Como é que se faz pra vontade de dar tchau ser menor do que a de dar oi? Sinto vontade de conversar com muitas pessoas, mas raramente estou disposta a conhecê-las depois de quinze minutos de apresentações. Pouca gente me interessa a longo prazo, pouca gente me conquista sem precisar da palavra, poucas palavras me prendem a atenção, o coração e no próximo instante. Um instante condenado ao nada, mesmo quando a porta está fechada e os avisos pra sustentar a solidão bem pendurados. Acho que se eu não der um jeito de aprender a gostar das pessoas mesmo elas sendo quase sempre tão desinteressantes, estou ferrada… Bem ferrada. Até porque, diante de tanta falta de vontade de minha parte, diante dos meus olhos cada vez mais críticos e severos, quem anda realmente desinteressante sou eu.



Postado por:Alê Félix
08/10/2011
1 Comentários
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Danilo Peres

outubro 16th, 2011 às 9:39

Alê Félix,

adorei seu texto, seu comentário, seu pensamento correto a
respeito dos “outros” dos indiferentes. Dessa multidão de ausentes que
nunca estão presentes. de seres aparentemente iguais a nós, mas tão
diferentes,tão distantes. Identifiquei-me com seu texto porque acabei
de postar uma crônica “O diferente e o Indiferente” que possui em síntese
o que você acabou de dizer.

Abraço, Danilo.


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