Desde que eu inventei de contar histórias por aqui, recebo uma porção de e-mails questionando a veracidade dos posts. É gente perguntando se meus casos são verdadeiros, se é tudo fruto da minha imaginação ou que diabos eu tomo no café da manhã pra não escrever coisa com coisa e, mesmo assim, deixar tanta gente curiosa. Tudo isso é o povo que diz. Eu nunca disse nada sobre isto! Ou pelo menos nada definitivo porque realmente não acho que seja importante. Tanto, que sempre tive problemas em responder e-mails porque pirava com a idéia de interferir na vida dos outros. Piração idiota e pretensiosa, eu sei. Mas pirei e tá pirado. Não tem como voltar atrás.
Mas aí, dia desses, eu abri a pasta de e-mails antigos que recebia na época que o blog era no blogger e me partiu o coração ver aqueles mais de quinhentos e-mails que eu nunca respondi. Pensei: “Juro, se eu pudesse, hoje em dia, talvez fizesse diferente. Talvez fosse menos louca, menos cabeçuda e mais gentil”. Bastou pensar e, no momento seguinte, recebo um e-mail bem assim:
Ale,
Vc disse que se o assunto fosse um pedido de socorro, vc me atenderia.
Pois bem, em suas histórias há o justiceiro Zé Laranja. Tire-me uma dúvida, por favor: Ele é o Zé Laranja que, após sua morte, o irmão tomou seu lugar e passou a ser justiceiro com o apelido de Chico Mixirica? A resposta é muito importante pra mim. Estou há anos procurando a família do Zé Laranja. Seu irmão caçula foi meu primeiro namorado. Com a morte do segundo filho justiceiro, a família precisou sair da cidade com medo de represálias. E nessa eu perdi meu namorado. Por favor, responda-me.

Depois dessa, cá estou eu, de novo, com as minhas pirações:

a) Se eu disser que a história é invenção, ela esquece e não se mete em roubada procurando o ex.
b) Se eu disser que a história é verdadeira, ela se enche de esperança e pode se meter em uma roubada procurando o ex.
c) Por que eu me recuso a me meter na vida dos outros desse jeito?
d) Por que e-mails se parecem tanto com vínculos eternos quando alguma coisa que a gente escreve mexe com a vida do outro?
e) Por que é tão difícil entender que a “minha vida” é idêntica à “sua vida” e todas as “nossas vidas” são historinhas encantadas do mesmo saco?
f) Por que é tão difícil acreditarmos que toda História não passa de ficção narrada por covardes?
e) Como é que vou contar no próximo capítulo que eu sou a covarde da minha própria história?
Eu vou dormir… Amanhã respondo pra moça. Vou parar com essa minha babaca estupidez de não responder e-mails por auto-preservação. Juro. Acho que juro. Enfim, melhor esperar pra ver se amanhã faz sol. Fui.



Postado por:Alê Félix
18/07/2005
16 Comentários
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Sorvete Masc

julho 18th, 2005 às 7:17

Haja imaginação..
Primeiro escrever e depois criar emails “recebidos”.


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Osgarmo

julho 18th, 2005 às 9:17

Ei… relaxa isso é paradoxismo… tem de relaxar…se as pessoas querem conselhos, mande-as procurarem um guia espiritual… se a mina perdeu o namorado, ela que procure no achados e perdidos da vida…


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Mar

julho 18th, 2005 às 9:44

É bobo, mas tô rindo sozinha até agora do Zé Laranja e seu irmão Chico Mixirica.


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Sammy

julho 18th, 2005 às 10:22

Bom dia, Alê!
Hum, complicado, ein? Um de seus casos se tornou real, ou a menina que leu que está totalmente pirada? Coincidência ou não do destino, é certo o seguinte: não que as pessoas te mandem emails para buscar conselhos e etc e tal, mas às vezes é por pura carência mesmo. Repare: tem vezes que as pessoas te mandam email, te parabenizando, somente para deixar um recadinho e aproveitar para fazer merchan do seu blog, outras mandam email a fim de te cativar, sei lá, fazer amizade. E outras ainda mandam email ou recado apenas para distração ou pois naquele momento ela se sentia sozinha e como necessitava de uma palavra que o animasse e fizesse rir, por exemplo, e leu o que tu escreveste, se interessou, e te mandou email, e tal.
Sei lá, quando ao fato de tu responderes, tem que vir de dentro de ti: se quiseres responder, ótimo! Pois assim sua simpatia, que já é muita, aumentará cada vez mais, mas claro, visando quais são ou não amigos. Se não, e uma decisão sua, e ninguém pode dizer o contrário!
Temos o livre arbítrio, basta querermos ou não.
Fique com Deus!
Beijinhus e uma ótima semana!


