Nesta sexta, sábado e domingo a Daniela lançará no Rio de Janeiro o livro Depois que Acabou.
Dia 16, na Livraria da Travessa, haverá um coquetel a partir das 20 horas.
No sábado, dia 17, a convite das livrarias Sodiler, ela participará da tarde de autógrafos no
estande da livraria na Bienal do Livro no Riocentro.
No domingo, ela, a Ana e a Paula se encontrarão no Espirito das Artes para um evento que pretende apresentar o trabalho de ambas.
Eu? Eu continuo me matando para não perder esta grande festa.
Ah, antes que eu me esqueça. Aí está a relação de lugares onde você pode comprar o livro Depois que Acabou:
Livrarias Curitiba
Livraria da Travessa
Martins Fontes
Siciliano
Sodiler
Aumentarei a lista conforme o livro for distribuído. Outra coisa: se você chegar em uma dessas livrarias e não encontrar o livro, reclame com o
vendedor e peça pra ele repôr o estoque. Essas livrarias só funcionam no tranco. Se não ficarmos no pé deles, eles esquecem dos novatos e continuam
colocando na vitrine só o Dalai Lama. Pronto, falei. 😉
Depois que Acabou
Daniela Abade
Editora Gênese



Escrito pela Alê Félix
12, maio, 2003
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Sabem o que eu mais ouço quando eu digo que não quero ter filhos? “Quem vai cuidar de você quando você for velha?”
Eu sempre digo que, se deus quiser, os enfermeiros e, se eu der azar, as enfermeiras. Digo também que eles deveriam pensar da mesma forma, porque não
me parece decente pôr filhos no mundo pensando na garantia de uma aposentadoria.
Mas, meus amores, sem querer gerar polêmica (porque esta não é a minha praia, muito menos maternidade), sobre este assunto eu só tenho certeza de uma
coisa: quando eu for velha não vou trocar o almoço do asilo por uma churrascaria com fila de espera de duas horas no dia das mães, nem que a vaca
tussa.



Escrito pela Alê Félix
12, maio, 2003
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Eu estava muito a fim de escrever hoje. Muito mesmo. Mas percebi que tudo o que eu queria escrever esbarrava na minha indignação com a manipulação
materna que nos acompanha e nos acompanhará para o resto das nossas vidas ou da delas.
Esbarrava na minha indignação de ser casada há quase uma década e perceber que as pessoas falam, falam, mas, em pleno século vinte e um, elas ainda
acham que um casal só é uma família quando tem filhos. A regra é tão subliminar quanto as chantagens de uma mãe: família não pode ser dois, muito
menos um, família é no mínimo três.
Minha indignação gritou o dia todo. Gritava pedindo que eu não esquecesse das mães que gastam fortunas para engravidar ignorando qualquer
possibilidade de adoção, gritava implorando que eu mandasse pra puta-que-o-pariu esta nova geração de mulheres, hipócritas pra caralho, que bancam as
revolucionárias a vida inteira e acabam engolindo suas pregações com o velho e mascarado discurso do “eu vou ter este filho com ou sem você”. Era
impossível não escrever sobre o desrespeito que essas mulheres têm com a figura paterna. Precisava escrever sobre o egoísmo feminino que nos faz
acreditar e agir como se tudo estivesse sempre sob o nosso domínio.
Escreveria sobre a parte que me embrulha o estômago, as tripas, a alma, o corpo todo. Escreveria sobre as mulheres covardes que usam a maternidade
para serem alguém na vida, na sociedade, no saldo bancário. E precisava desesperadamente escrever sobre aquelas que fazem dos filhos um escudo de
proteção. Escudos que servem para resolver relações amorosas, para amarrar seus homens, para que elas possam ser chamadas de mãe sobre a sombra da
sua perversidade. Pretendia escrever sobre manipulação feminina; a maior e mais discreta das formas de poder. Uma grande atuação, com muitas
indiretas, poucas palavras e objetividade e com um silêncio repleto de sons.
Eu queria muito escrever. Mas no fim de um dia inteiro pensando sobre essas coisas e sentindo meu pensamento dividido entre as minhas objeções e os
agradáveis momentos em família, percebi que não era possível me sentir livre para criticar o intransmutável comportamento materno.
Eu estou contaminada. Contaminada pelo amor que eu sinto pela minha mãe, pela graça de ver minha irmã criando meu sobrinho e de diversos bons
exemplos que desfilam muito próximos de mim. Estou contaminada pelas lembranças boas de uma intensa história com pai, mãe, irmãos e mulheres
admiráveis. Estou impregnada da força da minha mãe. E raramente isto me incomoda porque ela sempre esteve protegida pela minha certeza de que ela me
deu – e ainda me dá – o que há de melhor em uma mãe. Não, não posso condená-la porque ela é como todas as outras mães com a diferença de que ela sou
eu e eu sou egocentrada demais para não agradecê-la pela dádiva de estar viva e feliz.
Ser filha me impede de escrever à vontade sobre mães. Mesmo porque, de que adianta condená-las pelo que elas ignoram de maneira tão sublime, há
séculos.
Desde criança aprendemos que só devemos julgar quem pode nos tirar a vida e não quem nos oferece, então, não tenho o direito de julgar as entrelinhas
maternas. Mães são onipotentes, inquestionáveis… mães não pensam. Se pensassem não precisariam ser mães para se sentirem realizadas.



