[10:39] Alessandra – E ai? Novidades?
[10:40] Yaveh – Nope. E por ai, algo novo?
[10:40] Alessandra – Nadica.
[10:41] Yaveh – Nenhum maridon novo, nenhuma jaqueta nova?
[10:44] Alessandra – Dãnnn…
[10:44] Alessandra – Mas sabe que deus anda passando mel em mim?
[10:44] Alessandra – Tô com a bagaça ultimamente…
[10:44] Yaveh – Olha só a top fodel!
[10:45] Alessandra – Nem na época de solteira a coisa estava tão pipocante.
[10:45] Yaveh – É, o mercado deve estar bom para quem tem “O Conhecimento”.
[10:48] Alessandra – Eu ja sei porque tá assim.
[10:49] Yaveh – Ahn, por que?
[10:49] Alessandra – A nao ser que, por algum milagre, eu esteja bonita pra caralho, não tem outra explicação.
[10:49] Yaveh – Conta.
[10:50] Alessandra – Deve ser porque eu tô tranquila. Não quero casar, não quero ter filhos, não sou muito chata, vez em quando sou até engraçadinha… A mulherada de trinta que está a solta por aí, tá toda desesperada. Já eu tô na boa. Pego leve com a vida mesmo sendo destemperada do jeito que eu sou. Sei lá… Isso deve ser visível de alguma forma. Só pode.
[10:52] Yaveh – Hum… É, pode ser isso mesmo. Só falta começar a dar sem muito problema…
[10:52] Yaveh – Aí fica quase perfeita!
[10:52] Yaveh – he he he.
[10:52] Alessandra – Sem chance.
[10:52] Alessandra – Estou iniciando um movimento revolucionário em prol da mulherada.
[10:52] Alessandra – Um movimento para reparar os estragos causados pelo movimento do fica.
[10:52] Yaveh – Hum… Que consiste em?
[10:53] Alessandra – Só transo com quem me ama. E, veja bem, isso que eu disse é muito diferente de “só transo por amor”. Não é isso.
[10:53] Alessandra – E não adianta só falar…
[10:53] Alessandra – Tem que ter amor no olhar… rsss
[10:53] Yaveh – Sei…
[10:55] Yaveh – Vejo longos períodos de siririca…
[10:59] Yaveh – Mas se esse seu movimento pegar, eu vou ganhar uma grana preta ensinando o “amor no olhar”.



Escrito pela Alê Félix
31, maio, 2006
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Você é patricinha,
eu sou um mulambo.
Você é pudica
e eu um safado.
Você é casta
e eu um malandro.
Você finge que é metida
e eu brinco de ser humilde.
Você pensa que assusta,
eu tenho certeza que assusto.
Você achava que o meu QI deveria estar entre o de uma paçoca e de uma mariola quando me conheceu (assim como a média da internet) e se surpreendeu ao ver que ele vale mais que um pé de moleque.
E a recíproca é verdadeira.
Escrito pelo Senise, meu amigo querido com pé e QI de moleque. É impressionante como um bate-papo besta de MSN pode gerar um tréco tão bonitinho como este. Mais legal ainda ver como, virtualmente, podemos enganar tão bem… 😉



Escrito pela Alê Félix
29, maio, 2006
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Foi bom pra vocês?
Abrirei mais vezes, prometo. 😉



Escrito pela Alê Félix
28, maio, 2006
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A Gi Cavati me fez lembrar do meu chat da verdade. Pra quem não sabe, é um chat que de vez em quando eu abria aqui no blog pra conversar com o povo que estava on-line. É uma zona. Falamos bobagem até o nariz fazer bico. Às vezes, quando a galera tá animada, rola um jogo da verdade com perguntas picantes. Quem quiser aparecer vou abrir o bichinho neste domingo lá por volta das 22 horas. É só aparecer por aqui no horário e clicar no link que aparecerá no primeiro post. Fácil. Beijinho e até lá.



