Dá para acreditar que aqui na minha rua ninguém se cumprimenta? Juro, nada de “bom dia”. Fui dar uma volta a pé pelo bairro só para me certificar e, nada. Até mesmo as pessoas que estão carecas de me ver pela vizinhança abaixam a cabeça, ignoram ou viram de lado meio sem jeito quando passo por elas. Não, não é pessoal, seus bestões. Já vi da janela que é geral. Um amigo que mora no interior do Rio, veio pra cá dia desses, pegou ônibus e metrô e disse que o movimento paulista dos “cabeças baixas” e dos “caras amarradas” são assustadoramente grandes e que um simples “oi” para uma garota bonita fazia ele se sentir convidando-a para um motel. Sai pra conferir e ele tem razão, não é um problema que afeta somente as pessoas da minha rua. Ninguém sorri pra ninguém, simpatia e pedido de esmola são ignorados com o mesmo tipo de nariz empinado e amedrontado. Feio, feio… Tanto ignorar um quanto o outro.
Minha gente, falando sério, custa? Tudo isso é medo de ladrão? De tarado? De tarada? Não há sorriso porque o mundo está perigoso ou o mundo está perigoso porque não há sorriso?
Não faço idéia de como é onde vocês moram, mas aqui em São Paulo a coisa está triste, triste… Sou a favor de combatermos o movimento dos “caras amarradas” com o movimento do “oi com sorriso”, “bom dia não é assalto”, “cara feia pra mim é fome”, “quer um biscoito?”. Podem me chamar de louca para sempre… Vou dar “bom dia” para todo mundo que me der na telha e no horário que for. Se a timidez apertar, vou só de sorriso até pegar o jeito. E vocês deviam fazer o mesmo!



Postado por:Alê Félix
13/08/2007
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carla

agosto 13th, 2007 às 9:03

Bom dia (com sorriso), Alê,
O movimento dos “cara amarrada” tem se alastrado tão rápido que já está chegando aqui onde moro. Tá ficando chique ser uma pessoa engravatada e carrancuda! Me lembrei daquela poesia do Paulo Leminski, “o homem com uma dor é muito mais elegante…”
Seu post foi um alerta bem interessante.
Acabo de aderir ao movimento oi com sorriso.
Abraço, Carla


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Vicki

agosto 13th, 2007 às 11:23

Eu trabalho a três quadras da minha casa e o percurso de 10 minutos que faço há pelo menos 4 anos me fez conhecer todos os porteiros, velhinhas que passeiam com cachorrinhos, o atendente do sebo, o cara da floricultura… O fato de eu ser querida com todo mundo já me causou um aborrecimento: um cara que confundiu simpatia com “dar mole” e passou a me perseguir de manhã, um dia até me pegando pelo braço. Mas o mesmo fato foi responsável pela ajuda imediata que tive do porteiro de um prédio, que veio me ajudar e fez o cara entender que “dar bom dia não significa que a pessoa quer ir para a cama com ele” (ele falou isso, juro!). Já estou na campanha há tempos e dou aqui todo o meu apoio.


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Sêmen de Gargalo

agosto 13th, 2007 às 11:32

Onde moro acontece o contrário, tem dias que até fico até cansada de tanto responder a cumprimentos que recebo da minha casa até o ponto de ônibus, que nem é longe. Acho super legal quando estou num dia calmo, sem correr com o relógio mas quando estou com pressa fico meio impaciente..rs
Aloha! Namastê! Sawabona!


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Igor Otávio

agosto 13th, 2007 às 12:38

hehehe… aqui onde eu moro chega encher o saco de tanto bom dia que agente tem que dar, mão pra apertar… parece até que é um bairro só de políticos! Mesmo um anti-social como eu, não consegue andar duas quadras sem cumprimentar pelo menos umas três de quatro pessoas qeu cruzar pela rua. No fundo isso é realmente bom! Agente fala até com as pessoas que agente nào gosta… mas fala, como dizem os velhos, por educação. Ih! Será entào que paulista é mau-educado?


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Keila

agosto 13th, 2007 às 17:42

Putz..acho que tem muito lugar aqui no Brasil que se privou de coisas simples da boa educação. Principalmente nas grandes capitais do Sul e Sudeste e isso também significa que baixar a cabeça e não se cumprimentar é até peixe pequeno. Tem que ser promovido um movimento pela falta de egoísmo…e respeito ao próximo.


