Capa feita pela Erika Onodera.
E aí? O que acharam?
E olha que eu passei dias me perguntando como é que eu ia contar a parte da história onde Chico Mexerica morreu de dedo mindinho… Não entendo porque tem gente que acha, uma história comovente como esta, delírio meu. Não bom ler Sorvete, grande freqüentador do “el juego de la verdad”, dizer que até a moça do e-mail é um efeito especial do meu cerebelo. Pior ainda, ler Katia, que possivelmente virará personagem camuflada da continuação da Saga do Primeiro Beijo, dizer que Sir Mexerica foi uma superada de minha parte. Minha parte não! Parte da vida, oras! Logo tu que é parte da parte rock and roll da nossa adolescência. Ainda bem que, vez ou outra, Anetezinha (também personagem camuflada) aparece pelas bandas destes comentários pra meter a verdade sobre este blog no nariz xexelento de vocês. Se estivessem do meu lado agora, levariam uma bela de uma pedalada pra ficarem espertos.
Aliás, a Saga do Primeiro Beijo está quase no fim (acredite, se quiser). Mais uns três posts e the end. Tô louca pra ter um tiquinho mais de tempo nessa casa e começar a “continuação” dela, já batizada de “O Escorpião no Céu”.
Beijinho na bochecha e não esqueçam de dizer o que estão achando das capas do Blog de Papel. Fui.
Capa 5 feita por Cardoso Brandão.
Quer participar do Concurso Capa Blog de Papel? Clique aqui.
Capa 4 – Feita pelo Renato Pandorf para o concurso da capa do livro Blog de Papel.
Desde que eu inventei de contar histórias por aqui, recebo uma porção de e-mails questionando a veracidade dos posts. É gente perguntando se meus casos são verdadeiros, se é tudo fruto da minha imaginação ou que diabos eu tomo no café da manhã pra não escrever coisa com coisa e, mesmo assim, deixar tanta gente curiosa. Tudo isso é o povo que diz. Eu nunca disse nada sobre isto! Ou pelo menos nada definitivo porque realmente não acho que seja importante. Tanto, que sempre tive problemas em responder e-mails porque pirava com a idéia de interferir na vida dos outros. Piração idiota e pretensiosa, eu sei. Mas pirei e tá pirado. Não tem como voltar atrás.
Mas aí, dia desses, eu abri a pasta de e-mails antigos que recebia na época que o blog era no blogger e me partiu o coração ver aqueles mais de quinhentos e-mails que eu nunca respondi. Pensei: “Juro, se eu pudesse, hoje em dia, talvez fizesse diferente. Talvez fosse menos louca, menos cabeçuda e mais gentil”. Bastou pensar e, no momento seguinte, recebo um e-mail bem assim:
Ale,
Vc disse que se o assunto fosse um pedido de socorro, vc me atenderia.
Pois bem, em suas histórias há o justiceiro Zé Laranja. Tire-me uma dúvida, por favor: Ele é o Zé Laranja que, após sua morte, o irmão tomou seu lugar e passou a ser justiceiro com o apelido de Chico Mixirica? A resposta é muito importante pra mim. Estou há anos procurando a família do Zé Laranja. Seu irmão caçula foi meu primeiro namorado. Com a morte do segundo filho justiceiro, a família precisou sair da cidade com medo de represálias. E nessa eu perdi meu namorado. Por favor, responda-me.
Depois dessa, cá estou eu, de novo, com as minhas pirações:
a) Se eu disser que a história é invenção, ela esquece e não se mete em roubada procurando o ex.
b) Se eu disser que a história é verdadeira, ela se enche de esperança e pode se meter em uma roubada procurando o ex.
c) Por que eu me recuso a me meter na vida dos outros desse jeito?
d) Por que e-mails se parecem tanto com vínculos eternos quando alguma coisa que a gente escreve mexe com a vida do outro?
e) Por que é tão difícil entender que a “minha vida” é idêntica à “sua vida” e todas as “nossas vidas” são historinhas encantadas do mesmo saco?
f) Por que é tão difícil acreditarmos que toda História não passa de ficção narrada por covardes?
e) Como é que vou contar no próximo capítulo que eu sou a covarde da minha própria história?
Eu vou dormir… Amanhã respondo pra moça. Vou parar com essa minha babaca estupidez de não responder e-mails por auto-preservação. Juro. Acho que juro. Enfim, melhor esperar pra ver se amanhã faz sol. Fui.
Bar cheio, madrugada, gente saindo pelo ladrão. Quatro garotos olham pra uma turma de meninas que mexem nos cabelos e disparam risadinhas de bobagens sem graça. Dois dos rapazes tomam coragem e se aproximam das moçoilas enquanto os outros dois só observam…
– E aí, gatas?
Todas elas respondem em sintonia:
– Oiiiii…
Cheio de graça, um deles pergunta:
– E aí, vocês estão no orkut?
– Siiiiim…
Um olha para o outro e…
– Beleza. Tchau aí.
Os dois deram as costas para as garotas que pareciam não ter entendido o episódio. Com as orelhas em pé, eu ouço os quatro conversando novamente.
– Esquece. Roubada. Elas têm orkut.
– Encrenca ficar com alguém cadastrado naquele negócio.
– Marcação de território e queimação de filme a cada scraps.
– Fora o mico do troca-troca de declarações de amor…
– O foda é ter que deletar o profile no fim de cada namoro.
– Queima o filme deixar guti-gutis de ex.
– Pode crer…
– Roubada.
– Tô correndo de mina que tem orkut.
– Dois.
– Três.
– Quatro!
Ai, ai… Poucas coisas me divertem mais do que bisbilhotar conversas alheias. Obrigada, deus por não me deixar pensar sobre as barcas furadas da vida sozinha. Só espero que um dia eu não passe a achar que o suicídio faz tanto sentido quanto o orkuticídio.
Capa 3 – Feita pelo Luiz Henrique Ruiz para o concurso da capa do livro Blog de Papel.
Não esqueçam que as capas podem ser entregues até o dia 28 de Julho. Querendo participar, basta ler as regras e enviar a sua.
Capa 2 – Rafael Reinehr
Essa capa, feita pelo Rafael Reinehr, sofrerá algumas mudanças caso seja escolhida. O organizador desse volume do Blog de Papel é o Nelson Natalino e não eu, como diz a capa.
Minha foto e nome também não farão parte da lista de autores. Talvez, se der tempo e eu conseguir escrever algo que não me faça passar vergonha a ponto de caçar os livros no futuro, eu participe. Por enquanto, minha única tarefa é publicá-lo.
O nome do ilustrador deverá constar nos créditos e na catalogação do livro. Não na capa.
Agora, por favor, quero a opinião de vocês. 😉