Aí você acorda e é seu aniversário… milok.png
É, mais um. Parece que não acaba nunca, mas acaba. São só vinte e quatro horas de pesadelo, depois passa. Posso sentir saudade de um e outro, mas, de forma geral, acho que aniversário é o dia do constrangimento. Tanto “obrigada” me deixa com tontura… Fico me sentindo em divida, com a obrigação de não esquecer os aniversários de quem lembra do meu. E haja culpa se esqueço! Pode ver… Ninguém retribui parabéns para quem não dá. A gente parabeniza uma vez, duas, mas, se o cara insistir em esquecer do seu, você pára de lembrar do dele também. Ainda bem que, hoje em dia, existe o Orkut. Ele virou minha memória social. Se colocou a data no Orkut, eu lembro. Caso contrário, a culpa é da pessoa que não avisou os amigos e não da minha falta de consideração. Deus abençoe o Orkut. mort_de_rire.png
E quando temos que fazer cara de quem gostou do presente? 2-5.jpg
Putz… Velinhas, bolo, os manés que inventam de levar língua da sogra… Afe, “parabéns pra você” é a morte. O musiquinha deprimente… Não há quem não fique deprimido com aquela cantoria besta depois dos vinte e cinco anos. Ela te deprimiu antes dos vinte e cinco? Eu deprimi tarde, né? Pra você ver… Nem mal humorada crônica eu sou! Pego leve com essas coisas, sou festeira á béça, levo sempre um pacote de língua de sogra no aniversário dos outros… bissbaby.jpg
Esse telefone não pára de tocar desde cedo… Tô na cama ainda, acredita? Blushed.jpg
Deus abençoe (também!) quem inventou o notebook e o wireless. Tô com medo de abrir a porta e ter que atender o telefone, a campainha, as telemensagens… Minha família é louca por telemensagens. Minha safena não é brega à toa, ela é hereditária.
Vivo dando bola fora com minhas tias com esse troço de telemensagem… Mas quem manda serem afetadas daquele jeito? Onde já se viu pedir pra gravar a minha reação depois do recado? Nunca mais ganhei presentes caros da tia Melina… naoacreditoqueeufizumaburradadestetamanho.jpg
Se os caras avisassem antes que a mensagem era dela… Mas, não! Eles soltam a mensagem com a voz daqueles locutores aposentados, gravam você sacaneando o texto, dizem quem enviou só no final e, para o meu desespero, avisam que todas as barbaridades que eu disse foram ouvidas pela remetente! Sur.jpg
Nem bom dia a tia Melina me dá mais… Beicinho.jpg
Não tô acreditando nesse telefone… Puxa, até que eu sou bem amada, né? amour_diabolike.jpg
Bato em deus e o mundo e, mesmo assim, não param de ligar. Não vou atender ninguém. Vou dar uma de difícil, dizer que passei o dia em reuniões de negócio… Adoro esse papo de “reunião de negócio”. Um amigo meu vivia no motel tratando de “negócios”. Tudo papinho. Desculpa de quem trabalha pouco. Eu_q_fiz%21%21.jpg
Campainha… Peraê. Já venho. Presente! Quer apostar quanto?
Torta… Uma torta! milok.png
Dá pra acreditar que a minha vizinha aqui debaixo viu que era o meu aniversário no Orkut (não falei?) e veio me dar um presente? Presente… Torta! Eu gosto de ficar repetindo a palavra torta, torta, torta… Mas, sinceramente? Eu odeio quando me dão comida. Primeiro porque eu adoro comida, segundo porque eu odeio que saibam que eu adoro comer. Eu sou gordinha, criaturas! Mad.jpg
É como se a pessoa pensasse “hum… deixa eu ver do que essa gordinha deve gostar… De comer! Vou dar uma torta pra ela.”. Ah, tenha dó. Eu também gosto de sexo, porque não me dão um espartilho de oncinha? Hum… Acho que acabei de escrever mais do que devia… Ok, que fique claro que isto não faz parte da minha lista de desejos. Foi só um exemplo. miki.jpg
Bah… Torta do que isso aqui? Humm… Limão! Uou…Ok, isso está melhor do que sexo. Não melhor do que o último, mas bem melhor do que alguns que eu fiz em mil novecentos e noventa e três. Putz… Noventa e três faz tempo… Tô mesmo ficando velha.
Fui num vidente semana passada… Nem contei, né? Ando preguiçosa pra escrever. A vida tá boa demais e ninguém gosta de ler gente feliz. Pessoas felizes são um tédio. E gente feliz também não tem tempo para escrever. Escrever e se manter feliz são coisas que dão trabalho e eu sou da turma que gosta de rede, sol, amorzinho…
Mas então… O vidente disse que eu vou passar dos oitenta anos sem doença, que onde eu ponho a mão dá dinheiro e que tenho três homens apaixonados por mim neste momento da minha vida. Há! Fala se eu não paguei de besta? punch%21%21.jpg
Primeiro porque eu sei que não vou morrer, segundo porque ponho o bumbum virado pra lua toda santa noite e terceiro que… Três? Só porque ele quer. Tem no mínimo meia dúzia. BeAuTy.jpg
Pena que no meu coração só cabe um. Um de cada vez… 2-1.jpg
Ah! É brincadeira. Todo mundo que me conhece sabe que sou assanhada, mas sou fiel. É uma pena, mas sou. Um problema esse negócio de não perder a piada, né? Ô mal danado… 2-5.jpg
Telefone de novo. Credo, não pára. Não falei? Uns dez pela quantidade de ligações insistentes. Ai, ai… Preciso parar de me achar a gostosona do pedaço porque, além de velha, nunca estive com essa bola toda. É só minha mania besta de fazer outdoor pessoal quando estou feliz. Preciso começar a me situar. Se achar a última bolacha do pacote com vinte anos, tudo bem. Depois dos trinta é necessário pegar leve, dar uma de modesta, bancar a madura…
Cara, tá punk esse telefone. Vai me amar assim lá longe. Eu, hein! Ah, quer saber? Vou atender… Não é todo dia que se pode ter a torcida do Corinthians babando no ouvido. Terei para sempre a arrogância dos vinte anos, né? Eu sei, eu sei… Dos quinze! Eu_q_fiz%21%21.jpg
Alôuuu… Anh? Quem fala? Como é que é? Anh? Tá tocando sem parar sim… Por quê? Ah… Telefônica é…? E vai durar quanto tempo esse problema? O dia todo de testes na linha!? Tá assim desde as oito da manhã?? Todo aquele toca-toca eram só testes?? desapontada.jpg
Ah… LoCo.png

