Capa feita pelo Diego Schutt.
Não esqueçam que o concurso acaba depois de amanhã. 😉
Capa feita pelo Diego Schutt.
Não esqueçam que o concurso acaba depois de amanhã. 😉
Oitava capa, feita pela Daniela Castilho.
As capas deverão ser entregues até o final dessa semana. Clique aqui e leia as regras.
Dúvida: o blog está muito demorando muito pra carregar?
– Vai começar! Vai começar!
– Vou colocar os quiches de salmão no forno. Se alguém fizer gol, me chamem.
– Aproveita e traz a jarra de suco de uva.
– Diet! Traz o suco de manga diet, pra mim!
– Pra mim também.
– Começou!
Seis minutos depois…
– Ah, mas eu tinha certeza de que a Leila não viria. Depois que o Gustavo a pediu em casamento, ela ficou insuportável. Sem contar que…
– Gol! Gol! Gol!
– Já?? Mas como? De quem? Cadê? Onde?
– Brasil! Brasil!
– Do coxudo do Adriano!
– Eeeee!
– Eeeee!
– Mas esse Adriano é mesmo um deus! Olha essas coxas…
– Deve arrasar na cama…
– E precisa arrasar? Com essa quantidade de músculos ele pode até brincar de estátua na cama.
Quatorze minutos de jogo…
– Outro! Outro!
– Gooool!
– Revanche, meninas! Revanche! Quem sabe assim esses argentinos aprendem a lição.
– Eeeee!
– Eeeee!
– Bem feito pra esses argentinos cavalos!
– E feios, não? Como pode?
– Olha a cara desse loiro.
– Coloccini?
– Sei lá o nome dele. Parece o Ovelha.
– Ovelha, o bicho?
– Não, toupeira! O cantor. Esquece. Não é da sua época.
– Eu sei quem é! É aquele do uou-uou-iei-iei… Sem você não viverei….
– É! Isso mesmo! Ovelha! Nossa! Que desenterrada, menina! Ele também cantava aquela Só liguei porque te amooo….
– Essa não era aquela versão em português da música I just called to say I love you… ?
– Isso! I just called to say how much I care…
– Todo mundo!
– I just called to say I love you…
Fim do primeiro tempo…
– I just called to say I looove you…
– Já acabou?
– Quanto foi mesmo?
– Dois a zero para o Brasil.
– Eeeee!
– Eeeee!
– Aí que bom! A gente devia fazer isso sempre.
– Vamos fazer uns docinhos?
– Será que dá tempo?
– Eu trouxe os doces que vocês me pediram! Não precisa fazer. Estão na mesa da cozinha, ao lado dos salgadinhos de soja.
– Soja é bom pra menopausa.
– Então é melhor você fazer a rapa nos salgadinhos…
– E é melhor você fechar a sua boca pra conservar os dentes e perder um pouco dessa barriga.
– Ui! Meda!
– Alguém tem um batom pra me emprestar?
– Batom pra mim é como escova de dente. Esquece.
– Eu tenho. Pode pegar…
– E se ela tiver sapinho?
– Sua boca está maior ou é impressão minha? O que você fez?
– DMAE, querida. Achei um batom com DMAE que aumenta os lábios. Esqueça o botox, DMAE é o novo milagre.
– Uau!
– Ulá-lá!
– Incrível… Posso por a mão?
– Claro!
– Olha o sapinho…
– Aumentou mesmo.
– Nem parece inchaço de botox.
– Por que não é botox, tolinha.
– Impressionante…
– Ficou tão bom quanto os seus peitos novos.
– Eu juro que não coloquei silicone!
– Duvido…
– Cresceu por apalpamento…
– Só se a torcida do Corinthians tiver mãos santa.
– Eu juro! Meus peitos sempre foram deste tamanho. Vocês são cegas.
– Silicone.
– Silicone.
– OK. Já que vocês insistem… E agora, hein? Cadê o silicone? Cinquenta paus pra quem encontrar cicatriz de silicone por aqui.
– …
– Torcida do Corinthians.
– Vão a merda.
Segundo tempo…
– Mas é claro que a Leila fez lipo! Aquela bunda só diminuiria com lipoaspiração ou David Cooperfild, minha amiga.
– Mulherada, começou!
– Já?
– Nossa que rápido.
– Esperem! Eu tô indo!
– Esperar? Como? Só pedindo um tempo pro juiz.
