Não desgrudar do celular e de todas as regras e muros impostos.
Ficar ao invés de namorar.
Ficar com alguém que você não vai querer conversar no dia seguinte.
Não pedir em namoro de vez quando só pra romancear.
Não dançar de rosto colado.
Beijar antes de flertar.
Adotar tantos padrões e modelos e preconceitos sem questionar de onde essas porcarias vieram.
Aceitar tão bem as revoluções visuais dos tonalizantes para cabelo e não abrirem caminho para uma revolução de idéias, atitudes…
Usar calças de cintura baixa.
Se vestir como todo mundo.
Pintar o cabelo da cor que todo mundo pinta.
Pensar como todo mundo pensa.
Ter tanto medo de ousar.
Fazer tatuagem sem que ela tenha uma história.
Transar sem camisinha.
Transar sem estar aberto pra se apaixonar.
Se relacionar sem ter coragem de se entregar.
Se entregar cagando de medo de se ferrar.
Fazer sempre o que é mais conveniente e aceitável e ignorar sua mente, seu coração.
Se espetar com coisas de metais por todos os cantos, como se tivessem aberto as portas da aldeia.
Pensar em morar com os pais até os trinta e muitos anos.
Não pensar em mudar o mundo mesmo que você não faça a menor idéia de por onde começar. Mesmo que isso nunca passe de um pensamento, como podem nunca pensar sobre questões maiores do que carreira, grana, egos e derivados?
Viver enclausarados entre paredes, TVs, computadores, cameras, telefones e esse emaranhado todo de fios que deixam a vida da gente tão desligada.
Ser conservadores, caretas, coxinhas e de direita com menos de vinte anos de idade.
Exceções e detalhes a parte, me expliquem o que fizeram com vocês. Como isso aconteceu? Foi o show da Xuxa ou a bicharada da TV Colosso? Eu juro que quero entender melhor essas coisas.



Escrito pela Alê Félix
29, outubro, 2005
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Meu queridão me mandou essa foto ontem por e-mail com o título “Bob Esponja Brasileiro”. Eu adorei… mas depois fiquei triste. Sempre que eu vejo alguém dormindo na rua penso em como devem ser foda os dias de chuva. No caso da esponja então…
Dia ruim. Nem de piada tô conseguindo rir em paz.

bobesponja.jpg



Escrito pela Alê Félix
26, outubro, 2005
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Ela é louca. Uma louca apaixonante. Já falei dela algumas vezes, mas sou obrigada a falar de novo porque a maluca é tão maluca que vive fazendo questão de jogar fora as coisas lindas que ela faz. Mas, graças a deus, ela ainda ouve minhas preces: Rita Apoena está de volta.



Escrito pela Alê Félix
26, outubro, 2005
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Não consigo dormir… Novidade, né? Fui fuçar os arquivos do blog e adivinha? Que merda… Será que ter um blog será sempre um eterno motivo para constrangimentos?
Seja o que for, a gente tem que ter uma cara de pau desgraçada pra postar e assinar embaixo. Que vergonha… Pior é que, mesmo assim, tô eu aqui escrevendo bobagem.



Escrito pela Alê Félix
26, outubro, 2005
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Queridões e queridinhas, os lançamentos dos livros Malvados e Blog de Papel acontecerão nos mesmos dias. Anotem aí:

Dia 12 de Novembro na Feira do Livro de Porto Alegre:

Tarde de Autógrafos, às 15h30, no Memorial do RS com o André Dahmer (Malvados) e com Milton Ribeiro, Ticcia Antoniete, Ane Aguirre (Blog de Papel).

Logo depois, às 16h30, na sala O Retrato do Centro Cultural Erico Veríssimo, haverá uma mesa de bate-papo sobre Literatura e Internet com a participação do Dahmer, os autores do Blog de Papel e mediação do escritor Armindo Trevisan.

