Só pra lembrá-los que o sorteio será no dia 15/12. Quem não se cadastrou ainda, corra. Já tem mais de setenta
pessoas inscritas. Os posts abaixo explicam como participar.
Dia 15 o sistema irá sortear os nomes e enviará uma mensagem com o nome do seu amigo. Aí basta entrar em contato com
a pessoa, pegar o endereço de correspondência dela e preparar a carta ou o cartão que deverão ser escritos
obrigatoriamente à mão.
Acho que não há necessidade de ser algo secreto, já que o ideal é que as pessoas saibam um pouquinho sobre a outra
antes de enviarem a carta. Por isso, logo depois do sorteio, fica aberto para contarmos quem tirou quem, ok?
Ah! Eu já sarei. Estou pronta pra outra! Mas na próxima, vou optar por acompanhar a galera do suquinho. :b



Escrito pela Alê Félix
13, dezembro, 2002
Comentários desativados em AMIGO NÃO SECRETO ENTRE AUTORES E LEITORES DE BLOGS
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A dor de cabeça foi embora com a chegada do enjôo. Um enjôo típico de quem perdeu o hábito de beber e estava em
processo de purificação do corpo e da alma com o veganismo. (piada interna: veganismo=celibatário ou agnóstico).
Trabalhar não resolveu, só contribuiu para que o sono ficasse insuportável e eu fizesse um monte de bobagens. Atendi
um cliente com voz de tele-sexo, às oito da manhã, achando que era sonho. Alguém quer comprar meus clientes de
internet? Aceito ofertas. Quero só a editora pra mim, só ela e mais nada.
Eu sei que eu prometi, mas hoje não vai rolar “a mulher do pires”, não. Amanhã, se eu estiver sarada, eu termino.
Enquanto isso, vocês podem ir se deliciar com os responsáveis pelo meu dia de cão: o Marco Aurélio que dispensa apresentações porque já é uma
celebridade, o Jaime, meu bom e velho amigo que, por causa
das más companhias, anda cheirando fumaça de cigarro e o Lêle, que nasceu astrofísico e está fazendo propaganda enganosa, lá no blog dele, sobre a sua
aparência física. Na verdade, não vou ser injusta com ele, isso é coisa do Marco, que leva vida de marajá e fica
inventando moda.
Os outros meninos que me mataram de rir e beber, ontem à noite, foram: o Tatoo, que é um dos caras mais engraçados e
figura que eu já conheci, e o Maridon, que a cada dia que passa se parece mais com o George Clooney. Ai ai… é fogo
namorar homem bonito, dá trabalho, mas é tão bom de olhar. : )
Tatoo e Maridon não querem saber de ter um blog, acham que isso é coisa de mulherzinha. Mas pode deixar que eu vou
continuar insistindo, quem sabe não os venço pelo cansaço.
Beijo de boa noite pra vocês. Tá cedo, mas eu preciso sarar. Ah, tem muita menina naquele amigo secreto, uma média
de três moças para um rapaz. Será possível que blog é coisa de mulherzinha, mesmo? Meninos, inscrevam-se já! Inté.



Escrito pela Alê Félix
12, dezembro, 2002
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Que dor de cabeça… Não tenho mais idade para dez chopes nem com o maridon, por perto, para dividi-los comigo. O
pior de tudo, é acordar dando razão para certa pessoa que
passa a noite no suco de laranja, gasta 1% do valor da conta e se diverte igual.
Deixa pra lá. O que importa, é que eu ainda sei decifrar o destino pelas linhas da mão. Basta aparecer uma boa vítima. : )
Como pesa essa cabeça! Vou ter que pegar no tranco hoje. Será que trabalhar cura ressaca?



Escrito pela Alê Félix
12, dezembro, 2002
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Você se cadastra no endereço www.amigosecreto.com.br e confirma seu cadastro. Depois de cadastrado clique no link
“Entrar em um Grupo já Existente”. O nome do grupo é Caligrafia. Fácil e sem segredos.
Dia 15/12 eu clico um botão e o site sorteia quem vai tirar quem. A partir dai, é só mandar um e-mail anonimamente
(o site dá essa opção) para quem você tirou, trocar algumas mensagens, passar o endereço de correspondência e enviar
até o dia 20/12 uma carta ou cartão escritos à mão para o seu amigo secreto.
Beijo na bochecha e amanhã eu termino a saga da mulher do pires.



