Dia desses Ane me escreve, meio triste, falando sobre a morte da Meg. Meg, para quem não sabe, era (ou é, sabe se lá…) uma das blogueiras populares da velha-guarda. É engraçado falar assim… Vocês sabiam que já existem blogs famosos da nova geração? Pois é… Eu, que ando de férias por esse mundão de meu deus, estava desatualizada. Conheci um tal de Jacaré Banguela esses dias que é engraçadissimo e tem trocentas mil visitas. Nunca tinha ouvido falar. Só soube porque os louros da época da velha-guarda me renderam um convite bacanão na Fox Filmes. Lá – em uma sala meio de cinema, meio de reunião – foi feito um encontro onde a velha-guarda e a nova geração se uniram para assistir Eragon e encher a cara de bolinhas de queijo e coca-cola diet. Uma beleza. Tanto o filme quanto os risoles e os papos nerds que rolaram na mercedona que deixou blog por blog em suas devidas residências.
Adoro essa fase de vagabundagem juvenil que estou vivendo… Deus permita que eu viva assim pra sempre e me torne a última assombração blogueira. E que, se for pra morrer, seja em um acidente aéreo que é morte rápida e ainda gera visitas pra cacete. Google Adwords para meus herdeiros já está de bom tamanho. Sim! Falando em assombração, foi essa a minha resposta para o e-mail da minha querida amiga Ane.
A verdade é uma só: se eu não vejo o blogueiro, não acredito em seu blog. Se eu que sou um tremendo arroz de festa no babado, vivo enganando vocês por aqui, imagine o que já fez dona Meg que nunca ninguém viu mais gorda??
Um passarinho me contou uma vez que ela tinha um problema de saúde grave e que sofria muito com isso. Então, se morreu, foi com deus. Ninguém devia ficar muito triste quando alguém doente morre. É foda ficar doente. Ficar doente dói, sabia? Querer que alguém doente viva muito tempo é de um egoismo fora do comum. Se tiver chance de cura e não doer, ok. Caso contrário, reze pra figura ir em paz.
Não sei se era o caso da Meg, mas se ela e a doença existiam de verdade, tomara mesmo que tenha morrido. Adoro a idéia de que ela é a nossa primeira assombração blogueira. Espero que em algum lugar do além ela esteja tentando invadir o micro de quem não fez um post-solene sobre sua partida. Se não morreu, espero que vocês todos lembrem disso e não venham me encher o saco quando eu me matar nos meus primeiro-de-abril. Blogueiro bom tem problema. Seja lá qual era o da Meg, ela mandou bem.
Eu não sou uma blogueira boa!!! Buááááá!!! Anote aí e deixe registrado. Quando eu morrer – se eu morrer – exijo que não me rendam homenagens. Eu sempre fui uma blogueira medíocre, egoísta, displicente, negligente com meus comentadores e visitantes assíduos. Façam de conta que eu nunca existi, pelo-amor-de-deus. Aliás, eu existo mesmo???
Sacanagem, Alê. E eu com essa minha mania de ficar triste. Vou procurar meu terapeuta pra ver se tenho recuperação. Choro até em filme de rir.
Beijos e saudade! Vê se aparece por aqui, né? Senão eu vou começar a duvidar da tua existência e quando vc morrer vou fazer enormes homenagens e passar muitos spans divulgando a dor da saudade.
Sergio, com todo respeito a Magaly… Isso é a mesma coisa que atropelar velhinhos em jogos de video-game: vale 10 pontos! rssss
Ane, quando vc morrer (e que morram todos vocês antes de mim!) pode deixar que comprarei alguns milhares de pop-ups na Uol em sua homenagem. E ainda faço uma montagem nas fotos lindonas que vc tem e boto uma coroa de flores em volta do seu pescoço. rssss
Hum…
Qdo meu primeiro amigo morreu eu fiquei muito abalado. Ele foi assassinado pela polícia, há tempos…
Da turma do futebol eu sou o último que ainda não morreu.
Por isso eu levo esse troço de morte bem a sério. Não é do tipo de coisa q eu precisasse de lidar tão jovem…
É isso
vc tem razao ,é puro egoismo querer que
alguem doente,continue vivo .não tenho medo
da morte,só peço à Deus que eu morra antes da
lu,minha filha.Gostaria de uma morte bem rapida
aviao,tiro,sei lá.não tenho medo,mas tamb não
tenho pressa,sei la daqui a ums 60 anos.hehe
bom find,beijos
Morte é algo complicado para as pessoas. Na faculdade, me disseram que a morte era o início de tudo, que foi preciso haver morte para que o homem se desenvolvesse. Como se a vida se resumisse numa busca inalcançavel pela vida eterna, ou por uma sobrevida. Cada um adquire sua concepção sobre o que há de ser depois que o coração pára de bater, é um liberdade bonita, que se desmistifica, para cada um, no momento que este fecha os olhos pela última vez.
Não vejo a morte como algo triste, mas como uma libertação. Não que estar vivo seja algo ruim, mas aqui estamos sujeitos a maior parte de nosso tempo as coisas ruins e sem sentido. Passamos mais tempo trabalhando e em situações “sociavéis” que com as pessoas que realmente gostariamos de estar, que amamos; estamos, sempre, apresados, correndo atrás de não sei o quê, e a vida passa sem perceber, as oportunidades de aproveitar o simples, o puro da vida, pais não vêem os filhos crescerem; estamos todos doentes. Doença não é só aquela que mata, mas adoecemos psicologica e emocionalmente também. Todos temos esses monstros ocultos, problemas internos jamais mostrados, que incomodam, que causam vergonha. A morte é a libertação de tudo isso, é o fim inevitavel de qualquer possibilidade, é a sorte, boa ou má, é o fechar das cortinas, é o alivio de ter concluído. É apenas, para mim, isto.
Ah, Alê, mas você morre com graça e bom-humor, querida. Isso faz TODA a diferença. Beijos!
Bora fazer pressão para o marcorelério fazer festa do JMC!!!
Viva uma festa do JMC. Posso ter todas as mazelas do mundo, tenho muitas. Morrer? Sem essa. Enquanto viva, louca e trôpega, participo no mundo. Depois de morta, babau. Cada uma aqui. Como dizem em New Orleans, Todos querem ir ao paraíso mas ninguém quer morrer. Falem sério.
quando ouvi a noticia da não-morte tive que rir e me lembrei de você, nos seus primeiros de abril.
tá certa.
deixa a menina morrer em paz. e se é mentira, se magoou as pessoas, so be it. é a vontade dela? então deixemos. que vá em paz.
Ale!
Só estou aqui (será que é só por isso mesmo?) para dizer que você mandou muito bem no desenho que fez da Japa Sushi Girl (Kátia). Ei, mas peraí, como é que eu conheço ela e não te conheço?
Ei, vem cá, eu te conheço? 🙂
abraços
Adorei a sinceridade!
Pois eu não tenho problema algum. Também, não sou bom. hahahah
Cara, sei lá. Tudo bem brincar. Mas avise aos amigos de idade e já abatidos com problemas sérios, como a Magaly, que é sacanagem, para a pessoa não passar mal.
Btw, quando é que você aparece por aqui, o doida?
Beijão!