Dia 19 de Novembro na Primavera dos Livros em São Paulo – OCA/Parque do Ibirapuera:

No espaço reservado para lançamentos, a partir das 18h00 – Coquetel de lançamento do livro Malvados com a presença do André Dahmer e, também, do Blog de Papel com os 14 autores e os 14 ilustradores que participaram da edição.
Rio de Janeiro e Goiania, ainda sem local e data confirmados.
Acho bom vocês irem se preparando. Novembro será um mês agitado e eu espero que vocês tirem o bumbum da cadeira e não me deixem vendo navios. Outra coisa: eu fiquei com vergonha de colocar meu nome lá em cima, junto com o pessoal do Blog de Papel, mas a verdade é que eu criei coragem e decidi aceitar o convite do Nelson Natalino para participar do livro como autora também. Morrendo de vergonha e rezando para os outros autores não desistirem de suas participações depois do meu ingresso, mas aceitei. Então é isso… De introMetida, estarei com eles aqui em São Paulo e, caso meu pavor de avião permita, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.

Beijinho e até já. Daqui pra frente várias novidades sobre os lançamentos.



Escrito pela Alê Félix
23, outubro, 2005
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O Biajoni vai comemorar seu aniversário nesta SEXTA (21 de Outubro) aqui na Vila Madalena, no Canto da Vila (fica na rua do Sacolão. O do sushi).
A festança será aberta aos blogueiros e leitores de plantão. Boa oportunidade pra papear, sair do virtual e, quem sabe, pegar um bom vírus da gripe falando comigo.
Maiores informações, no blog do Bia. Beijo e até lá.



Escrito pela Alê Félix
19, outubro, 2005
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Eu tinha dito que iria regularizar meu título pra votar no referendo, mas descobri que o prazo pra regularização acabou no mês passado. Dei graças a deus. Idéia estúpida aquela minha. Se eu tivesse regularizado, até agora estaria na dúvida sobre o que votar. Acho que, na hora H, seria sim. Mas enfim…
Algumas pessoas queriam saber como seria o processo de regularização do título caso eu o fizesse. Eu não fiz, mas meu irmão, que não volta e não dá as caras nas urnas há quatro eleições, passou pelo mico todo. Aliás, mico não, mico é votar.
Estou com ele no telefone… Ele tá dizendo que foi até o cartório onde ele tirou o título de eleitor, disse que queria regularizar a parada, apresentou o título e a carteira de identidade, rapidinho a mulher preencheu uns papéis, deu um boleto bancário pra ele pagar em qualquer banco no valor de R$9,10 (nove reais e dez centavos), ele pagou, voltou no cartório e fim. Isso tudo, segundo ele, sem fila e muito mais rápido do que o tempo que ele normalmente perdia na época que se dava ao trabalho de participar da palhaçada toda.



Escrito pela Alê Félix
19, outubro, 2005
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– O que foi?
– Medo…
– Medo do quê?
– De você morrer… De ter que ficar sozinha…
– Mais cedo ou mais tarde, isso vai acabar acontecendo.
– Eu vou ficar louca…
– Não vai, não.
– Claro que vou. Quem vai querer passar a vida ouvindo as bobagens que eu digo?
– Acredite, formará uma fila.
– E quem vai me cobrir quando eu estiver com sono e ficará na cama fazendo graça até eu adormecer?
– O próximo…
– … Eu não quero próximo. Além do mais, o próximo pode não entender nada de computadores. Já pensou? Quem vai arrumar meu micro quando ele der pau?
– O técnico.
– Quem vai programar o vídeo e gravar os programas que eu gosto?
– Seu irmão.
– E se eu ficar doente?
– A enfermeira.
– Mas… Onde eu vou encontrar alguém que tenha sempre as respostas que eu preciso?
– Nos livros.
– Quem vai lembrar de colocar meu óculos na bolsa quando eu for no cinema?
– Qualquer pessoa que queira ir ao cinema e saiba como você é teimosa e esquecida.
– Não… Eu prefiro morrer antes de você.
– Pode ser, mas você sabe que o contrário é mais provável.
– Você não entende… Se você morrer, quem vai cuidar de mim?
– Eu.



Escrito pela Alê Félix
19, outubro, 2005
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