Desaniversário hoje, hein! Lá no Rose Bom Bom. Meninas até a meia-noite não pagam e meninos pagam vinte reais se colocarem o nome na lista. Procurem o camarote que eu reservei. Só perguntar do camarote da Alê Félix, ok?
E amanhã, desaniversário lá no Bar Manifesto. Vou chegar umas onze horas. Fui.



Escrito pela Alê Félix
30, junho, 2006
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E aí? Viram só o time do Corinthians arranjando confusão na Alemanha? Legal, né? Mas eu juro que fiquei sentida deles perderem. Eu gosto dessa gana que o povo argentino tem e que leva para o campo da forma mais competitiva possível. Bem melhor do que ver as vitórias xexelentas da nossa seleção. Me faz lembrar de uma tirinha da Mafalda (lembrando que o Quino, criador da Mafalda, é argentino) onde ela diz que prefere um compacto simples dos Beatles a um LP do Trio Los Panchos. Eu, indiscutivelmente, também.



Escrito pela Alê Félix
30, junho, 2006
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Meu yoda disse que eu preciso parar de fugir das minhas tristezas bancando a porra-louca. Mas quer saber? Eu não ligo. E não vou mais ligar para uma porção de coisas.
Minha mãe, por exemplo, dizia que ela queria poder ter feito todas as escolhas da minha vida e dos meus irmãos. Pra evitar que a gente fizesse bobagem, sabe? Mas, hoje, ela diz que não há nada mais legal do que ver que fizemos isso sozinhos e contrariando boa parte do que ela achava ser o melhor pra nós. Adoro minha mãe por admitir isso depois de ter me dado tanto tabefe e tentado me impedir de seguir tantos caminhos.
Acabei de ligar pra ela… Três da manhã. Foi só pra dizer que a amava de paixão. Ela ficou puta e mandou eu parar de assustar as pessoas. Achou que era morte na família. Depois me ligou de volta e perguntou se eu estava usando drogas. Eu disse que só as de sempre: paixões esporádicas, endoscopia uma vez por ano, xarope de criancinhas nos raros dias que eu quero dormir muito, cuba-libre pra ter coragem, blog pra não morrer louca e viajar pra me encontrar. Ela mandou eu deixar de ser brega e desligou dizendo que vai continuar rezando para que ex-maridon volte a ser maridon. Sempre dando palpites… Mesmo confiando nas minhas escolhas. Ela é linda. Adoro isso nela.
E eu preciso é comemorar! Há anos não faço isso. Há anos não olhava no espelho e gostava do que via, há anos não fazia as pazes comigo mesma. Não vou deixar que seja diferente. É uma benção envelhecer gostando do que o espelho nos mostra, uma benção dizer “dane-se” e conseguir dar uma banana para qualquer voz que não sejam as nossas. E quis ligar para minha mãe e dizer tudo isso, mas é claro que não disse. Ela mandaria me internar. Desliguei e vim contar pra vocês.
Vim contar que de louca que sou e que a vida estava, não comemorei os meus dez últimos aniversários. E não vou esperar o próximo para tirar o atraso. Até porque eu me conheço bem e sei que muita água vai rolar nessa minha cabeça oca até dia 29 de novembro (dia que nasci).
Por isso, meus amores, vou comemorar alguns DESANIVERSÁRIOS! Começando amanhã e terminando não sei que dia. Colocarei as datas, locais e etc por aqui e vai quem quiser me dar um beijo porque eu ando precisando muito de colo (sim, isto foi apelação. Tô com medo de ficar sozinha até nos desaniversários).
Vem me ver. Começa amanhã (30/06) lá no Rose Bom Bom e daqui a pouco eu volto pra dar mais detalhes. Agora eu tô cansada, precisando dormir e, talvez, de uma boa colherada de xarope infantil. Fui.

