Sabe o tipo de gente que deixa tudo pra amanhã? Pois é… Até quando acordo faço isso. Abro os olhos e desejo imensamente que eles despertem somente no dia seguinte. Ou na noite seguinte… Tentar enxergar no escuro é mais estimulante. Às vezes, menos doloroso. Olho pra trás e porções de portas abertas com pessoas falando sozinhas, gente chamando pra briga, algumas olhando pra ver até onde sou capaz de ir sem recuar… Na verdade, não é por teimosia. Se eu fechá-las, por mais libertador que seja pra quem leva uma portada, como poderia visitar meu passado se eu o libertasse para seguir sem mim? Como poderia dormir sem meu tanto de confusão, sem meus planos de, amanhã, acordar e resolver ou resgatar um por um. Amanhã… Não consigo deixar de ser a egoísta, a mimada, a… Chega. Amanhã… Meus amanhãs são cheios de um nada qualquer que disfarço tentando ser criativa ou falastrona. Sonhei que eu escrevia minhas poucas lembranças no algodão de um vestido rodopiante. Um vestido que eu fazia girar, girar e girar até todas as letras se misturarem e eu me sentir livre pra arrancá-lo de mim. Você sabia que todas as mulheres sonham em mostrar os seios no meio de uma multidão? Delete as exceções, elas não me interessam. Espécies me interessam, individuos nem tanto. Peitos cobertos são algemas da liberdade feminina… A Kátia é testemunha do quanto isso é libertador. Ela está numa das minhas portinhas abertas, com várias outras amigas de carnaval e adolescência, num apartamento de praia, no décimo nono andar, onde – protegidas pelo anonimato das festas de rua – ficávamos bêbadas e fingíamos suicídio de peito aberto. Eramos engraçadas… Mesmo que fosse só pra nós mesmas, eramos engraçadas. Uma mulher só é realmente livre quando ela não precisa fazer média, tipo, não precisa falar só pra agradar, nem esconder o passado, nem sentir vergonha de seus vexames, nem deletar posts no dia seguinte. Essa foi boa… Eu sei, eu sei… Esse aqui não passa de amanhã.
Argh! Odeio bebidas doces. Demoram, confundem e engordam. Por que estou escrevendo isso? Por que você está lendo? Quero ser sóbria… Talvez, amanhã eu me esforce… Amanhã, amanhã, amanhã! Amanhãs não passam de hoje.
Adorei o post… O blog é ótimo..
Detesto deixar as coisas para amanhã, para a última hora, mas acabo deixando. Menina, adorei o texto e o blog =]
Aprendi a não deixar as coisas para depois quando fui ensinar na rede primária de Los Angeles. Tudo é de um rigor espartano.
Gosto dessas filosofadas em boa prosa. Só que nem o amanhã nem o presente existem. Só o passado, se dele você se lembrar. O presente vira passado no momento em que a gente o percebe –Swann’s Way.
vivo adiando as coisas,odeio ser assim,mas
é maior do q eu,é involuntario!!e quanto aos
seios,é verdade sempre sonhei isso,sair por ai
de peitos de fora,haha!! adorei o post
beijos e bom find
E eu adoro adiar tudo…