Como eu sou pagã, posso pecar à vontade porque minha alma está condenada até o dia que eu me batizar, certo? Acho que sim. Ouvi um papo desses quando eu era criança e adotei. Graças a esta história, eu bolei um plano para entrar no céu, mesmo se eu me acabar de fazer coisas erradas na Terra. Vou pecar os meus pecados preferidos até o meu nariz fazer bico e, antes de morrer, eu me batizo. Como é que eu vou saber o momento de me batizar? Eu sei quando será. E não me pergunte como eu sei. Eu simplesmente sei, e não sei explicar como. E não adianta fazer essa cara de duvide-o-dó! Eu tanto sei, que vou fazer questão de deixar avisado. Assim evito ficar irritada com o zumzumzum no purgatório. Não quero ninguém avermelhando a minha orelha e dizendo que eu era uma abilolada papuda que se mandou sem mostrar os superpoderes que dizia que tinha. Mas vamos com calma… O que é que eu estou escrevendo? O título do post não tem nada a ver com a minha salvação e sim com as bobagens que os celibatários dizem. Na verdade, o que eu queria saber é por que diabos tanta gente decidiu pagar um pau danado para aquele velhinho dondorô* que ficava mandando o povo parar de transar pra evitar filho? O cara escolhe não apalpar ninguém e a gente que paga o pato? Convenhamos, pedir isso para um bicho que está condenado a uma estimativa de vida de mais ou menos setenta anos é, no mínimo, pecado top five. Não dá pra levar alguém que diz isso a sério, nem que ele tivesse salvado o planeta em algum momento da sua existência.
Confiem na tia Alê: nada de dar ouvidos para essa lengalenga papal. A atração física pode levar ao sexo, o sexo à paixão, a paixão às confusões, as confusões à necessidade de comunicação e a comunicação à amizade, que é a única coisa nessa vida que não pesa na bagagem (a ordem dos acontecimentos pode alterar o resultado, mas isso não interessa nesse post). No mais, é só usar camisinha por diversão, pílulas por fé e marcha a ré se você beber e perder o juízo.
* Dondorô: expressão usada pela minha sogra para se referir às pessoas que envelhecem até um certo ponto, param de envelhecer e não morrem nunca. Sabe como é? Aquele povo que tá mais pra lá do que pra cá, já virou o cabo da Boa Esperança, mas não vai de jeito nenhum. Exemplo: Xii, aquele lá virou dondorô.



Escrito pela Alê Félix
6, abril, 2005
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Em dois anos e meio de blog já se foram mais de um milhão e meio de visitas. Mais de quinhentas mil desde abril do ano passado (em fevereiro rolou a mudança do domínio amarula com sucrilhos para o licor de marula com bla bla bla.). Isso, mesmo depois da minha saída do blogger e expulsão do Blog of Notes, do processo, do começo de todas as minhas brochadas, mudanças de URL e dos últimos meses que eu me afundei no trabalho e perdi totalmente a vontade e o tempo para blog. Tem sido muito legal ver que o povo me acompanha, espera e volta quando eu volto. Desse jeito eu me sinto até gostada de verdade.
Mas venham cá… Se eu começar a cobrar um dinheirinho por acesso será que vocês continuam voltando? Hum, tentador… Hehehe! Ok, brincadeira. Vou parar com esse papo porque ontem eu jurei pela minha entrada nas botas da Xuxa que vou abafar dentro de mim esse meu lado Salim. Não faz bem, não. Parece que tudo vira milhão quando se nasce com uma cabeça de negociante turco e se é criado nos camelódromos do Largo 13 de Maio. Taí os acessos do blog que não me deixam mentir. 2-5.jpg
Mas que bicha metida a besta que esse blog me deixa…



Escrito pela Alê Félix
5, abril, 2005
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No final do ano passado, logo após o lançamento do livro Balde de Gelo , as pessoas abaixo foram premiadas com um exemplar do livro. Eu cheguei a deixar até o meu telefone em um post. Assim não tinha como vocês deixarem de me contatar para passar o endereço. Somente o Fellipy e a Mariana me enviaram um e-mail com o endereço para entrega. A Liliana eu sei que está pra vir para o Brasil e quer recebê-lo aqui. O resto do pessoal, nem sinal de vida. Clay, tô muito brava com o fato de você ter comprado o livro. Você sabia que era só entrar em contato que eu teria te enviado. Me manda o seu telefone por e-mail que eu vou ligar pra puxar a sua orelha. Seu site não existe mais e não tenho certeza de que este seu email da UOL esteja correto. Muito feio isso que você fez, mas como você disse que adorou o Balde, eu te desculpo mandando um exemplar do Depois que Acabou. 🙂
Para a Samanta, a Veronica e a Liliana: cadê vocês?
Samanta
www.batcamaleoa.blogspot.com
Fellipy
fellipy.blogspot.com
Veronica
numdiaflores.blogspot.com
Clayciele
cuteslipk.blogger.com.br
Liliana
aarvoredosdesejos.blogspot.com
Mariana
www.marianamelo.weblogger.terra.com.br