E eu achando que era gente… hmmm.jpg
Vou colocar uma roupa decente e ir até a vizinha agradecer direito a torta de limão. Talvez, perguntar o dia do aniversário dela. sniff.jpg



Escrito pela Alê Félix
29, novembro, 2006
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Durante muito tempo ignorei o que pensavam sobre mim na tentativa de não permitir que interferissem no meu modo de ser. Não percebi que “me fazer ignorar” era o pior tipo de influência que eu poderia permitir.
Pincelei de cinza dias que podiam ser mais coloridos por me recusar a abrir os olhos… E descobri que não bastava coragem para abri-los… Às vezes, só é preciso chorar.
Recuperar o foco depois do meu tanto de escuridão, me ensinou a mudar de tom, a misturar as cores, a dizer sim. Descobri que tudo é reflexo. Que até os momentos desfocados podem ser leves e divertidos quando se aprende a rir da falta de jeito. Descobri que diante de um olhar que brilha quando acordamos, somos capazes de ter dias melhores e nos transformarmos em pessoas melhores.
Depois de todos esses invernos olhando para dentro, vejo que é através daqueles que gostam do meu preto e do meu branco, que saberei quem eu realmente sou.
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Escrito pela Alê Félix
28, novembro, 2006
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Eu sei, eu sei… Fui cuidar do meu inferno astral e voltei. Também sou filha de deus.
Aliás, falando em inferno astral, será possível que todo sagitariano é assim? Eu, hein! Nunca vi uma descrição astrológica mais perfeita. Não tiraria nadica de nada. Vai lá e procura seu signo pra ver se acertaram no seu também. Se bater, volta pra me contar se os caras são bons de verdade ou andaram instalando câmeras sobre a minha cabeça (nem vem! todo paranóico já pensou uma parada desse tipo.).
Semana que vem é meu aniversário e tô afim de comemorar… Pensei numa festa num motel (não, não é bacanal!) que libera uma suíte grandalhona (tem até máquina de pinball, acredita?) para festas grandes, mas todos os fins de semana desse ano já estão reservados.
Alguma sugestão?