Escrito pela Alê Félix
11, maio, 2003
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Eu já disse pra vocês que ver freira dá azar? Não é superstição, é um fato e um fato comprovado pelas estatísticas de dias zicados que eu amarguei,
só porque eu vi uma freira. Outro dia eu conto de onde vem esta constatação, porque agora minha cabeça dói e o barulho dos meus dedos sobre cada
tecla entra pelos meus ouvidos como um trovão. Só estou escrevendo pra dizer que ontem, na estrada de Santos, eu vi várias freiras. Quatro! Quatro
freiras cantando dentro de uma perua.
O lançamento do livro da Dani foi um sucesso, mas a minha noite foi uma piada. Uma
tremenda piada de mau gosto.



Escrito pela Alê Félix
10, maio, 2003
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Eu vou


Site sobre o livro



Escrito pela Alê Félix
9, maio, 2003
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Acho um absurdo cu não ter acento. Cu tem tudo pra ter acento e isto é tão óbvio que, se você parar para pensar no cu por apenas um segundo,
conseguirá visualizar nitidamente um acento agudo entrando no u.
Eu sei que não tem, mas às vezes da vontade de ignorar as regras de acentuação e colocar o acento no u do cu sem dó nem piedade.
Nenhum monossílabo merecia tanto um acento como o cu. Você olha para um cu sem acento e logo vê que está faltando alguma coisa.
Tanto é que muita gente não acredita que cu não tem acento. Começam a escrever, escrever e, quando percebem, já meteram o acento no cu.
Eu sei… eu também não gosto de vê-los separados, mas a rigidez da gramática nos impede de brincar com o cu. Se eu pudesse, daria acentos a todos os
cus escritos, poria acento no cu de todo mundo. Mas, tudo bem… melhor deixar o cu do jeito que está, melhor esquecer a idéia do acento do que
assassinar a gramática escrevendo errado só por causa de um cu. E cu sem assento fica de pé (que tem acento).



Escrito pela Alê Félix
7, maio, 2003
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Vocês não fazem idéia do que rola nos bastidores deste clube.
Não sei como o Marcorélio e o cabeça de pacote aguentam esta mulherada e não sei como a gente aguenta aqueles dois.
Esse clube da lulu… sei não. Um dia sai morte lá dentro! Não sei porque não escancaram o fórum.



Escrito pela Alê Félix
7, maio, 2003
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Espero que ninguém tenha percebido…
Todo mundo tem um dia filho da puta na vida… e no meio desses dias sempre aparece uma corda, um vidro de cicuta ou uma página de fim.
Não acontecerá de novo.



Escrito pela Alê Félix
7, maio, 2003
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