Daqui a pouco pego um avião pra Brasília… Tô sem sono, tô quietinha, não vejo a hora de chegar.
Ano estranho… Bom, muito bom, mas estranho. Acho que é porque muitas coisas aconteceram e, na maior parte do tempo, não me senti à vontade para escrever sobre elas. Não tem jeito, gosto é de ter diário… E aí tive que guardar meus dias em lembranças, fotografias e não mais em posts. Senti uma vontade danada de escrever, vocês não fazem idéia. Mas vai ver o nome disso é maturidade. Essa arte de esconder o que sentimos, falar diferente, inventar histórias…
Bem ou mal, reaprendi a usar minhas mãos para acariciar ao invés de arranhar. Não foi fácil. Tenho um tanto de desculpas que ajoelhei e outro tanto que, talvez, eu deixe virar carma. Tenho pensado… Por enquanto, enquanto desaprendo o diariamente, aprendo a fazer as malas. Quantas viagens são necessárias para carregar somente o necessário?
Sinto falta de escrever, sinto falta daqui, mas tem uma coisa boa crescendo no lugar disso tudo que aconteceu nos últimos anos. Anos que eu escrevia enquanto via a vida passar pela minha janela, sabe? Num faz bem, não…
Nós e nossas cordas bambas… Um dia, quem sabe ano que vem, compreendo esse tal de equilibrio. 😉
– Vai cortar?
– Não, enrolar.
– Baby lease?
– Não, permanente.
– Jura? Todo mundo vindo aqui pra alisar e você querendo enrolar…
– É que eu nunca gostei de uniformes…
No dia seguinte…
A constatação do que é feito para ser permanente é tão estranha quanto a dos uniformes…
Cicciolina nua e com gorrinho de papai noel faz amor em sala de cinema gaúcha. Advinhe com quem?? Clique aqui e saiba tudo sobre este cinemaniaco que, por sorte minha, tirei no amigo secreto. 😉
Aos integrantes do tréco: não tentem entender, depois eu explico. Ou perguntem para o próprio Tiago. Agora tô com preguiça. Depois escrevo sobre ele e… E enfim. Fui. Por enquanto só tenho uma coisa a dizer: apesar de eu ter sido boca grande, dorei cada pulso telefonico, tá? Beijim.
Estava conversando com a Lia sobre sabores de infância e lembrei de alguns sorvetes. Lembramos, por exemplo, do Cornetto e o papo foi do sorvete para os jingles que pegaram dos anos oitenta. Vocês lembram da musiquinha do Cornetto? Aquela “Corneeetto de própria Itália. Io voglio tanto. Corneeeeeetto Mio …”. Alguém lembra dela inteira? Esse téco da música não sai mais da minha cabeça e, pra piorar, eu pirei no joguinho que os caras fizeram lá no site do sorvete. Ahhh! Helllllp! Ok, vou resolver isso indo até a padaria. Fui.
Pronto… Não paro mais de chorar. Detesto ser manteiga derretida. Tudo culpa dela.
Obrigada, querida. Só mesmo você pra tirar um pouco dessa agressividade que bate, corre e brinca de esconde-esconde dentro de mim.
me divirto vendo pessoas no Orkut…
O Pedro de Luna do Bigorna.Net fez uma entrevista bem legal com o André Dahmer e vale a pena conferir.
Entre outras coisas, Dahmer diz que editora justa (como eu!) paga 65% do valor do livro para o autor que cuida de suas vendas pela internet e não 4% como pagam algumas editoras. Só clicar aqui para ler a matéria. Ou aqui para comprar o livro e conhecer o Malvados.
Quem sabe assim, um dia, o que é certo não vira regra?
AHHH! Antes que minha memória entre em colapso, sobre sermos atravessadores, eu também achava isso. Mas foi antes de publicar o primeiro livro porque a verdade é que a brincadeira dá um trabalho do cacete. Tanto que publico um livro na vida e outro na morte. Se fosse fácil, se fosse só explorar talentos e cuidar da burocracia que os virtuoses desprezam, seria a primeira a colocá-los no tronco. Me dê um gênio com controle remoto e eu o deixo douradinho, douradinho. Ainda descubro um jeito de replicá-lo em linha de produção sem perder o brilho. Pra mim é fácil porque sei que algumas pessoas nascem iluminadas, mas não conseguem pagar a conta de luz. Se eu gostasse de trabalhar, seria dona da Eletropaulo. Como não acho a menor graça nisso, o máximo que faço é ajudar ou ensinar as pessoas que eu gosto e respeito como é que se paga as próprias contas.
Receber 4% de lucro sobre a venda de um livro deveria fazer qualquer autor se indignar e tocar sozinho a próprio carreira. Nenhum ego deveria se contentar com tão pouco, mas não se iludam. A coisa dá trabalho e, muitas vezes, prejuizo. Dahmer é um caso raro de dom e empreendedorismo (palavra feia, meu deus!). É só por isso que pago, feliz e cheia de admiração por esse menino, 65%.
😉
Vi uma chamada na UOL sobre uma declaração do Lula que lembrou uma frase de um post antigo que escrevi. Por curiosidade, procurei nos arquivos e a frase era realmente parecidíssima.
Não é a primeira vez que isso acontece e eu acho que um dos baratos de ter blog é isso: a gente não lê as coisas e pensa “puxa, parece frase minha”. Não existe mais dúvida. Com o blog você levanta uma sombrancelha, acha que aquela frase é sua, pesquisa e prova que é sua.
Tô feliz de saber que pensei, dois anos antes, o que o nosso presidente só viu hoje. Ou, melhor, que vi aos trinta o que ele está vendo aos sessenta.
É uma pena que não gosto de trabalhar e nem tenho vocação pra mentir para mais de uma pessoa ao mesmo tempo, senão sairia pra presidente nas próximas eleições. 🙂
Lula em 11 de Dezembro de 2006. Clique aqui para ler a matéria na íntegra.
“Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema” [risos e aplausos]. “Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema”, afirmou o presidente depois de receber o prêmio “Brasileiro do Ano” da revista “IstoÉ”.
Eu em 7 de Novembro de 2004. Clique aqui para ler o post na íntegra.
“Compreendo que, depois dos trinta, não seja tão anormal alguém defender idéias capitalistas, mas, convenhamos, é fundamental ser socialista aos dezesseis. É sério. Se você conhece uma pessoa muito velhinha e esquerdista, ela está com problema. Se conhecer uma pessoa nova de direita, saiba que ela também tem problema.”