O cara que escreveu este texto manja muito mais de astrologia do que muito mané que cobra pela consulta. Leia, esbalde-se e encare a realidade.
Aquário (23 jan a 22 fev)
Você tem uma mente inventiva e dirigida para o progresso. Você mente e comete os mesmos erros repetidamente porque e imbecil e teimoso. Adora
novelas, se reunir em grupos e ser fashion. Se você é homem… cuidado! Os aquarianos são ótimos sindicalistas e estilistas, às vezes, ambos ao mesmo
tempo.

Peixes (23 fev a 22 mar)
Você e do tipo sonhador, místico, sensível e costuma se doar muito. Se Você é homem, as suas chances de ser viado são muito grandes….Você é cheio
de conselhos fúteis e não faz nada além de encher o saco de todos que se aproximam de Você. As piscianas dão boas apresentadoras de programa
infantil e atrizes pornôs.

Áries (23 de mar a 23 abr)
Você se acha muito honesto, íntegro, independente e poderoso. Bom, é o que você acha. Você adora mandar e botar tudo pra “ferver”, desde que do seu
jeito, mesmo que seja na porrada. Você não consegue influenciar ninguém, apesar de ficar o tempo todo tentando exibir seu poder. Os arianos são
ótimos juízes, sogras e lutadores de jiu-jitsu.

Touro (23 abr a 22 mai)
Você tem uma determinação e trabalha como um condenado. A maioria das pessoas pensa que você é um pão-duro e cabeça-dura e estão certas. Sua
persistência faz de você um puta de um chato. Você é guloso, não para de reclamar, adora a natureza, o belo e ser amado. Taurinos são bons
triatletas, vendedores de enciclopédias e decoradores.

Gêmeos (23 mai a 22 jun)
Você e comunicativo, curioso, bem humorado, inteligente e tem duas caras.
Sua inconstância e preguiça fazem de você um manipulador de primeira. Você
não liga pro que os outros sentem e adora distribuir chifres por ai. Geminianos
costumam fazer muito sucesso na política, no circo, na novela das oito e
pulando cerca.

Câncer ( 23 jun a 22 jul)
Você e solitário, defensivo e compreensivo com os problemas das outras pessoas, o que faz de você um xarope. Você se acha pé frio e mal amado.
Sua compaixão, sensibilidade e emotividade fazem do homem de câncer uma
tremenda de uma bichona. Os cancerianos são ótimos cabeleireiros,melhores
amigas e leitores de romances.

Leão (23 jul a 22 ago)
Você se considera um líder natural. Os outros acham você um idiota completo. Você é vaidoso, arrogante, orgulhoso e impaciente, como se fosse a
última coca-cola gelada do deserto. Costuma lidar com críticas na base da porrada. Os leoninos são excelentes guardas de trânsito, ditadores e
emergentes.

Virgem (23 de ago a 22 out)
Você é do tipo lógico, trabalhador, analítico, tímido e odeia desordem. Sua atitude detalhista e organizada é enjoativa para seus amigos e colegas de
trabalho. Você é frio, egoísta, não tem emoções e freqüentemente dorme enquanto está transando. Virginianos dão bons cobradores de ônibus,
costureiras e montadores de quebra-cabeças.

Libra ( 23 set a 22 out)
Você e do tipo mascarado, falastrão e fofoqueiro. Gosta de tudo que é esteticamente belo. Tem uma forte tendência a bissexualidade, mas gosta de
chamar atenção tanto quanto um Drag Queen. Você adora apontar os defeitos alheios, mas raramente olha para o próprio rabo. É um tremendo puxa-sacos e
sempre espera algo em troca. Os librianos são perfeitos vivendo as custas dos outros, decorando ambientes e gerenciando casas noturnas ou fã clubes.

Escorpião (23 out a 22 nov)
Você é o pior de todos: Desconfiado, vingativo, obsessivo, rancoroso, frio, orgulhoso, pessimista, malicioso, cínico, fofoqueiro e traiçoeiro nos
negócios. Você é o perfeito filho da puta, só ama a sua mãe e a si mesmo. O escorpiano leva jeito para terrorista, nazista, dentista, fiscal de
receita e juiz de futebol.

Sagitário (23 de nov a 22 dez)
Você é otimista, aventureiro, entusiástico e tem uma forte tendência a confiar na sorte. O que é necessário para quem é imprudente, exagerado,
indisciplinado, irresponsável, infantil, sem concentração e limitado.
Isso explica porque a maioria dos sagitarianos são bêbados.São ótimos garçons,
jornalistas e bicheiros.

Capricórnio (23 dez a 22 jan)
Você é careta, interesseiro, vingativo, sério, frio e inflexível como uma baixela de inox. Sua pinta de fiel, paciente e bacaninha não encobrem seu
lado materialista e ambicioso, mas quem se importa? Se a grana esta entrando…. Os capricornianos são um sucesso como bancários, banqueiros, agiotas
ou mesmo contando dinheiro em casa.

