Do dia que nascemos até um pouco depois da primeira década das nossas vidas, aprendemos que a felicidade costuma acontecer dentro das nossas casas, junto com nossos brinquedos e fantasias sobre o mundo que se descortina.
Um pouco depois dessa fase, acreditamos que ela tende a aparecer quando estamos com nossos amigos, nos intervalos dos nossos poucos compromissos e isso tende a durar bons e bons anos, se tivermos sorte.
Mais alguns anos e a caça por instantes de felicidade segue pelas ruas, pelos mares, entre os lençóis a procura de alguém que seja tão legal quanto nossos amigos e tão importante quanto nossa família.
O tempo vai passando e continuamos buscando aqui e ali sempre pela metade, como se não bastasse, como se nada durasse. Até que nos sentimos prontos! Preparados para encontrá-la entre as crianças que serão nossas e certamente trarão algum sentido, afinal.
Mas o tempo vai passando e percebemos que trocamos o playground pelas festas, as festas pela cama, a cama pelos contratos, os contratos pelo vazio. E o que era brinquedo vira utilidade pra casinha, a família deixa de ser fantasia, os amigos vem e vão, os amores nos confundem tanto quanto nos completam e descobrimos que os filhos não são nossos, mas do mundo… assim como nós, desatando nós, sempre sós, movidos a ilusão, paixão, finais em vão e uma vaga lembrança de que espalhamos alguns sorrisos entre os vãos. E só.



Escrito pela Alê Félix
31, outubro, 2011
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Ontem ouvi essa música em três lugares diferentes e me senti completamente dentro da letra. Agora vi um pedaço do clipe, feito em 1975, e é como se eu estivesse dentro desse avião o tempo todo, como se a Rita fosse a minha própria voz. Só não entendo qual foi a dela de enfiar a frase “agora só falta você” numa letra como essa, sabe?

Quando a gente diz e sente de verdade coisas como “No ar que respiro… Eu sinto prazer… De ser quem eu sou, de estar onde estou” pode até nos faltar alguns bons amigos, uma ou outra paixão, o próximo avião, mas não cabe dizer que falta alguém que já passou e te fazia se sentir numa vida vulgar. Não cabe…

Sabe? Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo o que eu realmente queria fzer. E me libertei de muitas escolhas vulgares. Escolhas que a gente escolhe por reflexo, condicionamento, por padrão, convenção, medo, acomodação ou qualquer outra desculpa que nos liberte da responsabilidade sobre a nossa própria felicidade. E eu juro… Quando a gente sente o nosso peito e a nossa vida cheios desse tipo de liberdade, não falta.



Escrito pela Alê Félix
30, outubro, 2011
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Desde 2006 o toco “Vai ver se eu tô no Google!” é um dos meus preferidos em festinha sem graça ou pra encerrar papo de paquera ruim, com rapazes que conseguiam extrair do meu caráter o máximo da minha arrogância. Os amigos riam, minhas amigas já estavam achando a piada velha, até que o conceito foi transformado em cartão de visitas por um rapaz que se divertia com as minhas velhas histórias e sabia como potencializar o que ainda me restava de bom caratismo.

Eu, que nunca tinha usado cartão de visita na vida, estreei o presente naquela palestra que dei no Ibmec e vi o cartão fazer o maior sucesso. Foi divertido ver uma brincadeira virar uma arriscada apresentação profissional e pessoal. Sim, arriscada, pois se eu fizer besteira na vida, sabemos que o feitiço vai virar forte contra o feiticeiro.

Quase fiz aviãozinho de tanto que exibi meu cartão por aí! Na palestra, nos festivais, nas festas de trabalho, ontem no… Ops! Quer dizer, só pra coisas de trabalho mesmo. É legal! Já tô até achando ele a minha cara, rezando pra eu continuar dando sorte de fazer bons trabalhos e vendo os resultados profissionais positivos serem melhor indexados do que as minhas presepadas.

E, como sei que daqui a pouco ele vai ser copiado por deus e o mundo, vou publicá-lo já e depois pensar em algumas variações pra fingir que sou criativa e não somente mais uma dessas pentelhas tentando ser ou parecer interessante.

Ó só meu cartão lindo! Paga um pau e me diz se não dá vontade de morder a bochecha dessa criatura querida que me deu ele de presente?