– Grita o que está acontecendo pra mim!
– De novo? Esquece. Você já perdeu o primeiro tempo mesmo.
– E desde quando, no futebol, é necessário ver os primeiros capítulos? Isso não é novela não, criatura!
– Alguém tem que tirar os quiches do forno. Tá cheirando queimado.
– Eu tiro. Conta aí o que está acontecendo.
– O de camiseta azul e branca está com a bola…
– Esses são os argentinos, sua lesada!
– Isso! Um deles está com a bola, passou para o outro do mesmo time…
– Aí, meu Deus!
– Que foi?
– Quase foi gol da Argentina!
– Eu, hein! Já?
– Esse costuma ser o objetivo do jogo…
– Engraçadinha…
– A Argentina não pode fazer gol agora de jeito nenhum, porque senão eles acabam ganhando esse jogo.
– Imagina, está dois a zero pra nós.
– Você parece que nunca viu esse povo argentino jogando. Essa gente é tão doida por vitória que, se houvesse uma guerra Brasil e Argentina, é bem provável que nós levássemos o maior cacete das histórias épicas deste planeta.
– O que é épica mesmo?
– Coisa de guerra, sua burra!
– Gol!
– Eu não vi! De quem? De quem?
– Não foi gol, não!
– Claro que foi! Olha a bola dentro da rede!
– Ah, é…
– E do Brasil! Do Brasil!
– Eeeee!
– Eeeee!
– Ai, que divertido! E tudo tão rápido. Nem vi a hora passar.
– Esse doce de amora está um pecado, parabéns.
– Três reverências para os meus dotes culinários, por favor.
– Como é que você fez?
– Espera aí que eu passo a receita pra vocês. Onde tem papel e caneta?
– Pega na minha bolsa.
17 minutos do segundo tempo…
– Não! Se fizer desse jeito o doce vira uma meleca. Vai por mim! Você coloca o leite condensado, separa as amoras e…
– Gol!
– Mais um do Brasil?
– Nossa! Quanto gol!
– Eeeee!
– Eeeee!
– Quatro a zero é a humilhação completa!
– Nunca se sabe. Nunca se sabe! Contra a Argentina o resultado só dá pra saber no final.
– Isso é piração de homem. Esse papo não existe. Quatro a zero é quatro a zero.
– Falando em homem, esse Juninho Pernambucano é gatinho, hein?
– Um ar de Raul Julia que ele tem…
– Ele não parece o Kaka?
– É verdade. Parece um pouco…
– Mas nem se compara. O Kaka tem essa coisa Jesus I love you que não dá pra engolir. Mesmo ele sendo lindíssimo, é temente a deus demais para o meu gosto.
– Muito bonzinho…
– Bom rapaz demais…
– Nenhum jogador de futebol é cem por cento bonzinho. O Kaka tem a sua dose de agressividade.
– Cem por cento crente. Eu não sei quanto a vocês, mas eu brocho com a idéia de que o cara gosta mais de Jesus do que de mim.
– Concordo com você. Ou eu me torno o santo graal da vida do sujeito, ou eu tô bem fora.
– Anh? Que diabos é isso aí de graal?
– Esquece, você precisaria pintar o cabelo de castanho pra compreender.
– Velho esse papo de loira, hein? Já deu o que tinha que dar…
– Aliás, que tinta é essa que você está usando?
– Não é a tinta, é o meu novo cabeleireiro. Vocês precisam conhecê-lo. O homem é vital. É um ser tão celestial que você vai lá pra cortar o cabelo e sai parecendo que levou um passe.
– Ficou bom mesmo… Me dá o telefone.
– Anota aí.
– Ai meu, Deus!
– Que foi?!
– Gol da Argentina!
– Que susto! Precisa gritar desse jeito?!
– Não falei? Agora segura porque a gente pode perder a guerra.
– Não viaja… O jogo está pra acabar.
– O Roque Júnior não parece um personagem dos Simpsons?
– É, parece. Um do mal… O Tahiti Bob.
– Como é que você sabe o nome?
– Eu tenho filhos, esqueceu?
– Ah, é…
– Olha lá! Quase que o Dida não pega.
– Aliás, vamos combinar? Esse Dida é outro espetáculo.
– É essa carinha de bravo que ele tem. Não é demais?
– Eu acho ele meio ruinzão no gol.
– E que diferença isso faz?
