Num vai lá ver do que se trata, não? Aproveita e manda o seu! Brincadeira de criança participar… Quando o pessoal da agência me convidou eu fiquei na dúvida, mas depois acabei curtindo. Mesmo depois de expôr um mico básico e ver que consigo me enrolar até o pescoço quando começo a falar.
Ah! Nem venha com graça sobre meu sotaque de gorrrrdinha, hein!
😉
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Aí você acorda e é seu aniversário…
É, mais um. Parece que não acaba nunca, mas acaba. São só vinte e quatro horas de pesadelo, depois passa. Posso sentir saudade de um e outro, mas, de forma geral, acho que aniversário é o dia do constrangimento. Tanto “obrigada” me deixa com tontura… Fico me sentindo em divida, com a obrigação de não esquecer os aniversários de quem lembra do meu. E haja culpa se esqueço! Pode ver… Ninguém retribui parabéns para quem não dá. A gente parabeniza uma vez, duas, mas, se o cara insistir em esquecer do seu, você pára de lembrar do dele também. Ainda bem que, hoje em dia, existe o Orkut. Ele virou minha memória social. Se colocou a data no Orkut, eu lembro. Caso contrário, a culpa é da pessoa que não avisou os amigos e não da minha falta de consideração. Deus abençoe o Orkut.
E quando temos que fazer cara de quem gostou do presente?
Putz… Velinhas, bolo, os manés que inventam de levar língua da sogra… Afe, “parabéns pra você é a morte. O musiquinha deprimente… Não há quem não fique deprimido com aquela cantoria besta depois dos vinte e cinco anos. Ela te deprimiu antes dos vinte e cinco? Eu deprimi tarde, né? Pra você ver… Nem mal humorada crônica eu sou! Pego leve com essas coisas, sou festeira á béça, levo sempre um pacote de língua de sogra no aniversário dos outros…
Esse telefone não pára de tocar desde cedo… Tô na cama ainda, acredita?
Deus abençoe (também!) quem inventou o notebook e o wireless. Tô com medo de abrir a porta e ter que atender o telefone, a campainha, as telemensagens… Minha família é louca por telemensagens. Minha safena não é brega à toa, ela é hereditária.
Vivo dando bola fora com minhas tias com esse troço de telemensagem… Mas quem manda serem afetadas daquele jeito? Onde já se viu pedir pra gravar a minha reação depois do recado? Nunca mais ganhei presentes caros da tia Melina…
Se os caras avisassem antes que a mensagem era dela… Mas, não! Eles soltam a mensagem com a voz daqueles locutores aposentados, gravam você sacaneando o texto, dizem quem enviou só no final e, para o meu desespero, avisam que todas as barbaridades que eu disse foram ouvidas pela remetente!
Nem bom dia a tia Melina me dá mais…
Não tô acreditando nesse telefone… Puxa, até que eu sou bem amada, né?
Bato em deus e o mundo e, mesmo assim, não param de ligar. Não vou atender ninguém. Vou dar uma de difícil, dizer que passei o dia em reuniões de negócio… Adoro esse papo de “reunião de negócio”. Um amigo meu vivia no motel tratando de “negócios”. Tudo papinho. Desculpa de quem trabalha pouco.
Campainha… Peraê. Já venho. Presente! Quer apostar quanto?
Torta… Uma torta!
Dá pra acreditar que a minha vizinha aqui debaixo viu que era o meu aniversário no Orkut (não falei?) e veio me dar um presente? Presente… Torta! Eu gosto de ficar repetindo a palavra torta, torta, torta… Mas, sinceramente? Eu odeio quando me dão comida. Primeiro porque eu adoro comida, segundo porque eu odeio que saibam que eu adoro comer. Eu sou gordinha, criaturas!
É como se a pessoa pensasse “hum… deixa eu ver do que essa gordinha deve gostar… De comer! Vou dar uma torta pra ela.”. Ah, tenha dó. Eu também gosto de sexo, porque não me dão um espartilho de oncinha? Hum… Acho que acabei de escrever mais do que devia… Ok, que fique claro que isto não faz parte da minha lista de desejos. Foi só um exemplo.