Escrito pela Alê Félix
11, dezembro, 2002
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Não vou cuspir no prato que tenho comido. Eu tenho meus talentos. Vou deixar a modéstia que me assombra trancada no
banheiro e confessar: eu sei ganhar dinheiro. Me disseram que isto é um talento, então vou passar a dizer que foi
com ele que eu nasci.
Não, eu não sou rica. Nunca fui. Pago aluguel, tenho um carro velhão que eu amo de paixão e não tenho dinheiro
acumulado. Ai você me pergunta: e o que tem feito com o talento? E eu lhe digo:
Um dia minha avó me ensinou a fazer bolinhos de chuva. Era dia de sessão da tarde e cobertor. Minha mãe havia feito
pipoca e eu pedi para minha avó me ensinar a preparar os bolinhos de chuva que ela fazia tão bem. Depois de muita
farinha de trigo esparramada pela cozinha, minha travessa de bolinhos estava pronta. A primeira coisa que fiz quando
terminei de salpicar-lhes açúcar foi embalar o refratário em uma toalha e avisar a minha mãe que eu iria vendê-los
em frente à escola que tinha na nossa rua. Fui até o portão principal do colégio, esperei dar o sinal do recreio e
vendi tudo. Não sobrou nem o açúcar, até os professores foram lá comprar meus bolinhos. Eu tinha oito anos.
Depois desse evento, não parei mais. Vendi geladinhos coloridos para os moleques que soltavam pipa na esquina de
casa; na escola, fazia reuniões no banheiro das meninas com os produtos da Avon e vendia poemas e cartas sob
encomenda. Ok, vou explicar. Eu tinha uns doze ou treze anos quando conheci a nova professora de português – a
antiga havia se aposentado. Foi amor à primeira vista, ela dava uma aula apaixonante, divertida e nada convencional;
conseqüentemente tomei gosto pelas aulas de língua portuguesa. Certa vez, ela cismou que eu sabia escrever e começou
a me dar dicas extracurriculares de livros e escritores. Metida como eu era e movida pelos elogios da minha mestra,
não quis desapontá-la e desatei a escrever poemas, poesias e estórias de amor. Minhas amigas da sala de aula
começaram a ler as coisas que eu escrevia e, pouco tempo depois, minha mesa tornou-se atração turística com meninas
por todos os lados, suspirando em cima da minha papelada. Não deu outra: cinqüenta centavos por escrito, baseado em
fatos reais. A meninada me contava em que pé andava o namorico, me dava alguns detalhes sobre os dois, eu escrevia,
elas pagavam e o negócio estava feito. Babau, meus intervalos! Eu não tinha mais recreio, aula vaga, nada. Alunas de
outras classes interrompiam as aulas da minha sala para entregar bilhetinhos com informações, pedidos de cartas e
afins. Eu tinha um bom preço, um produto personalizado e vivia cheia de dinheiro. Nada mau para uma garotinha de
treze anos, cujas necessidades se resumiam a figurinhas de álbuns que davam prêmios, cadernos de capa dura, gel com
brilho molhado de purpurina, batom 24 horas e caixa de lápis de cor com 36 cores. Os lápis eram para eu desenhar. O
sucesso das cartas subiu à minha cabeça e achei que poderia aprender a desenhar para vender os desenhos. Foi meu
primeiro empreendimento fracassado, logo superado pelo meu método de repasse de livros didáticos usados.
Conto mais depois…
; )



Escrito pela Alê Félix
11, dezembro, 2002
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Bóra fazer um amigo secreto por aqui? Tem um sistema no site da globo (não tenho certeza) que faz o sorteio. Posso
verificar.
O presente poderia ser uma carta escrita à mão ou um cartão. O que vocês acham? Faz um século que eu não escrevo uma
carta e ponho no correio, nem sei mais como é minha letra. Só lembro que era feia.
Quem quiser, me diz por email ou por aqui que quer participar. Meu e-mail está no elefante.
Beijo de boa noite.



Escrito pela Alê Félix
9, dezembro, 2002
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Se pudesse escolher uma profissão, eu seria cantora de ópera. Acho até que quase consegui algumas características. O
corpo de cantora de ópera, por exemplo, eu já tenho há algum tempo. Mas a voz está mais para Tetê Espindola
desafinada do que para Monserrat Caballe. Já me disseram que cantar se aprende, mas eu queria ter nascido com o
talento natural de uma cantora lírica. Aprender dá muito trabalho e eu tenho um talento natural para a preguiça.



