E aí eu entrei numas de fazer nos próximos meses tudo que sempre tive vontade de fazer e não fiz. Anotei as vontades secretas e as públicas em um arquivo de texto pra não esquecer e ter o prazer de riscá-las uma a uma com o tempo. No final, depois de trinta e dois desejos listados, liguei para tudo que era amigo perguntando quem queria sair em uma escola de samba comigo. Amigos nerds pra lá, amigas casadas pra cá, amigos duros acolá e só cinco toparam.
No meio da história me empolguei e decidi sair não só aqui em São Paulo, como no Rio de Janeiro também. E me afundei nessa coisa de samba: baixei enredos no Kazaa, naveguei pela história de várias escolas, entrei para a comunidade da Vai-Vai no orkut. Sai da frente do micro e encarei ensaio técnico com chuva e churrasquinho de gato no sambódromo. Um povo animado que só vendo… Eu lá toda serelepe no meio da multidão quando de repente as alas começaram a se aprontar. Foi aí que me dei conta de que não bastava meter aquele monte de penas na cabeça… “Cacete eu não sei sambar”! Na minha frente um cara (bebaço!) olhou pra mim quase caindo pelas tabelas e disse: “O importante é a alegria fofinha o resto paciência”.
Tudo bem que se aquela biba-carnavalesca estiver naquele estado no dia do desfile vai arruinar a escola no quesito evolução, mas foi bom ter me dado conta da situação em voz alta e levado o maldito fofinha (gordalhona-vai-para-a-ala-das-baianas-minha-filha) goela abaixo junto com o resto da frase linda que ele soltou. Bom pra eu ver que, se a alegria não vier por bem, é só seguir o exemplo e encher a cara na barraquinha de pinga com mel.
Minha sorte foi que era só um ensaio… Mirei no pessoal da disciplina, rezei pra ninguém me ver e detectar meu gingado robocop, estiquei os indicadores para as arquibancadas e atravessei a passarela do jeito que deu. E foi incrível assim mesmo porque aquilo amolece o corpo e a alma da gente. O tempo voa, passar perto da bateria arrepia dos pés a cabeça, nascer passista deve ser um milhão de vezes melhor do que nascer top model. Por que diabos eu não fiz isso antes? E olha que foi só um ensaio. Se a vida tivesse ensaio será que seria mais fácil? Ou será que fariamos as mesmas merdas de sempre?
Na volta pra casa dei graças deus por ainda ter tempo de aprender a dançar, por ter uma lista com trinta coisas pra se fazer e outras tantas pra lembrar ou descobrir. Voltei pensando no Jamelão da Mangueira que diz que depois que ele se chamar saudades, quer preces e nada mais.
Mas olha meus fofinhos é o seguinte: tô enchendo lingüiça nesse post só pra dizer que três bundões dos meus cinco amigos deram para trás depois de eu já ter comprado as fantasias. E como deus me fez camelô ao invés de me fazer passista, preciso vendê-las até o dia do carnaval. Quem vai querer?? Só duzentos e cinqüenta paus! Tamanhos P, M, G e GG. Lindona! Ala dos Kilombos! Animadíssima! E se tu for aqui de São Paulo vai ter que me agüentar e fazer companhia nos ensaios semanais porque meus amigos bundões nunca querem ir nos raios dos ensaios. Quem vai querer?? Please, não me deixem morrer no preju!! Odeio preju. Preju acaba com a minha alegria, com a biba-carnavalesca, com o Jamelão, minha lista de desejos se torna três fantasias mofando no armário e por aí vai… Please, salvem-me.
É só escrever que eu dou detalhes: alefelix@gmail.com
Beijinho pro cês.



Escrito pela Alê Félix
2, fevereiro, 2006
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Mais Malvados pra vocês. Clique aqui para ler a matéria. Ah! Em breve, o livro será vendido também em Portugal. Aos leitores portugueses, peço que aguardem mais um tiquinho.



Escrito pela Alê Félix
2, fevereiro, 2006
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O Saulo é que ficou com a Roberta rápido demais. Taí o téco do post abaixo que não me deixa mentir:


Roteiro facinho para os próximos dias: Boniton vai acabar beijando a Robertinha, Mariana-metida-a-Grazy vai grudar na orelha do monge-de-araque porque acha que ele é o novo Jean, vai bancar a coitadinha rejeitada pra ganhar voto e Saulo vai ser crucificado no paredão.