– Eu nunca namoraria um Rubinho Barrichelo, por exemplo. Esses caras que perdem com muita freqüência, levam muitos gols, acumulam muitas derrotas, devem dar muita dor de cabeça. Perder não é bom para os órgãos sexuais masculinos.
– Então hoje ninguém trepa na Argentina porque esse jogo vai acabar em quatro a um para o Brasil.
– Engano seu, queridinha. Meu namoradinho portenho não se deixa abater por essas bobagens, não! Aliás, esse jogo precisa acabar logo porque eu fiquei de ligar pro meu amorzinho.
– Ainda aquele argentino que você só namora pela internet?
– Não enche. Esse ano a gente já se viu duas vezes.
– Uau! Que evolução! Que romântico!
– É o sexo do futuro, o sexo DDI.
– Com variações DDD e MSN, dependendo do casal.
Fim do jogo…
– Deixem a menina em paz… Namorar à distância não é pra quem gosta de sexo, é pra quem gosta de ilusões.
– Eu discordo. Namorar a distância não é pra quem gosta de namorar, é pra quem precisa dizer que está namorando.
– Discorda do quê? Dá na mesma!
– Claro que não!
– Eu gosto de ilusões…
– Eu também. Contanto que elas não sirvam de escudos e não me impeçam de correr riscos.
– Anh?
– Ah, vocês fiquem quietas porque o namorado é meu, a ilusão é minha e…
– Pára! Pára tudo! Tive uma idéia sensacional! E se a gente ligasse pra vários números telefônicos na Argentina pra tirar o sarro do resultado do jogo?
– Boa!
– Boa!
– Mas já acabou o jogo? Nossa! Nem vi.
– Boa idéia!
– Onde a gente vai conseguir telefones argentinos?
– Google! Google!
– Genial! Genial!
– Deixa que eu falo!
– Sai fora! A idéia foi minha, eu falo.
– Liga a cobrar! Liga a cobrar!
– Boa!
– Boa!
– Boa!
– Menina, você é um gênio!
– Se o seu cérebro gerasse idéias lucrativas com a mesma freqüência que gera idéias do mal, você estaria milionária.
– Nem me fala…
– Alô! Cabrón! Cabrón, é do Brasil! Brasil! Brasil quatro, argentinos cavalos um!
– Agora é minha vez! Deixa eu falar também!
– Só dá Brasil! Brasil! E-o-e-o nosso time é um terror! E-o-e-o nosso time é um terror!
– E-o-e-o, nosso time é um terror!
– E-o-e-o, nosso time é um terror!
– O quê? Como? Anh? Fala mais alto que não dá pra ouvir… Você é brasileiro também?
– Vixe, melou.
– Que azar da porra… Um país cheio de argentino e a gente liga logo pra um brasileiro? Eu, hein!
– Deus me livre… Tem brasileiro em tudo que é lugar.
– Xiiii… Quietas! Tremendo vozeirão na parada.
– Pronto…
– Jura? Imagina… Obrigada, a sua voz também é muito bonita…
– Você tá brincando que o cara além de brasileiro está dando em cima de você?
– Foi ligação a cobrar! Esse cara é burro? Não reconhece quando está sendo zoado?
– Silêncio ou eu mato vocês depois que desligar.
– Que merda! Acabou com a brincadeira…
– Desliga na cara. Desliga na cara!
– Desliga!
– Desliga!
– Não!
– Vai! Na cara! Põe o dedo no gancho.
– Não! Não! Peraê! Só um minutinho, por fav…
Piiiiiiiiii…
– Hijas de puta! Quem precisa de inimigas?
– E-o-e-o, nosso time é um terror!
– E-o-e-o, nosso time é um terror!
– Eeeeeee!
– Eeeeeee!
– Quatro a um! Quatro a um!
– Mais um número! Mais um número!
– Boa!
– Caramba, isso porque a gente não bebe! Se nesse suco tivesse um pouco de vodca, nós dominaríamos o mundo!
– Xiiiii… Silêncio. Está chamando.
– …
– …
– Oi, amor… É a sua cinturinha brasileira.
– Anh?
– Cinturinha brasileira? Éca! Eu vou vomitar…
– Ligou pro namorado bem na nossa cara?
– Isso sim é sacanagem!
– E aposto que não foi a cobrar! Vaca.
– Desliga na cara! Desliga! Vai!
Piiiiiiiiii…
– E-o-e-o, nosso time é um terror!
– Eeeee!
