu e minha irmã brigávamos, matávamos os pequenos de fome e no fim do dia, a casa estava virada do avesso pra pobre da
minha mãe cuidar. Foi então que a Magnólia apareceu…
– Como é seu nome?
– Maólia.
– Anh?
– Manólia.
– Fala devagar…
– Mag-nó-lia.
– Magnólia?
– É! Cê-é-surda-menina?
Magnólia falava muito rápido, com um sotaque arrastado e tom de voz nasalado. Era quase impossível compreendê-la na primeira tentativa e, não
bastasse o problema da fala, Magnólia tinha uma aparência e um jeito agressivo que tinha tudo para nos meter respeito, se não fosse cômico. Minha mãe
teve medo que eu e meus irmãos nos divertíssemos às custas da moça, mas por algum motivo, lá em casa nós só zombávamos de nós mesmos, de quem pedia e
quem merecia. Apesar dos muitos defeitos, tínhamos uma qualidade rara: não bancávamos os engraçados às custas da desgraça alheia. Não lembro de
ninguém ter dito que não podíamos ou coisa parecida. Não se falava de politicamente correto naquela época, porque não era necessário. Rir ou fazer
piada nesses casos, era só triste e cruel aos nossos olhos. Acho que Deus deve ter colocado uma dose a mais de bom senso nos nossos espíritos. Uma
dose tamanha que fez com que toda a nossa maldade fosse direcionada para construir o nosso caráter e não para destruir aqueles que carregavam fardos
maiores.
Magnólia era só uma garota arredia em busca de um pouco de alegria para a vida miserável que levava. Completou dezoito anos no sertão do Rio Grande
do Norte, não casou porque tinha raiva dos homens que conheceu e tratou de ficar feia, forte e arisca para se defender de filhos indesejados e de
gente filha da puta. Foi mandada pra São Paulo porque não tinha mais serventia em sua casa e tornou-se mais uma boca geradora de despesas. Chegou de
ônibus depois de dias de viagem, hospedou-se na casa do irmão por uma noite e, no dia seguinte, estava de mala e cuia na nossa cozinha… Uma cozinha
de desconhecidos que precisavam dos seus serviços domésticos em troca de míseros detalhes que todos deveriam ter por direito: cama, comida, dois dias
de folga por semana e salário decente.
– Magnólia, tá acordada?
– Não.
– Eu sei que você está…
– Quê-cê-qué?
– Quem são seus pais?
– … Umas pessoas lá do Norte.
– Umas? Você tem mais de um pai e uma mãe?
– Vai-durmi-Lessandra! Chega-de-conversa.
– … Magnólia, por que você veio morar com a gente?
– Porque-sim!
– Você não tem vontade de voltar pra sua casa?
– Pra-quê? Ninguém-mi-qué-lá!
– Mas você não tem saudade de lá? Ninguém que você gostou, sua casa, um lugar bonito, um parente legal, nada?
– Não.
– Então por que você chora de noite quando a gente vem dormir?
– Eu-não-choro!
– Chora!
– Choro-não-sua-besta!
– Chora sim que eu já vi!
– …
– …
– … Porque eu queria ter do que gostar e sentir saudade nessa vida.
Saudades da Magnólia…



Escrito pela Alê Félix
21, maio, 2004
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