Deve ser natural sofrer em espanhol quando se acha que o ideal seria gozar em italiano, fingir orgasmos em
inglês e mentir em (e acertar no) português.



Escrito pela Alê Félix
12, dezembro, 2003
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Agora dei de ouvir Maná quando estou triste… Era o que me faltava. Bom, pelo menos aposentei o Luis Miguel
e a Perla.



Escrito pela Alê Félix
12, dezembro, 2003
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Às vezes é muito difícil parecer forte, mas não me canso de parecer…



Escrito pela Alê Félix
12, dezembro, 2003
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Alguns amigos me farão rir para sempre. Há anos eu não via o Mario. Até que, às três horas da manhã de uma
madrugada qualquer do ano passado, o cara me liga. Assim, do nada, depois de uns oito anos sem dar notícias.
– Quem incomoda?
– Oi… lembra de mim?
O sujeito parecia arrasado…
– Não.
– Estava dormindo?
– Não. Quem está falando?
– Puxa, Alê. Não lembra mesmo de mim? É o Mario…
– Piadinha a essa hora é fo… Mario! Claro! Cacete! Está vivo, criatura? E aí? E a vida, menino?
– Eu tô bem, Alê. Fiquei sabendo que você mudou aqui para o Sumaré.
– Pois é. Já tem um tempo. Passa aqui.
– Não vou atrapalhar?
– Não, de jeito nenhum. Estou terminando um risoto. Passa aqui e janta com a gente.
– Você cozinha?
– Pra caralho!
– Desde quando?
– Essa é uma longa história, passa aqui que a gente conversa.
– Beleza. Daqui a pouco eu tô aí.

Eu e o maridon amanhecemos ouvindo as lamúrias (engraçadíssimas) do garoto. O “sem noção” havia conhecido uma
mulher pela internet, ido morar com ela e estava de casamento marcado pra dali a alguns meses. Sabe esses
casamentos que a gente vê e tem certeza de que não vão dar certo? (estou sendo sincera) Era um desses. Mas a
festa foi de arrasar, com direito a cerimônia na Nossa Senhora do Brasil e telão com meia dúzia de fotos dos
poucos meses que eles namoraram.
Não demorou muito para que os dois se separassem. O fim do casório foi bem mais divertido. Eu e mais uma galera
de amigos soubemos de todos os detalhes através de um e-mail (spam) que o nosso querido Mario nos enviou
contando tudo. Meses depois, pra variar, ele decidiu escrever um livro sobre a relação.
Não, eu não tenho nada a ver com isso. Não quis incluir a Deise na minha lista de carmas para a próxima
encarnação. O livro foi publicado por uma outra editora, mas eu não perco este lançamento por nada neste mundo.
Só espero que o livro não tenha ficado tão ruim quanto o risoto daquela noite. Depois eu conto… 😉
Hoje na Livraria Asabeça – Rua Deputado Lacerda Franco, 187 – Pinheiros
Das 18h às 21h30min.



Escrito pela Alê Félix
10, dezembro, 2003
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ALEFELIXF@HOTMAIL.COM

Já tinham me pedido antes, mas eu nunca que instalava esse trem. Mas já vou avisando que eu entro pouco e,
quando entro, duro pouco. Ah, e deleto os malas na primeira pentelhada. 😉 Brincadeira, podem me colocar na
lista que eu não sou tão nojenta quanto pareço, mas já vou avisando que, se entrarem lá pra me perguntarem do
raio da saga, a resposta é: aguardem técos dos próximos capítulos.

Beijo na bochecha!