PRESTA ATENÇÃO: O TRÉCO COMEÇA AMANHÃ LÁ NO ROSE BOM BOM! 😉
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Escrito pela Alê Félix
29, junho, 2006
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Primeiro Tempo – Brasil X Gana
– Vai começar! Vai começar!
– Tô indo!
– Cadê a Lu?
– Tô no banheiro!
– Depois de ontem, a Lu já era.
– Vem logo!
– Começou!
– Por que? O que aconteceu ontem?
– Encheu a cara num primeiro encontro.
– Hum… É bom pra guria ganhar experiência.
– Tipo de experiência que eu passo.
– Você é vegetariana e celibatária. Uma taça de vinho pra você seria o mesmo que ter um orgasmo.
– Eu não confio em quem não bebe.
– Eu não confio em quem não transa.
– Vocês não confiam em mim?
– Não.
– Não.
– Eu também, não. Mas espero que o jogo de hoje não seja tão horrível como os anteriores…
– Acho que não vai mudar muito, não. Parece que o Parreira não mexeu no time como da última vez.
– O Parreira nunca mexe. Na boa, eu prefiro ver seleções como a de 82 e 86 perderem uma copa, do que as seleções do Parreira ganharem.
– É um joguinho feio mesmo.
– Puxa, eu não era nascida na copa de 82…
– Quem trouxe a pirralha?
– Ela vomitou no cara no primeiro encontro. Merece um desconto.
– Goooooooool!
– Já?
– Quem? De quem? De quem?
– Ronaldo! Ronaldo!
– Eeeeeeeê!
– Eeeeeeeê!
– Eeeeeeeê!
– Por que vocês não confiam em mim?
– Pronto. Querem apostar quanto que agora o Galvão Bueno vai desatar a chamar o Ronaldo de “fenômeno”?
– Pior que vai.
– Muda de canal, muda de canal!
– Dá pra contar por que vocês não confiam em mim!?
– Não. Não muda, não! Deixa aí na Globo só pra gente ver se os numerólogos têm razão.
– O que eles disseram?
– Que a zica do Ronaldo é culpa desse papo de “fenômeno”. Que depois que meteram esse apelido nele é que o bichinho foi para o brejo.
– Então o grande culpado dessa merda toda é o Galvão Bueno?
– É.
– Claro que não é isso!
– É porque ele tá gordo, gente!
– Que mané gordo!? Toda copa é o mesmo lengalenga. É o corpo do cara.
– Corpo gordo.
– Eu acho gostoso.
– Pra transar, não pra correr noventa minutos!
– Tenham noção, criaturas! A culpa da zica é da Suzana Werner e do Pedro Bial. Tudo começou na copa de 98 quando rolou aquele flerte descarado entre os dois nas arquibancadas da bagaça. A Globo passava o tempo todo os dois de teretetê. Lembram? O Bial estava com a Julia Gam na época. Ela e o Ronaldo surtaram. Ela porque estava grávida e a espera do Bial aqui no Brasil, e o Ronaldo por crise de ciúmes e de celular. Ou vocês acham que aquele piripaque, sem explicação, que o Ronaldo teve foi crise existencial?
– Crise de celular? Que diabo é isso?
– Cara, é verdade! Pra todo lugar que o Ronaldo ia naquela copa, tinha um celular pendurado na orelha dele. Às vezes, mais de um. Eu lembro. A Leila tem razão.
– Fala sério, Leila: como é que você lembra dessas coisas?
– Vocês são como o povo brasileiro, não têm memória.
– E você pode escrever com a mão nas costas a “teoria da conspiração da revista Caras”! Piração total.
– Olha que não é piração, não. Eu concordo com a Leiloca. A zica começou ali realmente.
– Alê, posso pegar sua maquininha de fazer chapinha?
– Pode.
– Vai fazer chapinha agora? Bem na hora do jogo?
– Ué, mas já fez um gol! Eu vou. Estamos ganhando mesmo.
