Muita gente pergunta o porquê desse blog se chamar amarula com sucrilhos. Um dia eu conto. Antes, vou esperar que o
visitante número 15.000 se identifique e me diga depois o que achou da mistura.
Tenho, aqui em casa, uma miniatura da caixinha do Sucrilhos e uma miniatura da garrafa do licor de marula. Vou dar
de presente.



Escrito pela Alê Félix
21, dezembro, 2002
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Eu com o maridon, e a dona do liquidificador com
o dela, saimos para passear há algumas horas.
Paramos em um lugar cheio de guloseimas onde conhecemos pessoalmente os seres por trás dos blogs: La cité des enfants perdus, Marmota, Mundo da Cherie, Nikki, Sodoma e The Blues Man.
Bom ver gente que eu lia e bom conhecer gente que eu vou passar a ler. Foi uma boa noite. Com garoa, migração de
cadeiras e boas pessoas rodeando a mesa.



Escrito pela Alê Félix
21, dezembro, 2002
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Alguém, ai em cima, pode acelerar o tempo e fazer este ano acabar logo?



Escrito pela Alê Félix
20, dezembro, 2002
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Eu precisava escrever. Pensei em mandar flores, em comprar um presente, pensei até em mandar um destes presentes que
fazem parte do “kit falta de criatividade”, mas nada supria a minha vontade de presentear uma das amigas mais
queridas que eu tenho na vida. Optei por escrever, mesmo sabendo que a cretina raramente acessa este blog. O que é
compreensível e perdoável, já que nenhum post deste blog é novidade para ela. Depois de todos estes anos, minha
história é também um pouco da história dela e vice-versa.
Não sei se meus amigos sabem a importância que eu os atribuo, e ando encucada com isto. Às vezes, fico me
perguntando se não estou muito ausente, se tenho ligado o suficiente, se eles ainda acham que eu me importo. Não
sei. É complicado dizer que estou disponível e que eles podem contar comigo sem a minha presença diária.
Eu deveria lembrá-los disto com mais freqüência. Por mais que eu saiba dos sentimentos nutridos no decorrer dos anos
que se passaram, me sinto insegura diante dos possíveis estragos que a distância pode causar.
Há alguns meses eu disse que estava fechada para amigos novos. Amigos precisam de manutenção e eu decidi que não
queria mais nada que dependesse ou precisasse de mim em algum momento. Fiz cortes drásticos: descartei a idéia de
ter animais de estimação (mesmo sendo louca para ter um cachorro), continuo sem vontade de colocar crianças no mundo
e decidi que, das plantas que eu quis cultivar na vida, só me restariam os cactos que vivem na minha cozinha.
Manteria os amigos, de longa data, que já sabem como eu funciono e assunto encerrado.
Como eu sou boba. Quero dar uma de durona, mas é impossível. Achei que poderia dizer “não” para este meu coração que
governa minha existência. Ele está em mim, mas eu não posso controlá-lo. É ele quem decide quem entra e quem sai do
espaço que lhe pertence e não adianta meu sistema de autodefesa tentar interferir.
Por culpa deste blog, a idéia de fechar a vida para novos amigos foi para o beleléu e, de tanto escrever sobre a
vida, ando morrendo de amores e saudades dos meus velhos amigos.
Da minha querida aniversariante, principalmente. Minha amiga sagitariana tão viva no meu passado e tão presente na
minha mente. Alguém que me compreende sem eu precisar falar, que sabe se eu estou bem ou mal pelo meu alô, que briga
comigo com a mesma facilidade que me elogia, que direciona meus pensamentos quando eles estão confusos, que me manda
tomar no cu sempre que eu preciso e que faz eu engolir as minhas lágrimas quando toma minhas dores. Minha querida
amiga loira que tantas vezes enxugou meu rosto, que chorou comigo, que gargalhou comigo, que riu de mim, que riu de
si própria, que rimos dos outros e para os outros. Minha querida amiga de farra, de festas, ressacas, viagens,
galinhagens, porres e sacanagens. Cúmplice nas horas certas e erradas. Companheira nos momentos necessários e
desnecessários. Uma mulher que contribuiu para a riqueza de detalhes do meu passado com a sua alegria, coragem e
vontade de viver. Uma vaca filha da mãe que me faz chorar só de escrever esta porra de post. Alguém que me remete a
lembranças que fazem a vida valer a pena, uma menina que eu amo de paixão e morrerei de saudades enquanto eu estiver
viva, uma velha amizade que transforma este sentimento em uma dádiva de deus, seja ela de infância ou uma novidade.
Cheers. Para a velha amiga e para o amigo novo que por coincidência também faz anos hoje, mas que não gosta de
parabéns. :o)



Escrito pela Alê Félix
19, dezembro, 2002
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Já que ninguém entende o que eu escrevo, vou usar a força física.
Vou dar um murrão em todo mundo que continuar achando que eu me importei com esse negócio de copy-paste e autoria.
Caraca! Leiam direito o que eu escrevi. EU SOU A FAVOR DA PROPAGAÇÃO DE POSTS, BLOGS E ESCRITORES DE BLOGS NA
INTERNET. Copiem à vontade e tenham o prazer de apresentar o autor para as pessoas. E parem de atormentar a
Thais. Ela já me escreveu, já explicou o que houve, pediu desculpas, é uma garota legal e que não fez nada por
maldade. Errar é humano e o que importa é o processo de evolução.
Se vocês soubessem as merdas que eu já fiz e, vira e mexe, faço na vida… Melhor nem contar, porque senão ninguém
volta mais aqui.
Outra coisa: se eu continuar escrevendo “A” e fulano ler “B”, vou me aposentar deste troço. Será possível que eu
escrevo alemão?
Bom… du arschloch!



