Quase ninguém sabe disso ou demora muito pra perceber, mas dinheiro só é realmente importante enquanto nos rouba o sono. Fama é só mais um tipo de vazio, um fardo disfarçado de poder e que cabe a nós dar ou tirar essa fantasia de quem a tem. Quase ninguém sabe disso e quase passamos a vida sem nos dar conta, mas tudo que nos dá medo, insegurança, todos os nossos preconceitos e certezas absolutas são os responsáveis por tornar nossas vidas tão pequenininhas e descoloridas. Quase ninguém quer ver isso, mas toda beleza e juventude está condenada as rugas da pele e da alma. Quase ninguém sabe disso e quem sabe também preferiria não acreditar, mas o casamento é uma tentativa equivocada de prender uma boa companhia e só deveria ser levado adiante quando o desejo fosse tanto, tanto que se tornasse impossível dizer outra coisa além de sim e fim. Quase ninguém dá a devida atenção, mas a amizade é o único tipo de amor capaz de atravessar o tempo e a realização pessoal o único sentimento capaz de dar a vida alguns instantes de sentido. E que nossa única prece deveria ser por saúde e serenidade, mas quase ninguém a faz pra valer porque acha que nunca vai realmente morrer. Quase ninguém confessa, mas filhos, família, casa… Nada disso faz a gente se sentir menos sozinho ou mais protegido. Quase ninguém sabe disso ou demora muito tempo pra perceber, mas a vida passa, acaba e o máximo que podemos fazer é respirar fundo, aprender a perdoar, se permitir e abraçar. Abraçar deus, o mundo, alguns sonhos e alguma paixão a sua escolha… Um pedaço bom de ser humano que seja sorridente e gostosinho, não lhe acorrente o espírito, goste pra valer do seu caminho mesmo quando distante, que você sinta que pode estender e entrelaçar as mãos, largar a mão das besteiras, recolher as lágrimas e dormir juntinho de vez em quando. É só isso. E putz… Como se leva tempo pra ver e apostar em tudo isso.

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Escrito pela Alê Félix
14, março, 2012
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