Pecaperapeça! Pequanpeta pegenpete pelempebra peda pelínpegua pedo pei! Pee peeu peque peapechapeva peque peela
petipenha peenpetrapedo pepapera pea pelispeta pedas pelínpeguas pemorpetas pee peenpeterperrapedas peda penospessa
peinpefânpecipea.
Petem petampebém pea pelínpegua pedo P pee pedo P pecompepospeto, pemas peeu penão pegospeto peda pelínpegua pedo P,
penunpeca pegospetei. Pee peainpeda petipeve peque pepepedir peapejupeda pepapera peos peupenipeverpesipetáperios
pepapera pechepegar peaté peaqui.
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Escrito pela Alê Félix
27, fevereiro, 2003
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Filindi im sigridis, ilgiím limbri di língii di i? Ipisti qii nii…
Him… intirissinti. Isti significi qii ii pissi iscrivir im bibidi bim cibilidii qii ningiím vii intindir nidi.
Pirici bim, mis í ii nii vii sir bisti di irriscir.
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Escrito pela Alê Félix
26, fevereiro, 2003
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Só as meninas boas escrevem diários, as más não tem tempo pra isso.

Tallulah Bankhead

Eu quis muito ter um diário na adolescência. Muitas amigas tinham, era moda nos anos oitenta, mas eu sabia que eu
não podia tê-lo.
Sou a mais velha de três irmãos bisbilhoteiros, filha de uma mãe especializada em investigações familiares e
engenharia social e de um pai que fazia careta quando me via conversando com meninos na rua. Um diário honesto seria
a minha ruína. Eles seriam capazes de explodir o cadeado, passar o serrote na capa ou fazer cópias da chave para que
pudessem lê-lo sempre que desejassem.
Eu olhava para aqueles caderninhos rosados com fecho e cadeado e sabia que não daria certo. Afinal, coisas com
cadeado foram feitas pra quê? Para as pessoas enlouquecerem tentando abrir, oras bolas!
Não tinha jeito. Na minha cabeça era claro que, em uma família, todos os segredos existiam para serem descobertos. E
olha que a minha vida de adolescente nem era tão atribulada assim! Mas como eu explicaria um beijo na boca aos doze
anos de idade, conversas sobre sexo aos treze, rala e rola aos quinze, paixões avassaladoras aos quatorze? Não,
ninguém merecia saber sobre a minha vidinha, não os meus parentes. E se viessem a saber, não seria em uma versão
assinada por mim.
Até que chegou uma época em que as coisas ficaram muito complicadas para o meu lado. Eu estava de namoradinho novo e
o único lugar que tínhamos para namorar era no ponto de ônibus, depois da escola. Passava um ônibus, dois, três e,
quando eu chegava em casa, já tinham acionado todos os hospitais, delegacias e todos os S.O.S. dos desaparecidos da
face da terra. Era um sufoco me explicar todo santo dia e era lógico que o meu repertório de desculpas se esgotaria
antes que eu pudesse completar um ano de namoro. Mas eu tive uma idéia brilhante e tratei de colocá-la em prática:
Fui à papelaria no dia seguinte, comprei um diário cheio de frufrus com um cadeadão de guardar intimidades cabeludas
e comecei a escrever no mesmo dia.
Horas e horas escrevendo deitada na minha cama, sentindo os pescoços se contorcendo por cima de mim, os olhares de
rabo de olho à procura de um trechinho, que fosse. Logo eu não teria mais problemas; assim que a curiosidade lhes
consumisse, eles dariam um jeito de ler os relatos do meu querido diário.
Nunca soube ao certo se eles leram. Uma família que se preze não bota na banca os segredos da casa – os usa em
beneficio próprio. O que eles nunca souberam é que tudo o que foi escrito foi maquiavelicamente tramado pela minha
mente adolescente do mal. Não que eu fosse uma menina má, não que eu não gostasse deles – muito pelo contrário – mas
dividir o mesmo teto é a melhor forma de ver o que há de pior em alguém e dar uma banana para o que realmente
importa. Era só escrever diferente!
As verdadeiras histórias com o namorado eram escritas em supostas horas dedicadas à leitura na biblioteca do
colégio. Minha implicância com meus irmãos xeretas magicamente era descrita no meu diário como o mais puro
sentimento de culpa de uma irmã que não conseguia manifestar o carinho que tinha por eles. Meu desespero sobre como
driblar a vigilância dos meus pais se transformava em textos de tristeza, onde eu, muito magoada, relatava minha
indignação pela falta de confiança que eles tinham em mim – um verdadeiro exemplo de bom comportamento e amor à
família. E ninguém me encheu a paciência por muito tempo… Até me levavam a toalha, quando eu a esquecia na hora
do banho!
O namoro durou seis meses, o diário também. Os bons tratos acabaram um pouco antes… Era previsível. Em família,
até as declarações de amor precisam de limites. Aquilo era um exagero! Mas foram quase seis meses de paz e sossego
no meu lar, doce lar.
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Enquanto o haloscan não volta…