– Traz aqui que eu faço em você.
– Tem amendoim no armário?
– Não, pela-mor-de-deus, Julia. Amendoim é muito heterossexual.
– E a gente é o quê?
– A gente quem cara pálida?
– OK, tirando a Luiza, a gente é o quê?
– Eu quis dizer que amendoim é muito hetero masculino. Tem patês e torradinhas diets na mesa. Vai lá.
– Ninguém trouxe docinho dessa vez?
– Não.
– De tanto ouvir falar que o Ronaldo está gordo decidimos maneirar nas guloseimas.
– Não vão dizer nunca porque é que não confiam em mim, né?
– Não se pode ser um gorducho em paz nem em época de copa.
– Caraca, se continuar desse jeito Gana vai fazer gol já, já.
– Eles pegam pesado, não? Olha cada pontapé feroz, menina!
– Era um bom time para o Maradona subornar. Oferecer uma graninha para os caras arrebentarem o time brasileiro.
– Por que o Maradona?
– Porque ele foi o mentor da história da água com tranqüilizantes, porque bastaria o fato dele ser argentino, porque ele é o Maradona, oras!
– Eu gosto do Maradona.
– Pára, Alê.
– É sério. O cara é ótimo. A história da água é sensacional. Ele debocha de deus e o mundo. Eu gosto de gente assim.
– Ele não respeita nada. É um imoral!
– Amoral. É diferente. Acho que é por isso que eu gosto dele.
– Tá jogando muito mal o Brasil… Só dá o time de Gana no ataque. Olha isso!
– Ai, meu Deus! Ai, meu Deus!
– Vixe!
– Quaaase que foi gol!
– Eu, hein! Time ridículo esse do Parreira. Por que não mexe nisso? O que adianta ganhar fazendo um papelão desses?
– O bom de Gana quase fazer gol é que a gente vê mais o Dida.
– Lindo ele, não?
– Que corpo é aquele?
– Um metro e noventa e cinco! Vocês sabem lá o que é isso? Ainda mais com essa cara serena, tranquilona… Ai, ai.
– Gana tem uns jogadores bacanões também.
– Eles são bonitos mesmo. E alegres. Têm um tipo legal, traços harmoniosos. Parece ser um povo bonito.
– Que mané “harmoniosos”, Alê!? Eles são é gostosos. O nome disso é músculo.
– Goooool!
– Gol!
– Eeeeeeê!
– Estava impedido!
– …
– …
– Que foi? Que cara são essas?
– E desde quando você sabe o que é impedimento?
– Ah, vão pra merda! Tá impedido sim.
– Olha lá! Olha lá! Não falei? O Galvão acabou de dizer que estava impedido.
– Se o juiz não marcou, não estava. Além do mais, foi um gol do Adriano e isso significa que vão passar as pernas dele em câmara lenta o resto da semana.
– Vixe, roubar de time africano não deve ser um bom negócio…
– Ninguém tá roubando. O juiz que foi nó cego.
– Não bom, não bom. Vai por mim, isso dá azar. Imagina a quantidade de tribos que neste momentos estão vendo o jogo e amaldiçoando a TV.
– Olha que isso é preconceito, hein. Você nem sabe como são as condições de vida em Gana. O que você está dizendo é o mesmo que dizer que o Brasil é só carnaval e bunda.
– E não é?
– Bah! Você é louca.
– Fim. Acabou. Dois a zero. Uhu!
– Tá ficando bonito o cabelo, hein.
– Adoro chapinha.
– Vou fazer xixi.
– Eu vou com você.
– Só deixo você entrar se me contar porque não confia em mim.
– Se liga, bestona. Era sacanagem nossa.
– Vou esquentar as empadas antes que comece o segundo tempo.
– Vou ficar aqui vendo coxas em câmara lenta.
Depois eu escrevo o segundo tempo. Vou pra academia lembrar que eu também tenho músculos.



