Do dia que nascemos até um pouco depois da primeira década das nossas vidas, aprendemos que a felicidade costuma acontecer dentro das nossas casas, junto com nossos brinquedos e fantasias sobre o mundo que se descortina.
Um pouco depois dessa fase, acreditamos que ela tende a aparecer quando estamos com nossos amigos, nos intervalos dos nossos poucos compromissos e isso tende a durar bons e bons anos, se tivermos sorte.
Mais alguns anos e a caça por instantes de felicidade segue pelas ruas, pelos mares, entre os lençóis a procura de alguém que seja tão legal quanto nossos amigos e tão importante quanto nossa família.
O tempo vai passando e continuamos buscando aqui e ali sempre pela metade, como se não bastasse, como se nada durasse. Até que nos sentimos prontos! Preparados para encontrá-la entre as crianças que serão nossas e certamente trarão algum sentido, afinal.
Mas o tempo vai passando e percebemos que trocamos o playground pelas festas, as festas pela cama, a cama pelos contratos, os contratos pelo vazio. E o que era brinquedo vira utilidade pra casinha, a família deixa de ser fantasia, os amigos vem e vão, os amores nos confundem tanto quanto nos completam e descobrimos que os filhos não são nossos, mas do mundo… assim como nós, desatando nós, sempre sós, movidos a ilusão, paixão, finais em vão e uma vaga lembrança de que espalhamos alguns sorrisos entre os vãos. E só.
ô neguinha, que coisa mais fofa,…
saudade docê… eu te amo, mas não precisa me deixar invisível , heim,
beijos
Muito lindo e serviu bem para meumomento, obrigado.