Escrito pela Alê Félix
24, fevereiro, 2003
Comentários desativados em Meninas más arranjam tempo quando lhes interessa.
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Vida nova. Será?
Meu sentimento de incompetência foi embora no instante em que o contrato foi assinado pelo bebum. O mais engraçado é
que, o que era pra ser um contrato bobo entre empresas, se tornou um evento. Saímos para beber: eu, ele e a
recepcionista-esposa. O Claudio tinha a incrível capacidade de embriagar todos os seres a sua volta. No final, a
noite foi tão boa que juramos amizade eterna e nos ver mais vezes – nunca mais nos falamos.
Fui fechando um contrato atrás do outro. Meu primeiro mês de trabalho me rendeu um carro, um vício terrível em lojas
de shoppings e uma neura louca de arriscar dinheiro em ações e outros tipos de investimentos de risco.
Minha vida tranqüila de fotógrafa, amigos e tardes nos bares da Vila Madalena foi substituída por doze horas de
trabalho diárias, amigos empresários e temporários e fins de tarde em casas de chá com dança do ventre. Pois é, por
obra do acaso fui parar na região do Brás, Pari, 25 de Março e acabei colocando o raio do videotexto em quase todos
os estabelecimentos comerciais daquela região. Descobri que os tão mal falados comerciantes de lá eram pessoas
maravilhosas, divertidas e cheias de histórias pra contar. A maioria imigrantes, batalhadores, apaixonados pelo
Brasil e por mim (eles iam tanto com a minha cara que me apresentavam para todos os “primas”. Cada apresentação um
contrato, era incrível.)
Com o tempo comecei a ganhar tanto dinheiro que a vida começou a perder um pouco da graça e, quando a diversão com a
conta bancária acabou, pensei em largar tudo e voltar a ser pobre e feliz. Mas tinha o problema de perder o terminal
de videotexto… e dele eu não queria abrir mão de jeito algum.
Meu único divertimento era chegar em casa, esticar as pernas, ligar o videotexto e conhecer gente virtual no
videopapo. Se eu pedisse pra ser mandada embora, teria que devolver minha maquininha de fazer amigos. Então decidi
que antes que isto acontecesse, eu faria dos amigos virtuais, amigos reais e tudo estaria resolvido.
A decisão parecia fácil: era só trocar telefones e conhecer as pessoas ao vivo e a cores. Passei um fim de semana
inteiro pendurada no videopapo e com a agenda lotada para o resto da semana: segunda, às quatorze horas, almoço com
o Loiro27a; terça, às dezoito, shopping com o GatãoSP; quarta, às sete da noite, passar na faculdade da Loba;
quinta, depois do expediente, passar no escritório
do (a) <o><o> e, na sexta, ligar para o Locutor e confirmar.
_______________>>> Continua
Clique aqui para
ler o Post VII – Quem entende?

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ler o Post VI – Pensa rápido!

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ler o Post V – Não, não e não!

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ler o Post IV – Primeiras impressões sobre o trabalho de cinco mil dólares

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ler o Post III – A primeira noite no videopapo

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ler o Post II – A entrevista

Clique aqui para
ler o Post I – O começo de toda a história



Escrito pela Alê Félix
21, fevereiro, 2003
Comentários desativados em Videotexto (Post VIII)
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Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza
de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e
o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam…
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por
isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas
em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você
podem fazer qualquer coisa, ou nada e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa. Por isso, sempre
devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo. Mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar
serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter
personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a
levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que
com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma
tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com
tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si
mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés
de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar
que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida.
Autor e remetente desconhecidos – Uma pena, se alguém souber quem é o autor me conte.



Escrito pela Alê Félix
20, fevereiro, 2003
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Quem foi o fofoqueiro que descobriu quem é a mulher do pires e mostrou pra ela as coisas que eu escrevi?
Que maravilha! Perdi a massagista… $%&***@$!&%



Escrito pela Alê Félix
19, fevereiro, 2003
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Me sinto como as moças do Almodóvar.
Sei bem dos dramas passionais de Nelson Rodrigues,
Já manipulei como dona Scarlett,
Já me vesti como a viúva Porcina,
Já chorei, já atuei, já fui piegas como todas elas.
Usei as roupas mais extravagantes, os decotes mais ousados.
Já lambuzei o meu rosto de cores, já tatuei colarinhos.
Já escrevi cartas de amor, as mais bregas e apaixonadas cartas de amor.
Já jurei amor eterno, já troquei alianças de compromisso.
Já quebrei discos, rasguei os livros, defenestrei os copos.
Acendi fogueiras, incendiei as cartas e implorei perdão.
Dei vexames, atravessei o mapa, perdi a hora.
Fugi de casa, dormi no chão, perdi o rumo.
Solucei nas despedidas, bati as portas, fui embora.
Desejei vários amores, jurei fidelidade, confessei infidelidades…
Fiz escândalos, briguei, me rastejei e quis que alguém morresse do amor.
Menti, nem sei por que menti.
Fiz surpresas, dei presentes surreais, enchi de beijos, me enchi de ódio.
Meu corpo… adoeceu, deixei que adoecesse.
Fui mandona, fui leal, foi de verdade.
Fui fraca, me enganei, trapaciei, tive medo,
nunca fui covarde…
Me entreguei, desejei e desfrutei de cada instante de risos e prazeres.
Fui ciumenta, fui louca, disse tantas bobagens…
Passei noites em claro, dias roendo as unhas.
Já morri de saudade, já sonhei acordada, vi meus castelos desmoronarem.
Foram príncipes, foram sapos, foram simplesmente homens.
Fomos imaturos… bendita imaturidade que nos liberta!
Desisti, reagi, enlouqueci.
Fiz proibições, me proibi, destruí o que pude.
Apelei para os visionários, os magos e para os santos.
Fui amiga, fui mãe, fui mulher, fui amante.
E perdi o controle, o controle que eu nunca tive…
E amei, amei a vida toda, e deixei de amar, e aprendi a amar de novo, e parece que não tem fim.
Sempre achei que nunca passaria, a dor sempre passou.
Sempre achei que o carinho acabaria, nunca acabou.
Sempre achei que seria para sempre e tem sido, nunca deixará de ser.
Não enquanto eu estiver viva,
não enquanto eu guardar no coração e na memória
todos os amores que eu tive na vida.
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Escrito pela Alê Félix
15, fevereiro, 2003
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Coloquei um selo, ao lado, para as fotos da festa do JMC.



Escrito pela Alê Félix
15, fevereiro, 2003
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