Teve uma vez que gostei de um rapaz que no primeiro encontro – bem no primeiro encontro – aconteceu um troço que me fez levar um prejuízo financeiro de trocentos e tantos reais. O prejuízo não teve nada a ver com ele, mas uma lembrança ficou atrelada a outra. Depois desse dia, encanei com duas coisas: A primeira é que não queria mais relacionamento nenhum que me gerasse desgaste. Fosse o desgaste financeiro, emocional ou o que quer que fosse, evitaria a todo custo relações pessoais que não fossem recíprocas e as profissionais que não me respeitassem. A segunda coisa é que eu precisava definitivamente começar a prestar atenção aos fatos e não exatamente no que eu queria ou deixava de querer, sem colocar limites para alcançar o que ou quem eu queria. Eu podia estar errada, mas decidi fazer um teste e botei na cabeça que a vida dá pra gente uma penca de sinal sobre o melhor caminho a ser seguido, atitude a ser tomada. Na maior parte dos casos, quando eu ignorava esses “sinais” (intuição, voz interior, dê o nome que quiser) era sempre um desgaste enorme, uma energia sem fim indo pelo ralo enquanto eu lutava pra ver dar certo projetos e pessoas que haviam entrado na minha vida de um jeito torto, acabavam com tudo errado e me faziam querer vomitar uma voz interior que dizia “EU TE DISSE, SUA TROUXA!”. E sei lá… Talvez, a coisa toda nem tenha tanto a ver com caminho certo ou errado, mas sim com o que é mais saudável ou necessário e a gente nem se dá conta. Às vezes, acho que a gente presta atenção e segue essas impressões mas, na maior parte do tempo, acho que não. Fica lá a voz interna dizendo “essa parada não é pra você, sai fora!”, “esse cara tem falhas terríveis de caráter, se liga!”, “essa gente não ouve, porque você continua falando?”, “as pessoas nessa mesa tem um ego que vai contaminar o seu com tudo o que você menos quer na sua vida, por que diabos você quer fazer parte disso?”.

Foi aí que decidi – de uma vez por todas – ouvir com mais atenção a minha intuição e me ligar nos prejuízos e sinais que acontecem nos momentos menos prováveis ou mais apaixonados. Decidi parar de ignorar amor menor, os olhares que não correspondem com o que diz a boca e seguir em frente. Decidi deixar de ser uma mimadinha que quer tudo o que lhe parece difícil e não dá a mínima para o que a vida me dá da forma mais doce, leve e sem grandes questões pra serem solucionadas. Decidi tudo isso há muito pouco tempo… E não se trata de uma postura conformista, não se trata de aceitar as pessoas e todo o resto sem batalhar pelo melhor, mas de sacar que diabos de papelão e papel eu quero fazer nesse mundo. Eu já me importo com muito pouca gente e muito pouco me abala pra valer, mas quero ainda mais. Não quero ao meu lado nada nem ninguém que me faça mal ou me consuma, nem por um segundo. Quero valorizar as pessoas que realmente importam, me valorizam e – principalmente – desenvolver o máximo de respeito próprio. Algo que todo mundo bate no peito dizendo que tem, mas a gente tá careca de saber o quanto é fácil se deixar desviar na primeira oferta mais atraente. Não quero mais me debater, botar fé onde só há vazio, receber amor menor do que sou capaz de dar e ainda arcar com o prejuízo. E falo sobre o prejuízo da perda ou do desperdício do nosso tempo, dos sentimentos e dos sonhos perdidos. Quero isso mais não, sabe? As melhores histórias da minha vida caíram no meu colo como se fossem presentes do céu, não foi preciso pagar ou apostar alto para preservá-las. Eram apostas fáceis, óbvias, simples e visivelmente conectadas com tudo o que sou. A vida passa rápido demais pra ser vivida com constantes lutas e necessidades de conquistas que alimentam nosso ego e detonam nosso espírito. Não vale a pena, não… Hoje, depois dessas decisões tomadas e sob o esforço de não esquecê-las, se vai me custar caro, na boa? Prefiro jogar no lixo.



Postado por:Alê Félix
16/01/2013
2 Comentários
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Anonymous!

janeiro 26th, 2013 às 15:59

Ai, eu te amo, não tem jeito! Mesmo se tu fosse gangstar. Tá, mas não inventa de ser agora que eu falei. E vou te mandar uns bolinhos. Tudo diet, de cafezinho. Uma delícia, minhas senhoras, venham provar. Seja bem feliz! :*


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katia hokamura

fevereiro 6th, 2013 às 11:16

lindona,
apesar da ausência, você é importante pra mim.
algumas relações são de fato desgastantes, mas a amizade “domduartiana”, não será por mim descartada(quer dizer, algumas que realmente valem a pena… kkkk).
tô numa correria danada, mas nem isso me faz esquecer os risos e a admiração que vc me provoca!
te amo mocinha
beijos e tudo de melhor.


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