Escrito pela Alê Félix
9, dezembro, 2003
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Não existem caminhos diferentes, existe a necessidade ou a vontade de ir embora. E fizemos isso tão às
escuras e por tantas vezes, que tratamos de esquecer e fingir que nada aconteceu.
Eu não consegui esquecer. Sinto saudade das amizades perdidas. Saudades daqueles que o endereço mudou, o
telefone diz que não existe e o abraço se desfez em lembranças. Sinto pelas horas que tivemos e desperdiçamos
com palavras desnecessárias. Sinto pelo descuido e por não ter respondido quando vocês me chamaram. A maturidade
sempre chega antes ou depois, nunca na hora certa. Sinto não ter sentido.
Às vezes sonho com uma agenda atualizada. Nestas horas eu quero de volta as lágrimas que ficaram nos nossos
ombros, o barulho da campainha no meio da madrugada e a porrada de ter alguém que saiba amar apesar de tudo.
Quero os amigos que se foram, mas que nunca deixaram de ser. Nada deveria ter valido mais do que a mistura das
nossas histórias.
Queria poder dividir os sonhos, as rugas e os dias. Mas, se não fosse possível, bastaria se eu pudesse contar
que, apesar dos pesares, vocês são parte do que eu me tornei. Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria insistido
antes de perdê-los de vista.

Para o Abu, Kiko, Renata, Wagner, Candy, Marilu, Vanderléia, Gesian, Marcelo, Liliam, Claudia, Edson e Zé –
Amigos que eu ganhei e perdi.



Escrito pela Alê Félix
8, dezembro, 2003
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– Você não perde por esperar…
– Você não sabe nada!
– Não sei, mas ouvi falar.
– Todos nós ouvimos falar.
– Mas as minhas fontes são confiáveis.
– O nome disto é fé. E ela pode te dar segurança, mas não certezas.
– Está certo. Não quer me ouvir? Problema seu.
– Já que você acredita tanto no outro lado, porque quis companhia?
– Primeiro porque você não sobreviveria sem mim, segundo porque não quero correr o risco de não aprender a
compartilhar. Disseram que seria garantido se você viesse.
– Garantia? Todos sabem que não há garantias. Medo. Foi por isso que você implorou pra eu vir junto. Aposto.
– Eu implorei? Fiz um favor! Você me deve a vida. Mas não se preocupe, eu não costumo fazer cobranças.
– Eu não me importaria de ficar aqui sem você.
– Sei, sei… diz isso agora porque eu estou aqui.
– Atrapalhando e apertando.
– Mas do seu lado. E dizem que depois daqui, manter-se ao lado é uma das tarefas mais difíceis.
– Até mesmo a inexistência seria melhor do que ficar aqui com você me chutando.
– Ah, é? Vamos ver como você reage quando chegar a hora. Disseram que é terrível, que aparece uma luz, que é
frio e que todos são chicoteados logo que as portas se abrem.
– Será que existe alguma chance disto acabar antes do prazo? Eu não quero passar dez luas com você e as suas
lendas…
– Sabe de uma coisa? Você era muito mais legal antes de virmos para cá.
– Se você ainda não percebeu, nós estamos mudando.
– Percebi sim. Percebi inclusive que o formato do seu nariz está ficando igual ao meu. Mas não se preocupe, a
evolução pode melhorar a sua aparência, mas duvido que terá efeito sobre as suas idéias.
– Mais um chute e eu enforco você com esse cordão!

Tem um (a) desenhista bacana por aí?



Escrito pela Alê Félix
7, dezembro, 2003
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Por que é que sempre que eu estou prestes a chutar o pau da barraca, aparece alguém pra me contar uma
novidade e desviar a minha atenção?

Escrever me ajudou a organizar os pensamentos. Me trouxe um pouco de lucidez e outro tanto de inquietação.
Me fez dormir e me tirou o sono, mas sempre me deu paz depois do ponto final.

Eu estava seriamente tentada a parar. Parar tudo. Inclusive com o blog. Recomeçar de alguma interrogação mal
respondida e tentar organizar melhor os dias, o corpo e a mente. Agora eu não sei mais…

Pensei. Só pensei. Não estou dizendo que vou parar. Nem tenho porque parar. E, se fosse, não ficaria de frescura
procurando afagos no ego. Pararia e pronto. É isso. Tô chata, mas já sei o que fazer. Trabalho braçal distrai a
minha mente. Mas como não tem roupa no tanque, vou brincar no Photoplus. 🙂 Fui.



Escrito pela Alê Félix
6, dezembro, 2003
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