Escrito pela Alê Félix
26, maio, 2006
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Tô revoltada. Ninguém nem pra me contar que a Glória Gaynor estaria em São Paulo. Já bastava ter perdido o show do Menudo no começo desse ano… Dá pra vocês me ajudarem a não perder mais essas preciosidades? Qualquer coisa brega, gay ou velha, pela-mor-de-deus me avisem porque eu sou desatenta e perco todos esses babados bons. Agora tô quase indo para o Rio ver Glorinha… É dia 31 no Canecão. Será que ainda tem ingresso? Alguém aí vai?
Paula e Alana, então vamos. Eu tentei comprar o ingresso pelo site do Canecão, mas não consegui. Será que uma de vocês consegue comprar por aí? Vamos! Vamos! Vamos todas! Cara, eu ando cheirada e nem sei de onde vem isso. Crise adolescente. Minha mãe tem razão… :-s



Escrito pela Alê Félix
25, maio, 2006
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Sem vontade nenhuma de escrever… Deve ser felicidade. Bom, uma hora passa.



Escrito pela Alê Félix
24, maio, 2006
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Eu contaria a vocês o que tinha no raio do copo vermelho se soubesse como é que acordei na praia no dia seguinte e que papéis eram aqueles que assinei no meio da madrugada. Me disseram que acertei todas as previsões do post aí embaixo e que era alguma coisa da Johnny Walker misturada com frutinhas. Bebida de moça. Deve ser por isso que saí de lá só um pouco melhor do que aquele ogro que deu vexame no banheiro e saiu da história tropeçando nos quitutes. Disso eu lembro. Vexame dos outros não esqueço jamais! Tenho HD de sobra pra mico alheio. Para os meus, não. Para os meus, careço de informação. E ouvi dizer que rompi o voto de silêncio e a promessa de abstinência alcóolica que jurei na semana passada. Pra variar, parece que destruí a ingenuidade de algumas crianças, feri algumas almas desavisadas e joguei um Moskito num ventilador. Juro! Sóbria eu sou uma pessoa melhor e menos descabelada. Me perdoem, please. Prometo que retomo qualquer voto de abstinência e ouço qualquer sermão que me faça tomar vergonha na cara e parar de ser essa abilolada-aparecida-caradecoringadepoisdeumaoverdosedebebidinhamulherzinha.
OK. Só mais uma zoadela e depois juro que paro. Rolou um concurso miss Red Label, o Mogiozal ganhou e nem me avisaram? Ai meus cotovelos, viu! Eu preciso parar de beber…

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Escrito pela Alê Félix
22, maio, 2006
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Eu com meia duzia de anos vividos, pulando corda no meio da rua, ele um moço de uns vinte e poucos… Ele chegava do trabalho com suas camisas sociais sempre por fora da calça jeans, a barba sempre ralada percorrendo-lhe o rosto, uma mochila jogada sobre as costas largas. As seis da tarde, quase pontualmente, ele descia a ladeira sem pressa, sorria para os vizinhos, fazia graça com o molecada, acenava pra mim enquanto eu pulava… E eu pulava confundindo as batidas do meu coração, tentando identificar quais batiam por ele e quais batiam pelo simples ato de saltar, de começar a compreender o quanto eu viria a gostar daquela brincadeira estranha que era se apaixonar. Ele seguia em frente, naquela sequência de sempre, que me deixava encabulada como se o mundo inteiro soubesse que eu o acompanhava com o olhar. Às vezes, eu parava de pular e me escondia atrás do muro, me escondia para me encantar em paz, sem que nenhuma criança ou adulto desse flagrante nos meus sentimentos.
Ele beijava a mãe que lhe abria o portão, subia para o segundo andar do sobrado, desabotoava a camisa até o último botão, debruçava sobre a mureta da varanda e olhava o horizonte por alguns minutos. Alguém da família o tirava do transe, ele voltava para o interior da casa e reaparecia minutos depois com um prato de comida entre as mãos. E jantava em pé… Sempre com os olhos voltados para algum lugar que eu idealizava junto, viajava junto. E mastigava devagar, garfadas pequenas em recipientes que sempre me pareciam cheios. Comia bem, sabia comer. Era um desses homens grandes… O cabelo desgrenhado no fim da tarde, os pêlos no peito que se espalhavam como se tivessem sido desenhados. A barba… Tenho certeza absoluta que o meu tesão por barbas relaxadas brotaram daquele rosto… Às vezes ele a fazia, surgia de rosto liso mas, nesses dias, eu preferia pular corda de olhos fechados.
Depois que o sol partia, ele descia para a rua com o violão, sentava na calçada, dedilhava algumas notas e passava o resto da noite cantarolando com os amigos que iam chegando. Eu era apaixonada pela cena… E não era uma paixão de beijar na boca, de abraçar, nem nada disso. Era paixão de achar que, quando eu crescesse, queria casar com ele. Queria todos aqueles dias que ele vivia como se não se importasse que se repetissem. Queria esperá-lo na varanda, receber o beijo dele na volta do trabalho, preparar-lhe a janta e cantar com ele as canções tiradas no violão… Amor e rotina me bastariam, se fosse ao lado dele. Mas só se fosse ao lado dele.
E tudo era perfeito em uma época que, para ser perfeito, bastava que não chovesse. O sentimento de paixão ainda não me fazia chorar, só corar. Gostar dele não doía, só o que incomodava era não conseguir contar pra todo mundo que eu já sabia o que era gostar. Não havia tristeza nenhuma, a não ser quando minha mãe começava a gritar que já era tarde e que eu devia sair da rua antes que ela perdesse a paciência. Isso eu odiava… Muito!

