E de repente passou a não ter nada a ver com quem a gente anda, mas com o jeito que se anda…
A noite não é mais o meu lugar, tornou-se uma roupa velha que permanece no meu guarda-roupa somente pelas lembranças e o mau hábito de não jogar fora o que já me caiu bem.
Nenhuma droga me abrirá a percepção mais do que  o dia seguinte. Nenhum copo de uísque, nenhum baseado, nenhum alucinógeno, nenhuma paixão. Nada disso, enquanto estiver sendo usado, terá o efeito que já teve.
E, de repente, nos últimos dias, sempre nos dias seguintes, enquanto abro os olhos e me situo sobre a balança de um travesseiro é quando percebo e sou capaz de pesar o presente. Não dá mais para viver entre sonhos e pesadelos, insistindo em não acordar, insistindo em não atualizar minha mente das experiências, das cicatrizes, de que o tempo só tem passado.

Procurei amor, verdade e coerência no lugar errado, procurei quase tudo no lugar errado…

E eu só queria mesmo era achar meu canto nesse mundo, um caminho que se tornasse passeio, mãos que soubessem como dividir o prazer e o pesar. Queria escrever sem me arrepender… Escrever e chorar ou sorrir depois de ler. Como já aconteceu algumas vezes, como era quando fazia sentido. Nunca vou desistir de procurar respostas. Não sei porque você me pediu um absurdo como esse. Nem tem mais nada a ver com as pessoas… Semprei andei cambaleando, não tenho como continuar pedindo que me segurem e ainda expliquem.

Queria tanto voltar a escrever…  Hoje, até as palavras parecem estar perdidas dentro do meu corpo. Ou, vai ver, para o  meu desespero, as escritas também decretaram voto de silêncio. Contra mim.

Bem feito… Lição pra tomar jeito.



Postado por:Alê Félix
19/06/2011
1 Comentários
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Alena

junho 23rd, 2011 às 16:30

Alê, passo ainda por um sufocamento d epalavras, uma censura imputada por outrem, mas da qual ainda não me libertei totalmente.


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