Vou contar um segredo… Assim fica mais fácil entender os posts baixo-astral e os sem-pé-nem-cabeça. A coisa funciona mais ou menos assim: eu sou viciada. Um vício terrível que me deixa péssima nas fases de abstinência. Você pode achar que é viadagem minha, mas não há muito que se possa fazer pra resolver isso. Sou uma viciada em ilusões. Blá, blá, blá, vá gozar a vovozinha, Jaime. É a mais pura verdade. Talvez, a minha maior verdade. Quando não há nenhum sonhozinho com cara de impossível, nenhum téco de paixão fervilhando na minha mente; eu perco a vontade de arriscar, a vida bege entra em ação, eu me transformo na coisa chata, chorona e reclamenta que eu detesto e nada, nada mais tem graça. Se não há nada pra querer, não há muito o que viver. É assim que a fase de abstinência me parece. Deu pra entender um tiquinho? Acho que deu. Todo mundo tem um pouco disso, mas tem gente que lida melhor com a falta de conquistas. Eu, sofro. Sofro e sinto uma falta desgraçada de coisas arrebatadoras.
Mas agora estou na fase do luto. A fase onde sou obrigada a ver onde foi que eu errei e blá, blá, blá… Detesto essa parte. Acabo transformando todo sonho bonzinho em titica de galinha. Aí é que dói pra lascar… Dói, mas também passa. Pior do que doer é realmente não acontecer nada. Se eu for pensar direito, os lutos são fases até interessantes. Além do mais, o pior deles durou vinte e um dias e o mais ligeiro duas horas. Sendo assim, me ignore quando eu reclamar deles. Ria da minha cara de fracote toda vez que eu estiver nesse estágio. Ria, mas não me peça pra não sofrer o lutinho das minhas migalhas de ilusões! Duas ilusõezinhas muito gostosas morreram recentemente e, por elas, vou me afundar no trabalho um pouco mais. Há quem se recupere com bombas de chocolate, eu me recupero ganhando… Nem que seja dinheiro (para aqueles que disserem que minha mania de trabalho é uma fuga: vão a merda. Meu trabalho é um jogo. Se não fosse, seria muita falta de criatividade usá-lo para voltar a me divertir com meus sonhos que, às vezes, até se tornam realidade, mas, muitas vezes, nascem e morrem somente dentro de mim.).



Postado por:Alê Félix
13/04/2005
0 Comentários
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Lidia

abril 13th, 2005 às 8:24

Pow, ale! Tambem sou assim!


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Ti

abril 13th, 2005 às 8:26

Meus pesames, Ale. Espero que o seu lutinho dure menos de 48 horas porque eu estou com técos de paixão pelo que vc escreve. 😉


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Lucas

abril 13th, 2005 às 9:10

Mas esse nao seria um bom momento pra escrever mais?


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Bicu

abril 13th, 2005 às 11:35

Terri, Papa, Rainier, ilusõezinhas… o que falta mais, meu Deus?
Agora, minha amiga perturbada, curta: te joga no chão, role pela areia, dê chicotadas nas costas, corra nua pela rua e aguarde. Ilusões fresquinhas te observam.


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Alê Félix

abril 13th, 2005 às 12:36

Biquito, tu tá realmente parecendo uma mãe dina! hehehe… Te ligo hoje a noite pra dar oi e chorar os meus técos. Quase fui pra Porto Alegre ontem resolver um caso de urgência.
Acabei não indo, como vc pode ver. A TAM resolveu o caso pra mim. :-s


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Juliana

abril 13th, 2005 às 13:51

Não vai contar que ilusões são essas????


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Bicu

abril 13th, 2005 às 14:11

Maldita TAM.. heheh… e nem ouse vir a Porto sem falar comigo.


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André Stern

abril 13th, 2005 às 14:18

Eu ia perguntarsobre o ócio criativo, mas já que você se afunda no trabalho, nem ócio existe.. xP


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Livia

abril 13th, 2005 às 22:50

ah Ale, eu sou um pouco assim tbm….quando não tenho nenhuma fantasia deliciosa, aquela coisa que eu quero de qualqquer jeito alcançar e caio na real…eu fico beeeeem frustrada….não são periodos muito longos….tipo uma semana…um mes….e depois qdo eu menos espero já tenho outra….hummmm
beijo


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Silvia

abril 27th, 2005 às 20:28

É isso deve ser vírus. E tá pegando. Por que agente não larga? Por que sentindo a gente vive mais e melhor, e quanto mais pronfundo e arrebatador o sentimento, mais idem a vida.


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