Escrito pela Alê Félix
22, novembro, 2006
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O site de encontros Te Procurando pretende, em breve, integrar em seu site a sessão Ombro Amigo. Uma espécie de consultório sentimental onde os usuários perguntam e o escritor Ricardo de Carvalho (estilosissimo!) responderá. A novidade é que, além do moçoilo, as perguntas também serão também respondidas por mim. Mais um bom motivo pra eu não desaparecer por muito tempo. Acesse, abra o seu coração e pergunte o que quiser. Só Clicar Aqui. 😉



Escrito pela Alê Félix
30, outubro, 2006
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Nasci em São Paulo, sob o signo de sagitário, num ano que parei de citar porque percebi que contar o tempo deveria ser descrevê-lo em histórias e não cronometrá-lo (Mentira, decidi virar Glória Maria). Nasci na zona sul, periferia forte da capital, numa casa de pau-a-pique onde moravam meus pais, meus avós e mais seis irmãs da minha mãe (uma overdose de universo feminino que eu agradeço a deus todos os dias). Lá, aprendi a blefar com as mulheres e a pensar com os homens. Nasci pobre, mas decidi que não morreria pobre.
Tenho uma sorte inacreditável e ajoelho no milho por ela. Fui campeã de mau-mau dos sete aos doze anos de idade, fiz fortuna na pré-adolescência vendendo Avon e escrevendo bilhetes por encomenda. Saí de casa aos vinte e perdi tudo quando fali um bar de reggae. Nunca trabalhei muito, mas vivo falando que trabalho pra cacete que é pra maré não mudar. Publico livros de vez em quando, mas não vivo disso. Vivo de idéias, vivo para ter idéias.
Quase casei, separei, casei, separei, vou casar quantas vezes minha pele e coração falarem mais alto que a minha razão. Não entendo porque as pessoas têm tanto medo de casar… Mesmo quando causa tristeza é experiência das mais enriquecedoras.
Sou uma apaixonada por detalhes e por pessoas bem humoradas e mal humoradas engraçadas. Acho um tédio viver sem rir, crer e gozar. Vejo magia através de frestas de realidade e tenho a forte impressão de que alguém lá no céu vai muito com a minha cara porque vivo sendo presenteada com o que as pessoas chamam de sinais divinos.
Beija-flores e elefantes me perseguem… Se reencarnação existe, devo ter sido um efefante em uma delas: grande porte, presas raras, difícil domesticação, tranquilidade suficiente pra deixar os leões com a fama de reis das selvas e com grandes chances de parecer violenta quando me sinto em perigo.
Tenho poucos amigos, alguns conhecidos e muitos desconhecidos. Só deixo alguém entrar de vez na minha vida depois de ver suas fotos de infância. Tenho pouquíssimos interesses: não gosto de escrever, não gosto de ler, não gosto de cinema, não gosto de teatro, não sei ouvir música. Se não sou arrebatada nos primeiros minutos, sigo em paz com a minha ignorância. Gosto de pinturas e telas. Em breve, quero passar horas pintando quadros, trancada em casa, pelada, melecada de tinta e ouvindo música clássica no último volume só pra fazer tipo pra mim mesma e me sentir num comercial de cartão de crédito ou qualquer outro tipo de propaganda enganosa.
Gosto de jogos, sol, mesas cheias, histórias saindo da boca das pessoas, histórias contadas em fotografias. Gosto de dormir pensando “que puta dia do caralho!”. E, pensando bem, só isso me interessa… Me interessa saber quem são as pessoas que passam por mim e me interessaria saber quem você é… Mas conta direito, hein! Detalhes me despertam e espero sempre que eles causem prazer.
Sem vergonha, me diga: quem é você?



Escrito pela Alê Félix
19, outubro, 2006
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Cheguei de Brasília ontem trazendo na mala o cofre-elefante mais lindo do mundo e um tantão de saudade. Eu adoro aquele téco do país exatamente pelo motivo que me fez começar o troca-troca. Montão de abraços bons, sabores e lugares inesquecíveis, histórias sempre boas pra ouvir e gente boa pra guardar…
Enfim, depois eu babo contando mais da viagem, fotos, o elefantinho, a Ana e tudo, tudo, tudo. Vim mesmo só pra dizer que meu medo do céu não me impediu de voar (Gracie Dio! E ao Dante, que me ensinou uma tecnica ótima que levarei pro resto da vida.). Depois conto essa parte também. Por enquanto, era só pra dizer para vocês lerem esses caras. Ando rindo à béça dos senhores Dom Juan e Casanova… Pensei até num encontro a três essa semana (tratar de negócios!). Vamos ver se eles topam. Se aceitarem, depois dou detalhes.
Agora eu vou pra cama porque viajar me faz dormir bem e acordar com os anjos. Fui.
🙂



Escrito pela Alê Félix
16, outubro, 2006
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Não foi amarelice e muito menos a notícia da queda de mais um avião. Eu perdi o voô. Só isso. emot.jpg



Escrito pela Alê Félix
10, outubro, 2006
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Primeira parada do troca-troca. Clique aqui e saiba os detalhes da viagem.



Escrito pela Alê Félix
10, outubro, 2006
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