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DeH

agosto 13th, 2007 às 22:17

hahaha engraçado você falar isso; de fato, no meu prédio, acho q metade das pessoas não são capazes de um bom dia ;P
na europa não é assim,, pelo menos não à noite; durante o dia acho q tds são invisíveis, mesmo, mas à noite, é sempre um aceno de cabeça, um boa noite e às vezes, com sorte, até um sorriso; e nos eua, *sempre*, às noite rola um ‘good evening’ ;P
em floripa é todo mundo mané, nem vale o comentário..
enfim, apenas para fins estatísticos ;]


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poeta matemático

agosto 14th, 2007 às 0:41

Ahahaha
Já tô dentro…
Experimente começar pelas velhinhas…
Comigo tem dado resultado…
Beijão


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*Lusinha*

agosto 14th, 2007 às 12:47

Boa tarde Alê! hihihi
Bem, eu já fiz um teste com isso uma vez. Decidi tirar a cara amarrada pela manhã e de um “oi”, seguido de “bom dia”, com um “obrigada” no fim para a moça da bilheteria do metrô e ela chegou a ficar assustada.
Desde esse dia, agora agradeço, distribuo sorrisos, mas ainda não é para todos… Ainda acho que tem um louco querendo me pegar na rua sim.
Hoje, depois de milênios, tive que pegar metrô de novo e ao ser educada, o cara da bilheteria não disse nada. Só pegou o dinheiro na mão e passou para mim por debaixo daquele vidro.
A minha parte eu farei!
Bjitos!


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Any

agosto 14th, 2007 às 15:03

Eita Alê, vc deveria morar em MS então, aqui todo mundo sorri até demais… tb sei q isso acontece na BA, acho q o problema de SP e RJ são as pessoas sempre correndo, e sem tempo de dizer Bom Dia


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Clarice

agosto 14th, 2007 às 18:14

Na cidadezinhazinhazinha onde nasci eu sentia vergonha se não conseguisse cumprimentar “os mais velhos”que cruzassem comigo. Um aceno de cabeça hoje resolve(menos os chatos de carteirinha) e às vezes sobra um tempinho para um papo.
Quando o rapaz do caminhão do lixo disse bom dia com um sorriso de flamenguista, achei o máximo! Se quem leva a vida que ele leva consegue fazer isso, por que eu não?
Não acho que Floripa seja diferente de nenhuma cidade(ser mané não é ser indelicado), mas é um pouco de medo de estranhos, sim.
Abraço e boa tarde!


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Somb radeSonhos

agosto 15th, 2007 às 11:59

Infelizmente, passamos a desconfiar daqueles que são simpáticos sem motivo.
Eu, que sou uma das pessoas que mais prega a simpatia e o companheirismo, uma vez me vi desconfiando do guarda da faculdade que parou minha bicicleta pra me oferecer biscoitinhos de nata!
Esse mundo é mesmo um absurdo


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Omar

agosto 15th, 2007 às 12:28

Vc tá morando em Curitiba, Alê?


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Anne

agosto 15th, 2007 às 18:30

Aqui em Curitiba é assim mesmo! Ninguém cumprimenta ninguém.
Eu respondo ao bom dia,mas não me atrevo a ser a primeira a dizer tenho medo de apanhar!
=^.^=


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Guilherme

agosto 15th, 2007 às 20:22

O ápice dessa falta de comunicação acontece em elevadores, e sempre eu fico tímido na hora de cumprimentar.
Porque se eu digo bom dia, a grande maioria das pessoas pensa “ele é tarado, quer me comer”.
E eu não sei sorrir direito. Mas, apoio sua campanha.
Boa noite Alessandra!!!


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Guilherme

agosto 15th, 2007 às 20:22

O ápice dessa falta de comunicação acontece em elevadores, e sempre eu fico tímido na hora de cumprimentar.
Porque se eu digo bom dia, a grande maioria das pessoas pensa “ele é tarado, quer me comer”.
E eu não sei sorrir direito. Mas, apoio sua campanha.
Boa noite Alessandra!!!