Achei que o boniton esperaria uma ou duas semanas com medo de se queimar, mas ele é mais sem noção do que eu imaginava. Também não contei com o rabo da Chatonilda-Chapinha (não vejo a hora daquela mulher sair) e com o resultado da pressão psicológica que a Thaís exerce sobre a tchurminha. E ainda bem que está dando resultado, a Thaís é a minha esperança de entretenimento naquela casa. Ela é chata sóbria, mas é diversão garantida quando vira o caneco. Tudo bem que a bebedeira não evolui e nem a faz superar os pudores e o quase-racismo enfiados naquela cabecinha descolorida, mas parece que o álcool a ajuda mais do que o curso de Psicologia. Ela é a expressão mais forte da guerra que existe dentro das pessoas que são cheias de preconceitos, crenças, pecados, taras, céu e inferno. Eu acho o máximo.
Enfim, previsão meio acertada. Tô torcendo para o boniton ficar na casa e continuar fazendo a Mariana chorar. Mas sei que, mais uma vez, o povão-justiceiro vai querer tirar o infiel, o traidor… Gente mais mala essa que vota. Onde já se viu tirar o menino só porque ele trocou aquela coisa pentelha da Mariana pela engraçadinha da Roberta? A Mariana além de forçar a barra pagando de Grazy, ainda fala de um jeito mongol. Parece criança que fala com o dedo enfiado na boca. Deus me livre… Quem agüenta aquilo?
Agora vão querer deixar o Augustinho porque ele é pobre, porque isso, porque aquilo, blá, blá, blá… Não basta ser pobre minha gente, tem que participar! O cara é fisicamente carismático, mas até agora não mostrou a que veio. Vai passar três meses caladão fazendo cara de paisagem na piscina. Tem graça isso? Eu, hein… Votem para o boniton ficar pela-mor-de-deus! Ele também é bestinha, mas pelo menos cria um clima de rivalidade entre a mulherada.
E hoje nada de previsões de paredão. A coisa tá tão fácil que vou dizer quem vai ganhar esse Big Brother: Iran ou o Carlos. Mas é bom o Iran ficar logo com a Thaís porque, caso contrário, ou ele ou a manguacinha-do-norte serão jogados no paredão e aí já era. O Iran, mesmo que ainda não tenha conseguido mostrar toda a sua graça para o povo, até consegue sair de uns paredões sinistros. Mas a Thaís acho que não vai ter jeito… Ou tascam pinga na bichinha dia e noite ou o primeiro paredão que ela pegar, vai dizer adeus.



Escrito pela Alê Félix
29, janeiro, 2006
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Tentei esconder a carapuça que me foi jogada naquele último paredão, mas não consegui. Menos chata, com menos certezas e melhor olhômetro do que a tagarela da Thaís-Mãe-Diná, sou obrigada a vir aqui e me gabar de que minha segunda indicação foi acertada. E, dessa vez, era óbvio que sairia o DanDan. Aliás, nem precisa ser muito vidente pra acertar nesse Big Brother. Pegaram tanto paulista, tanto paulistano, tanta gente do sudeste desse país, que ficou baba fazer previsões. Gente previsível, repetitiva e pouco natural… Frutos das grandes cidades, creiam. Sofremos todos desses males.
Mas o mais legal é ver a tchurminha da casa morrendo de medo da ira do povo. Aquilo tá parecendo uma igreja cheia de fanáticos por um Deus que castiga quem não é bonzinho. Por isso que só tô apostando nas indicações, nos detalhes, nos romances. Acertar paredão está fácil. Aliás, acertei também que aquela palhaçada de rolinho entre a Mariana e Saulo acabaria antes do primeiro mês. Tem que ser muito trouxa pra dar em cima do beleza-óbvia da casa ao invés de dar espaço para o cara mais engraçadinho, mais sexy, carismático… Mas também, quem manda não ter “Olho de Thundera”? Qualquer mulher esperta saberia que homem, quando é bonito demais, fica cheio de loló doce, fica fraco na pegada porque está muito acostumado com a forte demanda. É como criança que tem todos os brinquedos que quer e perde o gosto pelas brincadeiras. Sem contar que desde o começo, o boniton tá dando em cima da Robertinha-esmilingüida (porque ela parece o brinquedo mais difícil, claro!). Roteiro facinho para os próximos dias: Boniton vai acabar beijando a Robertinha, Mariana-metida-a-Grazy vai grudar na orelha do monge-de-araque porque acha que ele é o novo Jean, vai bancar a coitadinha rejeitada pra ganhar voto e Saulo vai ser crucificado no paredão.
Blá, blá, blá… Tem que gostar muito de Big Brother pra acompanhar esse. A coisa tá chata. Nada demais acontece. Tem potencial, mas não acontece. Enquanto isso, eu rezo para a Thaís parar de se fazer de carola e mostrar que gosta mesmo é de uma boa luxúria. Espero que as câmeras mostrem aquele deus do Iran dançando (gente, que homem é aquele??). Espero que o monge-de-araque confesse de uma vez por todas que só entrou no mosteiro por tesão aos padrecos, porque era o único lugar da cidade onde ele podia ficar trancado com um monte de garotitos e pra esconder do pai que de garanhão ele não tem nada. Aliás, espero que o diabo atente e todos eles revelem suas verdadeiras facetas, porque do povo eu já desisti.
Esse programa não tem quatorze jogadores; tem quinze. E o décimo quinto (o povão que vota) é um jogador chato, que não sabe brincar, que quer fazer a justiça que não existe em suas vidas através de um 0300 e que vai, mais cedo ou mais tarde, acabar com o programa por ditar como deve ser o comportamento das pessoas. Enquanto isso, eu brinco de Nostradamus só pra fazer valer um pay-per-view que nem dá muito gosto assistir…
Por mim, agora saía a Mara, mas na semana que vem vão indicar ou a chatonilda Senhora Chapinha ou a Thaís-mala-sem-alça – ou as duas. E tomara que saia a Chapinha. Só um “deus” muito do ridículo livra duas vezes a cara de uma pessoa que deixa de viver pra se preocupar com a belezura do cabelo. Esse povo tem que se libertar. E eu espero que a produção faça a sua contribuição com uma dose extra de álcool. Essa edição carece.



