Eu choro quando escrevo. Não é sempre, óbvio. É uma droga! Não sei porque diabos isto acontece, só sei que eu choro. Não é TPM, não é depressão, não
é tristeza, não é porra nenhuma. São só lágrimas, lágrimas do fundo do peito.
Choro como se estivessem arrancando um treco de dentro de mim. Choro porque, talvez, escrever seja uma espécie de parto. Um parto carregado das dores
do mundo ou da estranha alegria de um nascimento.
Na hora certa, eu conto tudo.
Sempre ouvi, mesmo que baixinho, músicas tocando ao fundo de cada momento da minha vida. Não sabia que inconscientemente eu, desde criança, escolhia
minha trilha sonora.
Durante alguns anos carreguei, para cima e para baixo, uma vitrola que eu ganhei do meu pai. Junto com a vitrola vieram dois compactos com músicas
que eu amava de paixão. Um disco da Perla (que de um lado tocava Pequenina e do outro Fernando) e outro que tocava Cachito com Nat King Cole.
Eu passava os dias com um microfone imaginário cantarolando e imitando a Perla ou jogando o bumbum de um lado para o outro ao som de cachito,
cachito, cachito mio…
Com o tempo, a Perla parou de tocar nas rádios, a vitrolinha quebrou e foi trocada por um três em um espetaculoso. Os disquinhos ficaram riscados o
suficiente para que eu os esquecesse nos caixotes de quinquilharias que guardavamos no porão.
Xeretando no Kazaa agora há pouco encontrei sem querer um paraguaio que sacodiu a poeira da minha memória com seus arquivos de mp3 e trouxe à tona
todas estas lembranças.
Chorei como uma boba ouvindo Pequenina. Chorei, aumentei minhas caixinhas de som no último volume, tranquei a porta do escritório, ajustei meu velho
microfone e lembrei até das coreografias. Não sei exatamente o porquê, mas me deu uma vontade louca de atravessar a cidade só para acordar os meus
pais e dar um beijo de bom dia na bochecha deles. Do mesmo jeito que eu fazia nos fins de semana, quando me enfiava embaixo das cobertas pela manhã
para poder dormir um pouco na cama grande. Me deu saudade. Saudade dos tempos que morávamos juntos, saudade do meu pai conferindo a minha lição de
casa, saudade de olhar minha mãe escovando os cabelos longos e escuros na antiga penteadeira, saudade da família reunida para tomar café da manhã aos
domingo, saudade de tudo que me assusta ter esquecido… saudade da vitrolinha verde e das canções que ela tocou pra mim.
Pequenina – Perla
Pequenina do meu amor. Vem correndo para os meus braços.
Eu guardo pra você os mais caros e lindos sonhos.
Vai sorrindo para o mundo ao redor. Tudo é novo e belo aos seus olhos.
Desconhece o mal, desse mundo de gente grande.
Pequenina do meu amor. Ser criança é como ser uma gaivota livre.
Tudo é feito pra brincar. Como é bom viver descobrindo o seu encanto.
Tiquitita do meu amor. Sabe até contar um, dois, três e mostra os dedinhos.
E me encanta o seu olhar, seu olhar de amor, seu sorriso tiquitita.
Seu olhar, confiança e amor. Seu sorriso, pequenina.
Tiquitita do meu amor. A boneca entre os braços. Seu vestidinho branco e lacinhos nos cabelos.
As estrelas brilham no céu, mas não brilham mais que seus olhos.
Vai, você vai crescer… ai que pena, ai que pena…
Recebi o livro da Ana Maria há algum tempo. Por conta do lançamento da Daniela,
só comecei a lê-lo ontem.
De cara me simpatizei pela história da Ana. Essa moça corajosa morou durante cinco meses na Ilha de Itaparica. Largou tudo e foi escrever seu livro,
seu primeiro livro. Como se não bastasse e para que o sonho não acabasse no ponto final das 312 páginas do “Ao Lado e à Margem do Que Sentes Por
Mim”, Ana Maria ainda bancou a edição do livro e está correndo o país para divulgá-lo. E está dando certo. Não tinha como não dar.
HOJE
Noite de Autógrafos em São Paulo
Data : 26/04 – sábado
Horário: à partir das 20:30h
Local: Bar Conexión Caribe
Rua Belmiro Braga, 200 – Vila Madalena
mente confusa e dedos adormecidos. Por isso, enquanto o corpo não reage, vou ficar com as fotos.
Foto roubada, ontem, da página de abertura do Uol.
Um grande amigo, um cara inteligente, sensível… não sacou que, o mocinho da estória, descobriu durante uma luta o seu lado feminino. Foi só ele ou
essa estória tá nebulosa?
A primeira vez
Desmoronamos no chão. No mesmo instante senti suas pernas entrelaçarem minha cintura…
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Resumo final
Resolvido o problema da gasolina, fomos para casa. Assim que eu abri a porta e comecei a subir alguns degraus ouvi um barulho. Achei, obviamente, que
era ladrão e quase caí da escada por causa do susto que eu levei.
Chamamos a polícia, a primeira viatura chegou, os dois policiais ficaram com medo de entrar sozinhos, chamaram reforços, outra viatura chegou, depois
mais uma, depois um camburão, até que doze políciais decidiram subir com seus revólveres e metralhadoras para vasculhar cada cômodo da nossa casa
atrás do suposto ladrão.
Os pacatos vizinhos que nunca dão as caras, decidiram botar os cabeções pra fora de suas janelas. Minutos depois os policiais voltaram com as mãos
abanando. Um deles com o coração na boca, suando frio e com a mão no peito dava graças a deus pelo alarme falso. A vizinhança, indignada, chacolhando
as cabeças como quem diz: que papelão! E eu? Eu juro que eu ouvi um barulho de passos correndo dentro de casa. E se não era ladrão, só pode ser
assombração.
Ah, o churrasco pagão não rolou. Melhor assim. Assim este povo pára de pecar. Pelo menos na semana santa.
Recomendação do Sargento Meireles: Nestes casos não hesite em chamar a polícia. Muitas pessoas acham melhor checar e acabam se tornando reféns dos
bandidos. Não tenha medo de pagar um mico.