Escrito pela Alê Félix
27, junho, 2006
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Descobri recentemente que meu hobby predileto é enlouquecer as pessoas… Primeiro eu conheço a figura, mexo, remexo, deixo a vida dela bem grudada na minha, depois piro com todas as bobagens possíveis e imaginárias. Em seguida entro numas de procurar defeitos até desvendar a alma, os mistérios e todos os segredos da criatura. Jogo tudo sobre ela e volto a mexer compulsivamente na relação. Acrescento culpa, saudade, promessas, arrependimentos diversos e alguns pedidos de desculpa só pra finalizar a história com os requintes de novelão mexicano que sempre deram cor pra minha vida. Choro um pouco pra ver se ainda sou capaz de sentir sentimentos verdadeiros. Passa rápido… Tento de novo. Mas perco a mão com frequência e passo do ponto até estragar uma receita que parecia perfeita.
Minha terapeuta disse que é porque eu não quero que ninguém dure muito tempo na minha vida. Que é uma receita para espantar pessoas… Segundo ela, só pra eu ter razão e provar pra mim mesma que não valho a pena ou que ninguém vale.
Bah! Odeio fazer terapia. Mas ela baixou o preço da sessão. Disse que meu caso é grave… Tô começando a achar que ela gosta de mim e não quer é que eu vá embora da vida dela. Isso sim.



Escrito pela Alê Félix
26, junho, 2006
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Bah! Durou menos do que eu pensei. Não vai dar pra parar. Forças maiores fizeram este blog migrar para o portal do Vírgula. Acho que ainda essa semana ele muda de casa. De novo… 🙂
Pelo menos dessa vez é por um bom motivo e não por perrengue judicial. Tô feliz. Pobre, mas feliz. Principalmente porque, por conta da mudança, daqui pra frente eu vou passear mais (nos próximos posts vocês entenderão).
E vou seguir os conselhos que vocês me deram. Falta de grana pode ser bastante inspiradora. Me aguardem. Beijo e obrigadão pelo carinho. Daqui a pouco eu volto.



Escrito pela Alê Félix
22, junho, 2006
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Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas a festa acabou. Temporariamente pelo menos. Eu conto, eu conto…
Depois de doze anos trabalhando como se eu fosse um pai de família obcecado com as contas (família grande!), percebi que, além da família não existir, minha vida também não existia mais.
Deve ter sido culpa desse negócio de internet… Quatro anos atrás, junto com o começo desse blog, as mudanças começaram. Inventei de publicar livros de blogueiros e dei uma quebrada nos dias chatos que eu levava. Porém, financeiramente, as coisas não mudaram. Continuei trabalhando feito louca. Mais do que antes até. Porque além do custo de vida normal, passei a ter a conta do hobby de ter uma editora (não, eu não vivo do dinheiro da editora. A editora vive do meu dinheiro. Infelizmente.).
O resultado de tanto trabalho foi que no fim do ano passado eu tinha uns trocados para comprar um lugar onde eu pudesse morrer. Uma casinha qualquer que me desse a segurança de não pagar micos na velhice. Procurei, achei um apartamentão lindo no centro da cidade. O marido da velhinha tinha morrido, ela não teve filhos, a irmã que foi morar com ela também morreu, o sobrinho casou e ela estava vendendo aquela belezura para viver no interior de São Paulo junto com quem restou da sua família.
Nem preciso dizer que eu pirei com a história, né? Mas não foi por isso que não comprei o bonitão do apartamento. Foi porque sou indecisa pra diabo, fiquei enrolando e um sujeito bateu o martelo enquanto eu pensava.
Não deu outra… Fiquei triste uns dias lembrando da banheira de hidromassagem daquele banheiro gigante e, pra tristeza não virar chororô, acabei comprando uma fantasia para sair na Vai-Vai no carnaval.