Escrito pela Alê Félix
24, janeiro, 2006
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Então, então você acha que consegue distinguir o céu do inferno? Céus azuis da dor? Você consegue distinguir um campo verde de um frio trilho de aço? Um sorriso de um véu? Você acha que consegue distinguir?
– Não sei… Descobri que eu mal sei quem sou, que o meu céu é diferente até dos céus azuis desenhados sobre as nossas cabeças. Tenho chorado todas as noites… Tenho sentido raiva, medo, fiz da minha vida um quebra-cabeça de mágoas. Um dia pareceu conto de fadas, hoje é só mais um final com lágrimas nos olhos.
Fizeram você trocar seus heróis por fantasmas?
– Talvez porque seja isso o que acontece quando enterramos ilusões no nosso coração…
Cinzas quentes por árvores?
– Ainda sonho com o barulho do vento nas folhas…
Ar quente por uma brisa fria?
– Eu queria que você estivesse aqui…
Conforto frio por mudança?
– Estou tentando lembrar dos caminhos que percorri para poder achar uma saída… Mas é só o meu corpo. Meu desejo, minhas fantasias há muito conquistaram asas para irem em sua direção.
Você trocou um papel de coadjuvante na guerra por um papel principal numa cela?
– Eram grades iluminadas… Era uma cela clara de onde eu podia enxergar os campos verdes, os céus azuis e idealizar meus heróis. E eu achei que a chave estava sobre a mesa, que eu não estava mais sozinha e que poderia tocar os meus sonhos com a ponta dos dedos quando chegasse a hora. O tempo… Como o tempo passou rápido.
Como eu queria… Como eu queria que você estivesse aqui. Somos apenas duas almas perdidas nadando num aquário. Ano após ano correndo sobre este mesmo velho chão. O que encontramos?
– Não havia uma chave…
Os mesmos velhos medos… Queria que você estivesse aqui.
– Eu só queria estar aí.
… Quando eu era garotinha achava que Pink Floyd era um cara. Depois que eu cresci um pouquinho me contaram que pink era rosa e, como deduzi que todas as rosas deveriam ser feminino, achei que era um cara e uma menina: Pink e Floyd. Às vezes, são necessários muitos anos para compreendermos coisas muitíssimo simples.
* Tradução da música Wish You Were Here em itálico.



Escrito pela Alê Félix
18, janeiro, 2006
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– Vai começar o Big Brother…
– Deus me livre! Dessa vez eu não vou nem ler sobre isso em noticiário. Tô fora… Isso vicia, eu tenho mais o que fazer, aposto que dessa vez será chato porque tá todo mundo esperto com esse negócio de que tem que ser bonzinho pra se dar bem no programa e…
Vinte minutos depois…
– Qual é o telefone da NET?
– Pra quê?
– Comprar o pay-per-view…
Dois dias depois…
Querem apostar quanto que vão escolher a escrava da chapinha (Inês) pro paredão?
17 de Janeiro – 21horas
Pelo bem da minha diversão, das intriguinhas que apimentam os reality shows e pelo bem do meu bolso que paguei pay-per-view pra ver aquela ladainha de mulheres doidas para serem a próxima Grazi, que saia a Inês.
17 de janeiro – 23h30
Eita povinho bunda mole esse que vota pra galera sair ou ficar… Queria ver um BBB6 com 14 moscas-mortas igual a Inês ter audiência. Essa regra do “que vença o mais bonzinho” ainda vai acabar com a graça desse programa.
Enfim… Valeu por ver a Juliana se despedindo do Dan-Dan-Boy-da-Móoca e soltando a frase que é a minha próxima aposta para o segundo paredão: “Te espero lá fora Dan, vê se sai logo”. Isso que é amiga…



Escrito pela Alê Félix
12, janeiro, 2006
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E de estado em estado, lá foram parar os Malvados em Pernambuco. Com o Dahmer arrasando mais uma vez. Nunca vi menino tão bom de resposta… Ok, ok, vou parar de babar ovo nas pratas da minha casa.
Matéria bacanérrima feita pelo Bruno Nogueira. Veja aqui no meu Flickr, vale a pena. É só mandar ampliar a imagem que dá pra ler. Beijinho.



Escrito pela Alê Félix
9, janeiro, 2006
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boasentradas.jpg



Escrito pela Alê Félix
1, janeiro, 2006
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