Escrito pela Alê Félix
28, outubro, 2011
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A difícil arte de ser uma mulher sem deixar de ser a menina, feminina ou ter qualquer outra faceta de personalidade que o mundo exige de nós. A difícil arte de cuidar de si por prazer e não para aparecer. Abrir as portas para os novos amigos, zelar pelos antigos. A difícil arte de estar só e manter a mesma alegria dos dias de companhia. Cuidar da família, estando ela ao lado ou do outro lado. Sem descuidar, sem apressar, sem controlar, sem estar por estar. A difícil arte de gostar do que se faz, tentar algo mais, experimentar, arriscar, se molhar. E manter o sorriso, o brilho no olhar e essa nossa capacidade-necessidade-vontade de amar e se sentir protegida por todo o afeto que rege essa nossa vida. Não é fácil, mas é quando a gente sente um pouquinho de sintonia entre todos esses instantes, que nos sentimos artistas desses nossos dias e tudo finalmente passa a ter algum sentido…



Escrito pela Alê Félix
23, outubro, 2011
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Toda vez que um moço bonito parte meu coração, deus fica com dó de mim e me joga sobre o colo um trabalho lindo e bem recheado, feito pote de ouro. Na verdade, na verdade… Acho que deus está de férias pescando e que se ele pensasse em mim me desprezaria, sabe? Mas… Cês não fazem ideia de como alivia a minha culpa imaginar que – pelo menos no céu – tem alguém que me perdoa por tantos deslizes.

Enfim… Vindo ou não de deus, valeu invisível! Prometo que cuidarei melhor dos próximos moços bonitos e de todos os potes de ouro.

PS.: Tem um roteiro de cinema que tá rodando pelas distribuidoras, o filme já foi gravado, está sendo finalizado e fui convidada pra transformar a história em livro. Vamos lançá-lo junto com o filme, ano que vem, do jeitinho que deus quiser. E eu estou feito criança feliz… 😉



Escrito pela Alê Félix
18, outubro, 2011
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Ainda está em dúvida, ou escolhendo as faculdades nas quais irá prestar vestibular? Vale a pena dar uma olhada nos cursos e na proposta de ensino do Ibmec que, ao longo dos anos, tornou-se um dos mais reconhecidos centros brasileiros de ensino direcionado a negócios. A proposta de unir vocação e visão de negócios faz toda a diferença na formação profissional, diferença que pode ser comprovada pelas inúmeras histórias de sucesso de seus alunos.

Quer saber mais? Acesse o site http://vestibular.ibmec.br/rj e navegue pelas redes sociais do Ibmec.

Twitter: www.twitter.com/ibmec_oficial
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Escrito pela Alê Félix
15, outubro, 2011
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Como é que se faz pra vontade de dar tchau ser menor do que a de dar oi? Sinto vontade de conversar com muitas pessoas, mas raramente estou disposta a conhecê-las depois de quinze minutos de apresentações. Pouca gente me interessa a longo prazo, pouca gente me conquista sem precisar da palavra, poucas palavras me prendem a atenção, o coração e no próximo instante. Um instante condenado ao nada, mesmo quando a porta está fechada e os avisos pra sustentar a solidão bem pendurados. Acho que se eu não der um jeito de aprender a gostar das pessoas mesmo elas sendo quase sempre tão desinteressantes, estou ferrada… Bem ferrada. Até porque, diante de tanta falta de vontade de minha parte, diante dos meus olhos cada vez mais críticos e severos, quem anda realmente desinteressante sou eu.



Escrito pela Alê Félix
8, outubro, 2011
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Houve uma época que para me certificar de que eu estava no caminho certo, pedia a deus que um beija-flor surgisse diante dos meus olhos e me desse as boas vindas. Esperava que o destino me presenteasse, que o invisível me espiasse, que a porcaria da minha vida fizesse sentido. E as vezes eles eram tantos, tantos, que me faziam chorar, te faziam acreditar e nos fizeram mudar.
E eram só pássaros, era só fé, era só a nossa disposição de dizer sim, sair da rotina e se lambuzar de histórias bonitas. Mas você quis mais e hoje eles não aparecem mais na minha janela, não se perdem entre os meus cabelos, não melam as asas no açúcar diante das nossas capelas… No dia que você foi embora, um deles também se despediu de mim e até hoje não entendi se foi pra me dar bronca ou alguma sensação de conforto. Hoje eu lembrei deles, procurei fotos, pensei em buscá-los indo até a cachoeira, mas não faço a menor ideia de como voltar pra lugares que sempre me pareceram tão distantes. Hoje, posso estar completamente perdida, mas estou no meu lugar, estou inteira e consciente de tudo o que era amor e o que era só fantasia. Posso ter perdido tudo, mas aprendi a fazer com as minhas próprias mãos o que você sempre chamou de magia.



Escrito pela Alê Félix
2, outubro, 2011
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