Bah… Torta do que isso aqui? Humm… Limão! Uou…Ok, isso está melhor do que sexo. Não melhor do que o último, mas bem melhor do que alguns que eu fiz em mil novecentos e noventa e três. Putz… Noventa e três faz tempo… Tô mesmo ficando velha.
Fui num vidente semana passada… Nem contei, né? Ando preguiçosa pra escrever. A vida tá boa demais e ninguém gosta de ler gente feliz. Pessoas felizes são um tédio. E gente feliz também não tem tempo para escrever. Escrever e se manter feliz são coisas que dão trabalho e eu sou da turma que gosta de rede, sol, amorzinho…
Mas então… O vidente disse que eu vou passar dos oitenta anos sem doença, que onde eu ponho a mão dá dinheiro e que tenho três homens apaixonados por mim neste momento da minha vida. Há! Fala se eu não paguei de besta?
Primeiro porque eu sei que não vou morrer, segundo porque ponho o bumbum virado pra lua toda santa noite e terceiro que… Três? Só porque ele quer. Tem no mínimo meia dúzia.
Pena que no meu coração só cabe um. Um de cada vez…
Ah! É brincadeira. Todo mundo que me conhece sabe que sou assanhada, mas sou fiel. É uma pena, mas sou. Um problema esse negócio de não perder a piada, né? Ô mal danado…
Telefone de novo. Credo, não pára. Não falei? Uns dez pela quantidade de ligações insistentes. Ai, ai… Preciso parar de me achar a gostosona do pedaço porque, além de velha, nunca estive com essa bola toda. É só minha mania besta de fazer outdoor pessoal quando estou feliz. Preciso começar a me situar. Se achar a última bolacha do pacote com vinte anos, tudo bem. Depois dos trinta é necessário pegar leve, dar uma de modesta, bancar a madura…
Cara, tá punk esse telefone. Vai me amar assim lá longe. Eu, hein! Ah, quer saber? Vou atender… Não é todo dia que se pode ter a torcida do Corinthians babando no ouvido. Terei para sempre a arrogância dos vinte anos, né? Eu sei, eu sei… Dos quinze!
Alôuuu… Anh? Quem fala? Como é que é? Anh? Tá tocando sem parar sim… Por quê? Ah… Telefônica é…? E vai durar quanto tempo esse problema? O dia todo de testes na linha!? Tá assim desde as oito da manhã?? Todo aquele toca-toca eram só testes??
Ah…
E eu achando que era gente…
Vou colocar uma roupa decente e ir até a vizinha agradecer direito a torta de limão. Talvez, perguntar o dia do aniversário dela.
Durante muito tempo ignorei o que pensavam sobre mim na tentativa de não permitir que interferissem no meu modo de ser. Não percebi que “me fazer ignorar” era o pior tipo de influência que eu poderia permitir.
Pincelei de cinza dias que podiam ser mais coloridos por me recusar a abrir os olhos… E descobri que não bastava coragem para abri-los… Às vezes, só é preciso chorar.
Recuperar o foco depois do meu tanto de escuridão, me ensinou a mudar de tom, a misturar as cores, a dizer sim. Descobri que tudo é reflexo. Que até os momentos desfocados podem ser leves e divertidos quando se aprende a rir da falta de jeito. Descobri que diante de um olhar que brilha quando acordamos, somos capazes de ter dias melhores e nos transformarmos em pessoas melhores.
Depois de todos esses invernos olhando para dentro, vejo que é através daqueles que gostam do meu preto e do meu branco, que saberei quem eu realmente sou.
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Eu sei, eu sei… Fui cuidar do meu inferno astral e voltei. Também sou filha de deus.
Aliás, falando em inferno astral, será possível que todo sagitariano é assim? Eu, hein! Nunca vi uma descrição astrológica mais perfeita. Não tiraria nadica de nada. Vai lá e procura seu signo pra ver se acertaram no seu também. Se bater, volta pra me contar se os caras são bons de verdade ou andaram instalando câmeras sobre a minha cabeça (nem vem! todo paranóico já pensou uma parada desse tipo.).
Semana que vem é meu aniversário e tô afim de comemorar… Pensei numa festa num motel (não, não é bacanal!) que libera uma suíte grandalhona (tem até máquina de pinball, acredita?) para festas grandes, mas todos os fins de semana desse ano já estão reservados.
Alguma sugestão?