Não guarde mágoa de um final mal escrito. Fui sua amiga, amiga e amiga… Sempre. Acima da mulher e da amante, sua amiga. Você me ensinou a abraçar, eu te ensinei a arriscar. Não me ignore depois de tantos sorrisos, do nosso tanto de beijo molhado de esperança. Reinvente minha culpa, reescreva nossa história quando achar conveniente, mas não me diga que esqueceu as tardes de chuva. Não finja que o tempo não passou ao me encontrar por acaso na rua… Não há paixão sem uma dose de lágrima, não há choro apaixonado que mereça uma vida inteira de espera. Não minta para me manter distante, não minta para me afastar da sua cama. Seus maus pensamentos são orações de devoção pelo meu corpo, tanto faz se quiser jogar fora todos os lençóis. Sinto muito por ter ligado e te acordado. Sei que é tarde, mas queria saber por onde tem andado, mostrar que aprendi a abraçar demorado. Não precisávamos ter desligado pra sempre, não precisávamos ter nos enganado. Não finja que o tempo não passou ao me encontrar por acaso na rua… Me deixa saber que num pedacinho bom da sua memória, mesmo que hoje estejamos completamente cansados um do outro, ainda há saudade pra nos fazer sorrir e bagunçar os lençóis mais um pouquinho. E, no mais, quando for capaz, me perdoa… Porque sem perdão a gente não voa.

Outro post escrito por mim em 2007… Na época, também sem título e sem um ou outro detalhe que acabei mudando agora, ao reler. Em São Paulo novamente. Feliz pelos novos olhos, triste por ser essa mulher bocó, fraca e condenada a não sarar nunca dessa maldita doença que é a saudade.



Postado por:Alê Félix
02/08/2011
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