Como boa sagitariana que sou, confesso que sou ou já fui tudo isso menos jornalista (por um triz!). Bêbada, garçonete e bicheira são coisas do
passado.
Se souberem quem foi o autor dessa preciosidade me avisem. Eu adorei!



Escrito pela Alê Félix
5, setembro, 2003
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Foi só falar bem do meu sono e ele foi embora. Cá estou, a essa hora, trabalhando…



Escrito pela Alê Félix
4, setembro, 2003
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Não ando com a menor vontade de escrever. Não sei se foi a morte do meu namoradinho da adolescência ou se é só o meu transtorno bipolar do humor,
só sei que por enquanto não vão rolar posts “históricos”, não. Ultimamente, até dormindo direito eu estou – o que me faz escrever menos, pensar menos
e trabalhar menos.
Ontem abri o chat um pouco mais cedo do que de costume. Foi engraçado. Os meninos não devem ter gostado de ver os peitos dos meus irmãos se exibindo
pela webcam, mas foi engraçado. Vou tentar ligá-lo mais vezes em horários normais.
O show da banda Dona Chica foi de arrasar. Não é corujice minha. Meu irmão é muito foda. O cara é tímido, desajeitado, esculhambado, mas aí ele pega
o microfone e me deixa de queixo caído. Ele pode, muitas vezes, não saber o que dizer ou o que fazer, mas ele sabe cantar. E canta, vibra e manda bem
pra caralho em cima de um palco! Quando olhei pra ele ontem à noite, fiquei me perguntando se tudo na vida não é uma questão de palco. Cada um
precisa encontrar o seu e batalhar para se manter bem nele. Acho que enquanto isto não acontece, vamos visivelmente apagando…
Bom, em uma família onde todo mundo acha que sabe cantar, pelo menos alguém parece que realmente aprendeu e nasceu para dar shows. Menos mau…
E enquanto a vontade de escrever não volta, ficamos no bate-papo. Até mais tarde.



Escrito pela Alê Félix
3, setembro, 2003
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Meu irmão e sua banda vão dar um show na terça-feira. Apareçam e venham me dar um beijo. Eu não mordo, mas tento. 😉
R$5,00 Covert e R$5,00 de Consumação
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Escrito pela Alê Félix
30, agosto, 2003
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Não vejo a hora de reclamar novamente do calor.



Escrito pela Alê Félix
29, agosto, 2003
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A ferramenta virou espelho e não gosto do que vejo.
Enjôo; enjôo de mim mesma. Meu umbigo escancarou e cuspiu no meu espelho. Gostava muito mais da minha memória quando ela não tinha registros e
arquivos on-line. Textos arrogantes, pretensiosos, estúpidos, cheios de diretas e indiretas e uma boa porção de bobagens espalhadas. Um espaço metido
a besta! Idéias ingênuas, muito ingênuas. Merda, um monte de merda em forma de textos. Gente, gente, gente… Gente querida que eu tento dizer “oi”,
gente não tão querida mas indiferente, gente de amor à primeira lida e gente que vive me salvando e eu nem sei ao certo do que… O virtual imita a
vida com a vantagem do boot e do delete, sempre à mão.
Achei que fosse um palco – ainda acho que é. Mas o fato é que, qualquer que seja a peça, eles sempre revelam mais do autor do que ele permite. Mesmo
quando tudo não passa de uma encenação, lá estão as confissões e as preciosas opiniões. Já não sei mais onde começa a história e onde acabam as
estórias. Será que alguém sabe? Será que os narradores sabem? Quisera a regra da primeira pessoa fosse real. Quisera não fosse…
Devia ter escrito os últimos meses em um caderno. Poderia agora atirá-lo em uma fogueira qualquer. Não quero deletar, deletar não deixa cinzas.
Quero uma fogueira. Fogueiras são dramáticas e eu gosto do ritual, do drama, da cor e do calor. Não vejo graça alguma em apertar botões para fazer
desaparecer. Se fossem folhas, rasgá-las em um instante de crise seria muito mais simples. Era mais simples…
Antes resolvesse sacudir o monitor, chutar a CPU, ou abarrotar os espaços em branco com palavrões e agressões. Antes eu soubesse como dizer “oi”…
Vergonha, uma vergonha de cavar buracos. Antes tivesse mantido o pseudônimo ou a gaveta fechada. Gaveta fechada não recebe visitas. Eu gostei dos
olhares… Teria sido este o meu pecado? Vaidade, vaidade, maldita vaidade.
Antes isto fosse um diário, antes tivesse um cadeado e antes fosse rosa… Antes ele não fosse! Porque, com o tempo e o reflexo, sinto que estou
prestes a atirar-me no lago.



