Ainda há quem me pergunte porque eu acho um absurdo as pessoas se encherem de animais de estimação. Digam o que quiserem, pra mim, esses pobres seres servem aos seus donos como paliativos emocionais, uma distração para a carência e a falta de sentido que de vez em quando nos assombra. Nessas horas, tem gente que vai pra terapia, outros metem um cachorro na coleira, um pássaro na gaiola, gatos são espalhados pela cama. Mas e, nessas horas, quantas Suraias realmente existem? Bom, se fossem muitas, não teriam feito a matéria abaixo e eu não acharia – nessas horas – que estou coberta de razão, não é mesmo?
“Eu vi mais de 200 animais mortos na cidade, entre cães, gatos, cavalos e bois. As pessoas abandonaram os animais. Na pressa em sair de casa, deixaram os cachorros presos em correntes, ou trancados dentro de casa”, diz Pereira.
Pelo menos minha terapeuta sabia quebrar correntes…