Num desses fins de tarde, esperando eufórica que as estrelas surgissem no céu antes da minha mãe no portão, confessando meu amor para uma amiga de corda, a vida começou a tirar minha primeira paixão platônica do peito…

– Será que têm um jeito de crescer mais rápido do que o Vicente?

Dizer o nome dele em voz alta foi mais gostoso do que os campeonatos de foguinho, rodar estrela na seqüência em gramados abertos ou raspar panela de brigadeiro morno. Fui dormir pensando no nome dele, sem sequer fazer idéia do que a minha amiga respondeu. Só pensava no nome dele… Um nome que não virava nome de menina, um nome de menino pra sempre. Afinal, nenhuma menina devia se chamar Vicenta, e Vicentina não valia porque ele era Vicente e não Vicentino. Um nome tão másculo quanto ele merecia e que eu repetia várias vezes baixinho, com o rosto escondido dentro do travesseiro. Dormia, acordava e procurava brechas em conversas para pronunciar seu nome, colocar o sentimento pra fora mais um tiquinho.

Pela manhã, minha tia apareceu na cozinha enquanto eu tomava meu chocolate sozinha. Como quem não quer nada, comentei de novo…

– Tia, existe menina com nome Vicenta?

A campainha tocou antes que ela respondesse. Ouvimos minha mãe atender, cumprimentar e a voz do Vicente invadir os cômodos da casa. Corri grudar a orelha atrás da porta para ouvir a conversa, mas não foi preciso. Minha tia fez questão de destruir meu coração antes que ele mesmo o fizesse…

– Pára, menina! Deixa de ser xereta e sai de trás dessa porta! O rapaz veio convidar pro casamento dele. Vai casar no mês de maio com a filha do seu Luiz…
– Filha do seu Luiz? Aquela que mora em cima do mercado?

O mercado ficava em frente a casa dele e eu cresci uns dez centímetros quando descobri que o horizonte que ele tanto olhava era, na verdade, a janela da filha do seu Luiz. Voltei para a cama correndo e me encolhi embaixo das cobertas. Fechei a cara e fingi que estava com sono, pra tia nenhuma nunca mais me apresentar à realidade. Mas lá veio ela de novo…

– Levanta! O Vicente tá na sala e quer falar com você.

Todas as variações físicas de uma dor que, até então, eu desconhecia se manifestavam no meu corpo naquele momento. Um calor que não vinha do cobertor mas do diacho do ciúmes, as bochechas queimando como se fossem febre e me apresentando o senhor do ódio, as mãos transpirando como se pressentissem seus primeiros movimentos para o acenar de um adeus. Apertei os olhos de vergonha. Não queria sair dali de jeito nenhum. Ali eu aprendi a mentir para poder fugir, compreendi que nenhum adeus me faria deixar de gostar para sempre.

– Eu tô doente.
– Tá nada. Brincou o dia inteiro. Vamos… Sai daí. O Vicente quer que você seja dama de honra do casamento dele.

Fui arrastada pela manga do pijama… Minha mãe fez as apresentações como se aquilo fosse normal, como se eu não soubesse que ele era ele, como se ele nunca tivesse me visto na rua. Gentil, o Vicente passou a mão na minha cabeça, me chamou de menininha linda e perguntou se eu queria ser a sua daminha…

Odiei ver ele falar e me tratar como se eu fosse uma criancinha retardada de seis anos. Pensei em xingo e chute na canela, mas olhei para o alto e um cheiro bom de loção pós-barba moveu meu corpo retardado de seis anos de vida. Sacudi a cabeça num desajeitado sinal de sim e saí debaixo das mãos dele com vontade de dizer que não era necessário falar no diminutivo comigo, porque eu já nem era tão criança assim, mas não disse nada. Fechei a cara ainda mais, emburrei, sai de perto. Não devia mesmo existir jeito de crescer mais rápido do que ele, e ele devia mesmo me achar um bebê de tão pequena, ridícula e “daminha dos infernos”.

