Tinha uma lasquinha de unha sobressalente… Uma lasquinha! Uma coisica de nada que ficou entre a carne e o esmalte. Uma pedacinho mal cortado que eu não vi ontem, nem antes de ontem, só vi agora… Bem agora pouco. Bem pouco, mas se tornaram horas. Enquanto puxava o cobertor e ela se agarrava a lã. Ficou ali fincada… presa entre uma linha e o restante do meu corpo. Soltei de lá, enfiei o dedo na boca, cortei entre uma mordida e uma arrancada. Mas, sabe lá porquê, essas lascas nunca são aparadas com perfeição… Roí, roí, roí, roí a porra da unha até não ter mais unha. E só vi que no dedo não havia mais uma unha, quando a unha deixou de existir. Mas era só uma lasca, sabe? E é incrível como é muito mais fácil se defender com uma lixa, do que com nossos próprios dentes.



Postado por:Alê Félix
11/06/2008
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