Escrito pela Alê Félix
9, dezembro, 2002
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Meus avós maternos eram muito pobrezinhos quando casaram. Rodaram o estado de São Paulo antes de se firmarem em um
local. Moraram na cidade de Americana (onde minha mãe nasceu), depois voltaram para a capital e continuaram a saga
entre Vila Ré, Artur Alvim, Guaianazes, Mauá, Santo André e, por último, Santo Amaro. Cada mudança, um filho; para
cada um, uma letra M de presente. Pobres como eram, a única alegria da minha avó no período de gestação era ficar
matutando para achar algum nome bonito que começasse com a mesma letra do nome da primeira filha. Assim ficariam
todos com algo em comum, além dos vínculos materno e paterno.
Mas as crianças que poeticamente foram batizadas de Maria, Marcos, Maurílio, Maurício, Marcia, Magda e Marilda
trataram logo de bagunçar o coreto para: Tatá, Maco, Lilo, Licinho, Marcinha, Guida e Liuda. Eles eram ótimos para
inventar nomes e apelidos.
Com a chegada da última filha veio também o terreno que ajudaria todos eles a se ergerem na vida. Depois de morarem
em casas de pau-a-pique, casas de parentes e de favor, eles conseguiram comprar um bom pedaço de terra onde a cidade
terminava.
Quando eu nasci, todos eles eram muito crianças, inclusive minha mãe, que me teve aos dezoito anos de idade.
Naquela época, pobre, de familia numerosa e primogênita, o destino não poderia ser outro. Casar era uma boa solução
para todos. Graças a Deus, mesmo com todos esses fatores, ela teve a sorte de casar por amor, paixão e porque
queria.
Meu pai morava em um bairro vizinho mas, depois de ter atropelado minha mãe com uma bicicleta, tratou de mudar o
percurso que fazia até o trabalho para que pudesse vê-la com mais frequência. Meu avô autorizou o namoro, construiu
um puxadinho no fundo do terreno, meus pais casaram e pouco menos de um ano depois do casório eu nasci.
Fui feita em época de carnaval, na cidade de Poços de Caldas, na lua de mel apertada que eles conseguiram ter. Nove
meses depois, minha mãe chegaria da maternidade e me apresentaria para todos os outros emes que dividiriam o terreno
conosco. Ela conta que eles cercaram meu berço e brigaram para me segurar em seus colos. Enquanto eles discutiam,
meu pai só queria saber se minha mãe já havia decidido pelo meu nome; ele precisava ir até o cartório me registrar.
Discussão levantada, todos os emes decidiram dar palpites e nomes esdrúxulos começaram a surgir de todos os lados:
ela tem rostinho de Minnie (idéia da tia que adorava a Minnie do Mickey). Não, ela vai se chamar Tiara (coisas da
minha tia perua que vivia de tiaras e adorava esse nome). Lucille Ball, coloque Lucille Ball (pré adolescente
tarado, aquele meu tio!). Meu pai interrompeu a bagunça dizendo que, por ele, seria Marília (cidade onde ele
nasceu). Todos os emes começaram a pular gritando: Mais um eme, mais um eme, mais um eme! Minha mãe, por sua vez,
exausta do parto e daquele monte de criancinhas que ela teria que continuar convivendo mesmo depois de casada, puxou
meu pai pelo colarinho e disse: Tudo, menos outro eme.
De lá para cá, meu pai costuma dizer que não se pode discutir com uma mulher que acabou de parir. Ele saiu de casa,
pegou os documentos, entrou na fila de registros do cartório e quando chegou a sua vez, perguntou para o escrivão:
– Por favor, será que o senhor não pode me dar uma dica. Eu preciso registrar a minha filha e estou com uma dúvida
danada. Que nome o pessoal da fila tem colocado em meninas?
– Ah seu moço, o nome que mais eu vejo chegar aqui é Alexandra, Alessandra, Aleksandra. Parece que todo mundo
decidiu botar esse nome nas filhas.
– Ah é? É um nome bonito… e não é um eme. Minha menina, bem que tem carinha de Alê. Pois, pode colocar esse aí
então.
– De que jeito o senhor prefere?
– Vê do jeito mais fácil de escrever. Assim ela não vai precisar soletrar muito na vida.
Eu poderia ter sido mais um eme se todos tivessem concordado com Marilia, mas acabei sendo mais uma das várias Alês,
vitimas da moda que era este nome na época. Bem, dos males o menor, antes vítima da moda do que assinar Tiara,
Minnie ou Lucille Ball.



Escrito pela Alê Félix
8, dezembro, 2002
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