Voltei para o quarto e tive minha primeira noite longa, pensando nos dois meses seguintes e morrendo de ciúmes da patética e sem graça e loira azeda da filha do seu Luiz.
Felizmente, passou rápido… A sorte da infância é que os brinquedos ainda são capazes de nos distrair das coisas ruins feito a filha do seu Luiz. Ou isso, ou a minha memória tratou de apagar tudo o que eu certamente senti todas as vezes que precisei provar o vestidinho ridículo de “daminha de honra dos infernos”.

Por sorte, corri e consegui me esconder todas as vezes que o casal tentou falar comigo. No dia do ensaio para entrar na igreja, não teve jeito. Minha mãe me deu um apertão e eu virei todo o rosto para não ser beijada direito pela minha rival, que também me tratava como se eu fosse uma criancinha retardada de seis anos. No dia do casamento também não deu pra fugir, mas eu nem quis. Fiquei tão envaidecida com o vestido, maquiagem, tiara de princesa e os sapatinhos que estavam longe de ser deselegantes como eram os meus velhos tênis escolares que nem tive tempo de pensar que aquele dia seria o fim da minha rotina apaixonante…

Na hora de entrar na igreja, minha mãe me deu as alianças e mandou que eu tomasse cuidado. Eu já sabia ler e vi o nome dele gravado em uma delas… Vicente, Vicente, nome de menino pra sempre, sem feminino, sem Vicenta, nome só de menino. A porta abriu, uma música de cinema arrepiou os pêlos do meu braço. Todo mundo me olhando… E o Vicente também. A alegria e a segurança de me sentir bonita foram embora, só consegui me mover depois que uma senhora da igreja me cutucou para ir adiante. Um passo, dois, a aliança com o nome dele me encarando, eu olhando para a aliança, a aliança olhando pra mim… O nome dele estampado, ele no altar sorrindo para mim… Pra mim?

Não, não era pra mim. Antes do quinto passo lembrei que não era para o horizonte que ele olhava, assim como não era pra mim que ele olhava naquele momento. E tava lá o danado do ciúmes novamente… Acelerei os passos, me distanciei da noiva e, quando me dei conta do papelão, eu estava trancada dentro do banheiro da igreja, com uma mulherada batendo na porta e se esgoelando para que eu a abrisse.

Abri chorando… Acho que de medo porque minha mãe mandava eu abrir a boca a todo custo, enfiava o dedo dentro da minha garganta, gritava pra eu parar de chorar. Me levaram para o médico dizendo que eu ia morrer. Eu também achei que fosse. Um zum-zum-zum vindo dos parentes da noiva diziam que seria “bem feito”. Mas não morri não. Nem de amor nem por ter engolido a porcaria da aliança.

O médico disse que foi sorte eu engolir uma só e não o par. Puff… Imagina se eu seria retardada de engolir o nome da loira azeda? Só na cabeça oca de médico mesmo… Como foi caso de hospital, também tive sorte de não levar uma surra dos meus pais. Aleguei nervosismo, medo de vitrais religiosos, medo de padre e roupa pinicante. Mandaram me benzer, deduziram que fosse fobia, espírito, nunca confessei que engoli aquela aliança por amor, nunca mais me deixaram ser dama de honra de ninguém.

Dias depois do casório, a faxineira da igreja achou a aliança que tinha o nome da ridícula gravado e devolveu. A que tinha o nome dele eu engoli, a que tinha o nome dela eu joguei pro alto feito buquê de noiva. Nunca esqueci o Vicente, lembro de cada detalhe do rosto dele até hoje. Se eu fechar os olhos e fizer só um pouquinho de força lembro até do cheiro da loção espalhada pela barba, mas a esperança de um dia casarmos acabou. Depois de ter feito o cocô mais difícil da minha vida, todo o meu primeiro amor platônico, por água abaixo…



Escrito pela Alê Félix
16, maio, 2006
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