Se eu contar que tenho acordado a mulher mais feliz do mundo, você me ajuda a ficar assim só mais um pouquinho? Só mais alguns dias e eu juro que deixo outras moças ocuparem esse primeiro lugar mundial…
Se eu te contar que, nesse nosso caso, qualquer dia menos feliz que possa vir, tem me parecido tão além da felicidade…
Se eu contar que tenho acordado sorrindo depois do tanto que chorei, você acreditaria que passei a perdoar e respeitar cada lágrima que derramei até aqui?
Se eu contar que tô achando que as palavras, nossa dose de verdade e esse tanto imenso de carinho estão consertando uma grande falha que se formava no meu coração e me impossibilitava de gostar direito…
Se eu contar que toda noite sinto vontade de te dar meu corpo, embalado num tanto de desejo que você poderia guardá-lo só pra você, pelo tempo que quisesse… Talvez, dentro de um baú, junto com o seu coração, mas cujas únicas chaves fossem nossas próprias mãos…
Se eu te contar que a vida tem parecido mágica, generosa e prestativa…
Se eu contar que tenho acreditado que talvez ela seja assim pra qualquer um de nós, que basta tratá-la de igual pra igual… Igual a gente tem feito…
Se eu te contar que também gosto do vermelho, dos ventos que brincam com nossos cabelos e das chuvas que nos abraçam…
Se eu te contar que adoro pimenta, que açucar pode me levar a nocaute e que tenho pena da história de vida da picanha…
Se eu te contar que fiz carinha de triste sobre a parte dos aviões, mas dei graças aos céus pelos 100KM de distância…
Se eu contar que gosto dos seus filhos, de todos os seus retratos na parede, de todos os vínculos de sangue que te fizeram crescer, todos os amigos que te fizeram sorrir e questionar, todas as mulheres que te ensinaram a amar… Gosto verdadeiramente de cada pessoa que passou pela sua vida e te fez bem, te faz você…
Se eu contar que você me faz respirar fundo, feito suspiro de encantamento, os mesmos que inspiro quando sinto cheiro de mato depois da chuva, jasmin quando anoitece, mar quando amanhece…
Se eu contar que acabei de voltar de uma feira, que fui atrás de tomate seco e que vi um pássaro escapando de uma gaiola, um que batizei de bem-te-vi, mesmo sem saber se ele preferiria ser chamado de outro nome. E que comecei a chorar, no meio de uma feira-livre, um choro de alegria que eu precisava tanto, mas tanto que ninguém jamais acreditaria se eu contasse…

PS: Acho que eu também te amo.



Postado por:Alê Félix
14/04/2011
2 Comentários
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*margaridanegra*

junho 20th, 2011 às 7:14

Texto encantador…


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admin

junho 21st, 2011 às 21:17

Coisas do passado…
Mas obrigada pelo elogio aos encantos que restaram. 😉


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