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Psicogato

agosto 15th, 2007 às 23:32

Às vezes eu acho é que tem gente demais junta.
Tipo, imagina só se existisse uma a cada quilômetro quadrado.
Quando duas pessoas (mesmo que fossem perfeitas desconhecidas) se encontrassem seria “Oláaaaaaa, que maravilhosa surpresa!!”, “Poxa, eu não vejo uma pessoa há dias!”, “não quer passar as férias lá em casa não?”
Curiosamente, quanto mais perto as pessoas ficam, mais elas se distanciam.
Vai entender…


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Fe

agosto 16th, 2007 às 3:05

Parabens pelo blog ! Conheci hj e ja gostei do primeiro “assunto” que li. Moro um pouco no interior e um pouco em SP. E por incrivel q pareça sinto isso mais no interior do que em sp. Mas acredito que tenha aver com o bairro, lugares q vou… Ja na paulista realmente sao todos carrancudos, olhando pro chao e correndo cotra o tempo. Parabens mais uma vez pelo blog e pelo “alerta”…rs.


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Érica

agosto 16th, 2007 às 12:39

eeeeeeeei! mas isso não é coisa de paulista, não!
as pessoas andam tão preocupadas com o umbigo que nem olham pro lado…
faz parte… um dia vc tá bem humorada, outros nem tanto, mas a iniciativa é válida e vamo que vamo!
😀


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Tita

agosto 16th, 2007 às 15:24

Gente, eu acho que esse movimento veio daqui do sul. Coisa tipo de baixo pra cima do mapa e por aí vai.
Acabo de mudar pra um prédio pequeno. São só seis apartamentos. A síndica parece querida, mas nunca se sabe. A senhora que mora no 201 quer ser simpática, mas a minha cara de guria deu a ela o direito de me passar um sermão porque não chaveei o portão (detalhe: são três portões na entrada… ladrão que conseguir passar por todos eles sem chamar a atenção merece um prêmio).
Já vi a maioria dos vizinhos, mas minhas tentativas de saudá-los com um cordial bom dia, até mesmo um gentil ‘oi’, foram em vão. Eles fazem parte do movimento dos cabeça-baixa.
Supermercado é outro lugar estranho. As pessoas largam seus carrinhos pelos corredores e não estão nem ligando pra quem não consegue passar pelo engarrafamento. “Com licença” com um sorriso simpático nos lábios? Não funciona. Você é um ET do mal tentando atrapalhar as compras dos outros. Por favor? Muito obrigado? É pronunciar estas frases pra você ser examinado de cima a baixo com um quase terror no rosto do outro.
Esses dias, ainda no prédio antigo, segurei o portão para uma moça, pois vi que ela vinha saindo. Ela me olhou espantadíssima, sorriu amarelo e sussurrou um “obrigada”, quase inaudível. Adivinhem? De cabeça baixa…
Que medo!


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Isa

agosto 16th, 2007 às 17:18

Sabe que algumas pessoas (eu por exemplo) tem medo de não obter resposta ou ser mal interpretada, por isso não cumprimentam.
Mas respondo se me cumprimentam.


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Andreis

agosto 16th, 2007 às 22:48

É Alê.. aqui tb não é muito diferente.. o mais engraçado é que acontece no meu local de trabalho. Onde trabaho temos transporte próprio da empresa. Imagine, faz mais de um ano que trabalho lá, e tem gente que ainda não se cumprimenta !! sem contar a parte Hilária que é Qdo. uma pessoa sobe no ônibus. Ela fica procurando um lugar desocupado só pra ela. Ou um lugar onde já tenha um “coleguinha” de setor, e mais se o “coleguinha” estiver acompanhado e não tiver lugar livre só pra essa pessoa, ela chega a ir de pé até a empresa, qdo não, senta de cara amarrada e vai de cara amarrada…por aí vc tira qto. a dar bom dia nos corredores da emrpesa.. rs. (bjs)


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Nix

agosto 22nd, 2007 às 17:02

Outro dia mesmo estava descendo a Cônego Eugênio Leite cantarolando Ray Charles e uma menina sorriu pra mim.
São tão raros esses momentos que acabam valorizando. Fez meu dia.


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Web

agosto 23rd, 2007 às 13:42

Acho super legal quando estou num dia calmo, sem correr com o relógio mas quando estou com pressa fico meio impaciente


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