Eu sei, eu sei… Uma coisa não deveria ter nada a ver com a outra, mas teve. Pouco tempo depois meu casamento acabou e eu decidi surtar um pouquinho. Parei de trabalhar e me preparei para torrar o dinheiro do apartamento da melhor forma que eu conseguisse. E viajei, viajei, viajei… E seis meses passaram por mim. E eu acabei de consultar meu saldo no banco e descobri que o dinheiro do apartamento acaba este mês. Ou seja, adeus pra vocês.
Tô pobre de novo. Vou ter que pegar pesado por aqui e obrigatoriamente dar uma sumida dessa coisa virtual. Não vou fechar o blog porque não é necessário, mas não sei se conseguirei atualizá-lo com tanta freqüência. É que eu sinto culpa de perder tempo com bobagens quando tô pobre… :-s
Aí você me pergunta porque diabos eu tenho essa relação esquisita com dinheiro. Não sei… Acho que é conseqüência da relação que tenho com meu pai. Eu nasci pobre, mas desde muito menina decidi não morrer pobre. Saí de casa muito cedo, jurei que cuidaria bem de mim, e todas essas besteiras que movem a gente por orgulho. E sou de uma família onde é proibido amarelar, sabe? Deu no que deu… Tem horas que levo essa história de grana muito a sério porque tenho medo de depender de outras pessoas, tem horas que mando tudo a merda e me comporto como se fosse uma mimadinha de quinze anos. Tem períodos que estou rica, outros que estou pobre. Mas sei lá… Acho que a vida de todo mundo é um pouco assim. Com seus altos, baixos, sorte e revés. Nada muito diferente de um tabuleiro do Banco Imobiliário.
Se eu tô arrependida de ter torrado o dinheiro? Tô. Devia ter ido para a Alemanha ver a Copa do Mundo e acabado com ele em três meses ao invés de seis. Esses foram os melhores meses da minha vida. Perderam, talvez, para o período que eu fugi de casa, comprei um Opala quatro portas e morei uns tempos em Porto Seguro. Mas essa é outra história…
Beijo pra vocês, obrigada pela companhia e torçam pra eu ficar rica novamente. Mês que vem se possível… Assim eu volto a perder tempo contando minhas histórias sem a culpa que me atormenta. Não… Não tenho mais dinheiro para terapia. Mas não se preocupem. Ter nascido pobre me ensinou que um tanque de roupa pra lavar é tão eficiente quanto o divã. 😉



Escrito pela Alê Félix
20, junho, 2006
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Um dia você acorda e percebe que todas as viagens podem ser só viagens. Que o que te faltava não era uma torre, mas uma pessoa. Descobre que as paisagens são só paisagens. E que o prazer consiste nos relacionamentos e não só nos lugares. Se pega pensando que o sonho com as estradas da Itália nunca mais será o mesmo, que o mapa da Espanha te fará chorar de saudade de alguém e não de Orense, e que na Móoca sempre é possível rir com desconhecidos durante as madrugadas.
Um dia, a gente acorda e se toca que é uma bobagem controlar tanto a direção da nossa vida. Que não adianta nada saber dirigir se não for pra arriscar exceder a velocidade de vez em quando. E que qualquer quarto barato de hotel, qualquer que seja a cidade, qualquer esquina fria de São Paulo pode um dia se transformar em um desejo parisiense realizado. Aí, nesse dia, você terá feito a melhor viagem… Ou achado sua melhor companhia, quem sabe? A conclusão é óbvia, mas a gente sempre confunde. Seja por medo, desculpa ou com o que melhor nos servir de leme.
Las Vegas? Não, bobagem. Não vale a pena brincar de romancear usando tantas mentiras. E, mesmo que elas fossem sinceras, nossas vidinhas cheias de roteiros planejados e pacotes turísticos nos esperam com as portas abertas e a ilusão de que somos pilotos e não passageiros.



Escrito pela Alê Félix
19, junho, 2006
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