Escrito pela Alê Félix
19, dezembro, 2002
Comentários desativados em "Credibilidade não se constrói com 100% de acertos, mas 100% de correções".
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Volto quando a mente estiver tranquila, quando o coração estiver em paz e quando as coisas simples do dia a dia
voltarem a fazer sentido.



Escrito pela Alê Félix
19, dezembro, 2002
Comentários desativados em Pausa para pensar na vida.
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Quem diria? Vou virar “autor desconhecido”.
Nem meu sexo vão saber.
Custa pôr “autora desconhecida”?

Desde que eu me entendo por gente eu fico pensando no que eu quero ser quando crescer. Quando criança eu pensava em
ser aeromoça ou diplomata, na adolescência encanei que seria escritora ou fotógrafa, depois quis ser jornalista ou
advogada, mas de todas as profissões que eu desejei e trabalhos que eu realizei nunca me passou pela cabeça que eu
pudesse me tornar mais um daqueles autores desconhecidos que a gente lê por ai.
Sabe aqueles das marchinhas de carnaval? Tem também os das frases de banheiro público, os que se tornaram ditos
populares. Eu passei a vida olhando e imaginando quem estes caras poderiam ser ou ter sido. Sempre fantasiei em cima
das suas supostas identidades, ficava imaginando que tipo de gente teria dito ou escrito algo que o imortalizaria
como um “sem R.G.”.
E não é que este pode ser o meu futuro? Bem, vamos do começo:
O primeiro blog a gente nunca esquece e as minhas primeiras observações nunca me saem da cabeça. Quando eu conheci a
ferramenta, pensei: isso vai dar merda. É sensacional, mas vai dar merda. Muita gente lendo muitos blogs,
pensamentos repetidos, registros, provas, gente achando que tem idéias originais mas que são resultados das leituras
dos blogs vizinhos e por aí vai. Dito, escrito e copiado!
Canso de ver blogs com copy-paste de conceitos, idéias ou posts na integra. Eu acho ótimo! Sou completamente a favor
deste escancaro de liberdade que é a internet. Quer copiar, copia e fim de papo, mas não assine embaixo dizendo que
é seu, por favor.
Meu pai me ensinou uma valiosa lição que diz que respeito é bom e conserva os dentes. Infelizmente eu não sei bater,
mas acabei aprendendo a respeitar as pessoas como medida de prevenção dentária.
Por obra do acaso, hoje em dia eu tenho uma editora. Descobri com ela que uma das coisas menos respeitadas neste
país é direito autoral. Vários são os casos de autores que nunca viram a cor dos seus dez por cento sobre o valor de
capa de um livro. Muitos acabam se dando por satisfeitos quando pegam a sua obra nas mãos e a colocam na estante de
casa. Compreendo os dois lados, mas não concordo. A parte comercial precisa ser clara e respeitada em todas as suas
etapas, senão não funciona.
Quando você compra um livro, além de valorizar o trabalho de um escritor você contribui para a sobrevivência de
editoras, livrarias, distribuidores, transportadoras, gráficas, diagramadores, ilustradores, revisores entre outros
profissionais envolvidos no processo, mas principalmente existe uma contribuição para a identidade cultural do país.
Em um blog, o exercício da escrita é pessoal, não remunerado e pode se tornar público. Gostar de alguém ou do texto
de um escritor de blog pode ser tão comum quanto gostar de escritores já consagrados como Luís Fernando Veríssimo,
Mário Prata, Paulo Coelho, etc. (exemplos aleatórios). Sendo assim, é natural que outros blogs comentem, adicionem
links, mandem e-mails. Isto é ótimo e todos agradecem. Não gostou? Quer falar mal? Fale. É a vida e é a internet. Na
pior das hipóteses, é só deletar e está tudo certo. Tudo é perdoável, inclusive a cópia sem crédito. Mas eu,
particularmente, teria vergonha de assinar e responder aos comentários de coisas furtadas de outros blogs. A atitude
me cheiraria a falha de caráter e eu acabaria sendo sufocada pelo meu próprio odor.
Isto tudo me faz continuar pensando nas minhas primeiras impressões do instrumento blog e é impossível não levantar
algumas questões: Quem vai reconhecer o trabalho de tantas destas criaturas incríveis que andam preenchendo nossos
dias com seus posts bem escritos, com as descrições de suas vidas e cotidiano, com seus personagens virtuais e suas
idéias inovadoras? Quem? Será que estamos todos condenados a um futuro de autores desconhecidos?
Não deixa isto acontecer não. Você pode mudar a vida de muita gente quando faz apresentações. É como viver uma nova
amizade. Nos empolgamos com o novo amigo e queremos apresentá-lo para todos os nossos amigos antigos. Faça isto com
as coisas que lê por aqui. Apresente o autor. É saudável, ético e eu posso publicá-lo um dia. Será um prazer para
ele, para você, para mim, para o país e para o futuro.
P.S.: Se você não sabe sobre o que estou falando, veja os posts do dia 13 de novembro de 2002 deste blog e compare com os meus posts Ressacas Necessárias e este
sem título
, do dia 16 de outubro. Qualquer semelhança não é coincidência!
O caso Milani foi desvendado pela leitora de blogs Munira. ;o)



Escrito pela Alê Félix
17, dezembro, 2002
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Só vou escrever sobre isto mais tarde. Ainda estou
no meu horário comercial.
Fui.



Escrito pela Alê Félix
17, dezembro, 2002
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