– Agora chega de baixaria. Ou a gente passa um trote num argentino de verdade ou chega de docinho de amora pra vocês!
– Achei um bom! Achei um bom! Esse telefone aqui, além de tudo, é de um assinante chamado Diego. Vai ser a vingança da água.
– Pô, eu gosto do Maradona. O cara é figura.
– Que água?
– Daqui esse telefone, pelo amor de deus! Em que mundo você vive?
– No mesmo que o seu. Só que com mais cama e menos televisão.
– Ai… Essa doeu até em mim.
– Quietas! Tá chamando…
– Dieguito? Ola, que tal? Brasil quatro, Argentina um, mas tudo bem porque pero que si, pero que no, fizemos uma grande partida, deixamos vocês fazerem um gol de lambuja, mas o que importa é competir e, por isso… Não chores por mim Argentiiiina… Minha alma está lavada! E essa goleada, eu te dedico… Mas não me deixe…
– Boa!
– Quatro a um! Quatro a um! Brasil!
Piiiiii…
– Desligou. Uhu!
– Enfim, um argentino!
– Eeeee!
– E-o-e-o, nosso time é um terror!
– Mais um! Mais um!
Duas horas depois…
– Oi. Eu sou a brasileira que ligou aquela hora. Desculpa desligar daquele jeito. É que as minha amigas… Ah, que bom que você percebeu… Anh? Eu não posso falar mais alto porque elas estão na cozinha e elas são literalmente um terror!
Sétima capa feita pelo Hélio Carvalho.
Participe do Concurso Capa do Livro Blog de Papel. Você tem até o dia 28 de Julho pra enviar a sua idéia. Clique aqui e leia as regras.
– Um dos problemas de ter filhos é que você não vai me deixar colocar os nomes que eu quero.
– Não mesmo! Onde já se viu botar nome de deus pagão em uma criança?!
– Ah, vai! Thor é um nome lindo.
– Lindo pra molecada zoar.
– Não vou dizer nada…
– Crescer já é bem complicado quando se tem nome de gente e você ainda vai querer dificultar a vida da figura com esses nomes de tiração de sarro.
– Tá vendo? Por isso que não dá pra pensar em ter filhos. Não vou botar nome de coxinha em filho meu. Se depender de você o moleque vai se chamar Danilo, Augusto, Frederico, Wilson, Júnior… Deus, me livre! Ou é Thor, ou nada feito.
– Contanto que o segundo e o terceiro filhos se chamem Capitão América e Homem Aranha, tudo bem.
– Segunda e terceira FI-LHAS! Nada de três filhos no masculino. Um menino e duas meninas. Homens não ligam a mínima para as mães depois que crescem e eu não vou arriscar parir três mal agradecidos. A não ser que eles sejam gays… Gays cuidam bem de suas mães. Aí pode ser… Caso contrário, um menino e duas meninas: o Thor, a Gaia e a Vênus.
– Vênus? Você só pode ser louca. Vão jogar camisas na menina e dizer que a camisa é de Vênus!
– Nossa! Deve ser muito difícil ser você…
– Põe Exu! Exu Felix e Silva.
– OK. No filhos.
E olha que eu passei dias me perguntando como é que eu ia contar a parte da história onde Chico Mexerica morreu de dedo mindinho… Não entendo porque tem gente que acha, uma história comovente como esta, delírio meu. Não bom ler Sorvete, grande freqüentador do “el juego de la verdad”, dizer que até a moça do e-mail é um efeito especial do meu cerebelo. Pior ainda, ler Katia, que possivelmente virará personagem camuflada da continuação da Saga do Primeiro Beijo, dizer que Sir Mexerica foi uma superada de minha parte. Minha parte não! Parte da vida, oras! Logo tu que é parte da parte rock and roll da nossa adolescência. Ainda bem que, vez ou outra, Anetezinha (também personagem camuflada) aparece pelas bandas destes comentários pra meter a verdade sobre este blog no nariz xexelento de vocês. Se estivessem do meu lado agora, levariam uma bela de uma pedalada pra ficarem espertos.
Aliás, a Saga do Primeiro Beijo está quase no fim (acredite, se quiser). Mais uns três posts e the end. Tô louca pra ter um tiquinho mais de tempo nessa casa e começar a “continuação” dela, já batizada de “O Escorpião no Céu”.
Beijinho na bochecha e não esqueçam de dizer o que estão achando das capas do Blog de Papel. Fui.