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Anete

julho 18th, 2005 às 11:15

Alê, manda esse povo passar um fim de semana aqui no São Francisco e descobrir sozinho o quanto de realidade e ficção existe nas histórias!! Eu morreria de rir. Daria um nó na cabeça de todo mundo. HEHEHE!!!


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gustavo peres

julho 18th, 2005 às 11:27

afeee….essa bosta ake…
eh pra menor de 17… axei ki tinha fotos obecenas…afe
ow
um concelho de brother…
poim fotos obecenas… essa sua “popularidade” vai almenta mtuu
floww


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André

julho 18th, 2005 às 17:50

É daquelas horas que tu quer se enfiar embaixo do cobertor e não sair mais da cama para não topar com esse tipo de coisa:-) Começe a cobrar por conselhos, ai a coisa vai mudar;-)


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Beatriz

julho 18th, 2005 às 20:40

não sei, mas se achar, vê se eles não tem nenhum primo Joãozinho Pocãn perdido pelo mundo rsrsrs
abrá.
Adoro seu blog.


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katia

julho 18th, 2005 às 23:49

hehehe…a vida como ela é…esta é uma gde verdade…passamos por situações tão absurdas e tão comuns no dia a dia…mas Zé laranja e Chico mexirica..huahuahuahua to rindo até agora…vc realmente consegue se superar…um beijo linda……


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rose

julho 26th, 2005 às 9:31

olá passando para conhecer….desejo bom dia!!!


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Lila

junho 12th, 2006 às 12:54

E até hoje espero a resposta da Alê…


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Lila

junho 12th, 2006 às 12:54

E até hoje espero a resposta da Alê…


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Farkas Neger

setembro 13th, 2010 às 4:18

Alê, Bom Dia!
Claro que é um psiodonimo, porem o e-mail é real!
Fui morador do bairro chamado Jd. São Francisco, e hoje estou com 38 anos.
Quando minha família mudou para este bairro eu tinha apenas 10 anos de idade e foi um baque muito grande, pois moravamos em um bairro nobre e por força maior meus pais compraram um terreno nesta região, e neste periodo havia muitos criminosos no entorno, tanto é que, nos primeiros anos neste bairro, era comum ouvir “tiros” durante a madrugada de sexta para sábado e ao amanhecer avistar um corpo baleado, geralmente “bandido” e morto, muitas vezes o “Zé Laranja” que havia matado com tbm o cabo “Bruno”. Foi desde então que aquele bairro começou a ficar mais tranquilo, pois não só o Zé Laranja, como outros “aliados” faziam a “segurança” do bairro todo, Por a caso em uma pesquisa feita por mim, achei este blog e resolvi dar este pequeno depoimento, pois não só conheci pessoalmente o Zé Laranja na minha infancia como ele era tido com um heroi do bairro, das inumeras vezes que ele foi preso, a comunidade arrecadava dinheiro para providênciar a soltura dele, infelismente ele foi assassinado da mesma forma com a qual ele mata seus alvos”bandidos” com um tiro disparado de um calibre 38 com munição tipo “DUMDUM”, em seguida seu irmão assumiu o posto, mas pouco tempo depois foi morto por bandidos e realmente o apelido era de “CHICO MEXIRICA” e com receio de perder mais membros da família seus pais foram morar em outro estado, e ao que me parece o irmão casula “Romildo” foi morto infelismente tbm, porem ele não tinha envolvimento com o que chamavamos de “justiceiros” e inclusive sua morte foi narrada por um apresentador de noticias policiais da época “Gil Gomes”. Como eu disse fui morador do bairro o meu e-mail existe, caso queira algum contato, meu nome é ficticio. Abraços


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Jpp

julho 1st, 2017 às 8:57

Fiquei sabendo esta semana que o filho ze laranja foi morto lá no JD São Francisco


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Jpp

julho 1st, 2017 às 8:59

Olá Farias megera qual é o seu email? Você sabe detalhes dados mortes DO ze laranja e do Chico?


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Silvio Santos

janeiro 24th, 2018 às 14:48

As historias dos justiceiros sao reais. Existiram sim. O ze laranja. Chico mixirica cabo bruno. Joao balaio. Todos da zona sul. So o joao balaio deve ta vivo e preso.


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