Escrito pela Alê Félix
28, agosto, 2003
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Alguns nomes e sobrenomes nunca me saíram da cabeça. Fatos e pessoas muitas vezes se perderam, mas alguns nomes sobreviveram aos dias e ficaram
talhados na minha memória.
Uma mensagem antiga deixada em uma lista de discussão, pedia que orassem por ele. Eu não soube. Não naquele dia. Soube ontem. Soube porque não durmo,
porque passo muitas noites em claro, noites que me remetem a um silêncio tão alto que, para ignorá-lo, deixo minha mente repetir nomes e lembranças.
Pensei nele algumas vezes… Ontem, antes de ontem e na semana passada. Não por acaso, mas porque nunca deixei de pensar. Há mais de uma década não o
via. Durante este período nos falamos pouquíssimas vezes. Soube que ele mudou de São Paulo, casou pela segunda vez, que a primeira mulher tinha o meu
nome… Ele vivia reclamando da quantidade de “Alessandras” que surgiam no seu caminho. Quase não entrei para a lista. Ele insistiu. Insistiu que
beijos de praia podiam subir a serra, que podiam acabar em namoro, que não morávamos tão longe um do outro, que não éramos tão jovens e que não havia
nada de errado em dizer “eu te amo” na manhã seguinte. Arrastou-me para uma festa que atravessou a noite, me apresentou a sua cidade, seus amigos e
uma família que me despertava a sensação de um carinho eterno. Algumas pessoas a gente não conhece, mas sim reconhece. E ele me fez acreditar que eu
era uma delas… Quando acordei, já estava na lista. No início da lista…
Foi um namoro rápido. Tão explosivo quanto nós dois. Perdi as contas de quantas vezes me meti em encrencas durante os poucos meses que namoramos
escondido dos meus pais. Quatro ou cinco meses inventando histórias, dando desculpas e matando aulas para ficar junto o máximo que pudéssemos.
Imaturos e inexperientes, fomos, um para o outro, um bom test-drive de relacionamentos amorosos. Quando acabou, tentamos não nos perder de
vista, mas as namoradas seguintes não deixaram. Infelizmente, pessoas apaixonadas não lidam muito bem com amores passados. Foi uma pena…
Disseram que foi um câncer, um câncer raro aos trinta anos de idade. Ele não me contou… Estava longe demais para contar. Também, dizer o que depois
de tantos anos? Dividir a dor? Pra quê? Ele não quis dividi-la, não nos poucos interurbanos que trocamos. Mesmo sentindo que havia algo errado, me
limitei a aumentar a distância e achar que aquele era só o bom e velho jeito triste dele de ser.
É a primeira vez que eu sinto um pouco da minha história se desfazendo. A primeira vez que alguém que me fez sorrir e chorar de paixão vai embora. E
foi embora tão cedo que ando com medo. Medo da minha história (que é só o que tenho pra me segurar) ser tão frágil quanto a minha memória, o tempo e
a própria vida.
Depois de passar o dia com os olhos grudados na minha pequenez e na minha saudade, me sinto vivendo uma ilusão estúpida e sem sentido. E, mesmo
sabendo tanto da vida quanto eu sei da morte, ainda me sinto com toda a arrogância daqueles que acham que sabem alguma coisa. Até meu ceticismo
tornou-se uma fórmula… Sempre achei que viver intensamente bastaria, mas hoje me contentaria com qualquer teoria que me convencesse de que viver é
algo mais do que respirar e seguir em frente. Hoje, qualquer “intensamente”, soa distração e consolo. Ao contrário de todos os dias, estou dando uma
banana pra idéia de que viver vale a pena. Talvez eu nunca tenha feito isso direito e não quero mais escrever sobre o que estou sentindo. Escrever me
consola das minhas dores existenciais e tô de saco cheio de amenizá-las. Não hoje… Hoje quero que as minhas dores simplesmente se fodam. Hoje eu só
quero morrer de saudades em paz. Só quero lembrar do que passou, do que sempre ficou, de como éramos… Só isso, nada além disso. Mesmo que já esteja
tudo escrito, mesmo que tudo seja passado, mesmo que eu ainda seja capaz de senti-lo ao meu lado dizendo pra eu deixar de ser boba e parar de
chorar…



Escrito pela Alê Félix
26, agosto, 2003
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Acordar, comer, respirar, pensar, exercitar, dormir, sonhar e acordar novamente. Não é à toa que todo ser humano busca a tampa da sua panela. Se
não fosse uma ou outra paixão encontrada no meio do caminho, viver seria somente sobreviver. Seria como almoçar chuchu e jantar quiabo todo santo
dia. Paixão é tempero, o tempero da existência. Alguns gostam dos sabores picantes, outros são lights, alguns são doces, muitos exageram no sal,
poucos acertam a mão e menos ainda se tornam chefs, mas todos fazem as suas misturas e são loucos por degustações.
Onde eu me encaixo, eu não sei bem. Às vezes eu exagero no sal, outras no açucar. Mas olhando friamente, posso dizer que estou no bolo dos que
apreciam os sabores picantes – apimentados, eu diria. Minhas paixões são saboreadas como pimentas malaguetas. Começam ardidas, saborosas, ateando
fogo e causando urros de prazer. Elas reviram do avesso e, no final, acabam sempre em indigestão.. e na merda.

E tu? Como é que tu temperas?



Escrito pela Alê Félix
23, agosto, 2003
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