As precarias condicoes dos onibus e a feira livre que sao os terminais rodoviarios no Equador sao capazes de acabar com todo o encanto que os moradores e as paisagens nos causam… É preciso ser forte e ter boa memória, caso contrario a saida é voltar correndo pra casa e beijar o piso da rodoviaria do Tiete. Fazia muito tempo que nao exercitava tanto minha paciencia. Pela primeira vez na vida tive vontade de voltar pra um lugar só pra dar uns tapas em alguem. Depois de sete horas expremida na merda de um onibus que prometia bancos reclinaveis e alguma entrada de ar, cheguei em Guayaquil.
Meus timpanos nao param mais de estalar… Acho que estao de saco cheio de escalarem montanhas e irem para o mar no dia seguinte. Ou vai ver é só a barulheira (rumbaria) que os motoristas dos onibus ouvem e obrigam os passageiros a ouvir (no ultimo volume e durante todo o percurso) para se manterem acordados (e me manter acordada!).
Nao para de chover desde que cheguei, acabou a mamata de pousadas lindas por sete dolares a diaria e entendo muito mal o espanhol-acariocado que as pessoas falam por aqui. Ainda nao consegui andar pela cidade nem dar oi as praias do Pacifico… Saudade da minha cama, acho que esta batendo o cansaco. Nao quero voltar agora. Ainda nao. Ta faltando algo e eu ainda nem sei direito o que é. 🙁



Postado por:Alê Félix
05/01/2008
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