Escrito pela Alê Félix
4, abril, 2005
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Se o carro tivesse seguro não seria praga, seria sinistro. Mas deixa estar, agora só de pirraça vou comprar mais um carro velho. Com a diferença de que, dessa vez, vou comprar um conversível velho. O conversível que eu sempre quis comprar quando era solteira e meu pai me impedia dizendo que não era bom. Difícil será escolher qual conversível… Me amarrei na perua, mas tô achando que é dar muito mole para as piadinhas bestas. Mas quem disse que eu me importo? Não me importo mais com as piadinhas bestas! A perua continua na lista. Também acho que vou parar com a muquiranice e comprar de vez a máquina de pinball e o saco de boxe que eu vivo enrolando pra comprar. Há anos eu sonho dar tilts em uma máquina pessoal e murrões em pessoas imaginárias penduradas no teto. O saco deve resolver a parada das pessoas imaginárias… E chega de trabalhar feito uma besta quadrada só pra garantir uma velhice sem pagar micos. Vou voltar a viajar de carro por aí… Eu e meu carro velho conversível. E já que é pra voltar ao meu normal, vou perder de vez o bom senso e comprar um par de botas da Xuxa (sim, botas anos 80!). Eu sei, eu sei que é uma idéia ridícula vindo de uma gorducha, mas talvez eu decida emagrecer. Tudo bem que eu nunca vou ser magra, magra… Mas, também, a magreza nunca foi um sonho de consumo verdadeiro pra mim. Eu gosto de mim cheinha. Estar gordalhona anda me irritando, mas cheinha eu vivo em paz. O problema da gorduchice é quando a vida vira uma vida balofa… Aí é punk. E nem me pergunte o porque das botas. Toda gorducha tem piração com botas. Elas são horríveis, mas a gente vive sonhando em entrar nelas antes de morrer. E falando em morrer, vou continuar me matando em posts todo dia primeiro de abril. Sim, é sadismo e narcisismo. Não vou mentir. Eu sou normal, sou como você, sou como todo mundo é, por mais que queira parecer diferente. Ver desavisados sofrendo a minha possível ausência é tão estranhamente prazeroso quanto queimar calorias esmurrando desafetos em sacos de boxe. badboy.png
sonhosdeconsumo.jpg



Escrito pela Alê Félix
3, abril, 2005
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O roubo do carro foi real… Nenhum amigo, nenhum irmão. Foi ladrão mesmo. Um ladrão movido pela praga do primeiro de abril que todos vocês me rogaram.Sur.jpg



Escrito pela Alê Félix
2, abril, 2005
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Mais de quatro horas da manhã e:
– Eu estou trabalhando desde às nove da manhã.
– Estou de saco cheio de pessoas físicas, Ltdas e S.As.
– Nunca mais eu trabalho para prefeituras.
– Não aguento mais ver provas de cor e mídias dando pau.
– Definitivamente eu quero voltar a morar longe do Centro.
– Acreditem ou não, acabaram de roubar o meu carro que estava estacionado bem aqui na porta de casa.
É bom que não seja nenhuma piadinha de primeiro de abril dos meus irmãos, amigos ou qualquer um que queira se vingar de mim pelos primeiros de abril do passado. Se for, prepare-se para a guerra porque trabalhar até esse horário me deixa de muito mau humor.



Escrito pela Alê Félix
1, abril, 2005
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Quer saber? Tô num mau humor da desgraça. Esqueci tudo o que passou pela minha cabeça sobre o BBB5. Foi-se. Mas, enfim, passada a borracha, o que importa é que eu rompi a barreira do rancor global e votei (três vezes) para o Jean ganhar. Gostei muito daquele menino. Num mundo televisivo cheio de maus heróis (e nem estou falando dos Inacreditáveis), o Homem Maravilha me fazia sorrir em frente a TV. E não pela sua graça (engraçada é a Pink), mas pelas palavras doces que ele tinha o tempo todo pra oferecer. Aliás, é disso que a gente carece: humor, doçura e… perdão no coração também vai bem.
Mas mudando de pato pra ganso porque não era mais sobre isso que eu queria escrever: Rô sai do telefone, cacilda! Tentei falar com você a noite inteira e você devia estar se conectando (só pode!). 🙁 Tô de bode e precisando me confessar com a minha orelha DDD predileta. Ando pior que o Ronaldinho, uma bola fora atrás da outra… Ah, outra coisa: falando sobre conexão, lembra do sonho das almas jogando Sin City? Aquele sobre conectar-se, interferir, se envolver… Então, você já prestou atenção na letra da música “A Seta e o Alvo” do dito cujo? Vê, depois a gente tricota.
Eu falo de amor à vida, você de medo da morte
Eu falo da força do acaso e você, de azar ou sorte
Eu ando num labirinto e você, numa estrada em linha reta
Te chamo pra festa mas você só quer atingir sua meta
Sua meta é a seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera
Eu olho pro infinito e você, de óculos escuros
Eu digo: “Te amo” e você só acredita quando eu juro
Eu lanço minha alma no espaço, você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro e você só lamenta não ser o que era
E o que era ? Era a seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera
Eu grito por liberdade, você deixa a porta se fechar
Eu quero saber a verdade, e você se preocupa em não se machucar
Eu corro todos os riscos, você diz que não tem mais vontade
Eu me ofereço inteiro, e você se satisfaz com metade
É a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada ?
Sempre a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada ?



Escrito pela Alê Félix
1, abril, 2005
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Bah! Primeiro de abril arruinado… Droga. Não, não foi culpa de ninguém por aqui. Eu é que ando chocha. O que não significa que o primeiro de abril desse ano foi um ataque de falta de criatividade. Vocês é que tem a memória fraca. Eu aviso há três anos que eu me mato nessa data e vocês vêm com papinho. Olhem os arquivos seus nós cegos. E o ano que vem vejam se processem a idéia de que a graça não é ver se o Kenny vai morrer no final, mas sim como ele vai morrer.
Quanto à cirurgia, era blefe. Fazia parte do plano 01 de Abril. Ou seja, quem acreditou, caiu 50% no meu primeiro de abril.
Beijo pra todo mundo, adorei os comentários e agora chega desse papinho besta de primeiro de abril porque eu tô louca pra escrever sobre a vitória do Jean do BBB5. Péssima semana pra acabar o raio do programa.



Escrito pela Alê Félix
1, abril, 2005
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