Minha linha da vida me confunde – até hoje não consegui entender direito qual é a dela. Me parece curta
demais para um corpo que tem pretensões de viver pra sempre. Talvez seja por isso que optei por viver como se o
meu fim fosse sempre no dia seguinte. O Veríssimo, o filho, diria que um dia eu acerto. C’est la vie! Não
me importo. Enquanto eu vivo assim, tento fazer tudo que me der na veneta. Nada vai me prender tanto para que eu
fique para sempre. Era simples, agora não é mais. Estou na fase onde a linha está repleta de rupturas e, de
alguns anos para cá, tudo dói. O descomprometimento me causa uma tristeza quase uterina. É como se eu tivesse
dito “nãos” demais, como se pudesse ter a independência e todos os caprichos sob controle. Minha vida me traiu.
Minhas atitudes me distanciam de um passado recente e me acorrentam a épocas perdidas. Eu achava que, diferente,
não doeria. Engano, grande engano.
Caminhos simples distraem muito mais a mente. Dão a sensação de que há muito pra se viver. Gostaria de saber
onde foram parar minhas linhas do trabalho e da família. A ausência delas me encheu a vida de culpa e certezas.
Tornou-me uma alma solitária em um mundo onde ninguém deveria ser sozinho. Eu me perdi. E talvez esteja cega. Se
eu estiver, espero que seja pra sempre. Prefiro aprender a andar de olhos fechados do que passar a vida dando
cabeçadas e perceber, com o tempo, que eles sempre estiveram abertos. Maldita e breve linha da vida.
Minha sorte, veio traçada em anéis de Vênus. Dou graças por eles. Tanto na mão direita quanto na esquerda, devem
ser eles que me protegem dos finais tristes. Talvez eu não precisasse de dois. Vivo teimando em dividí-los. Mas
como dividir as marcas da minha existência? Guardarei meus anéis. Deve haver uma explicação pra eu ter nascido
com dois. Alguém deve ter achado que eu precisaria de sorte dobrada… Tomara. Não suporto a idéia de que eu
posso ter roubado um deles, na fila para o nascimento. Eu e a minha culpa, maldita culpa.
No mais, meu maior prazer é a minha profunda linha do coração. É para ela que eu gosto de olhar. Porque é só ela
que me oferece algum tipo de futuro. O resto, é só passado e uma mente imersa no caos.



Postado por:Alê Félix
22/11/2003
0 Comentários
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__MaGá__

novembro 22nd, 2003 às 12:22

Alê, adorei participar do chat com você.
Tudo bem q n deu pr terminar a brincadeira do jogo da verdade hehehehehe, mas na proxima garanto q vai dar
¶;*******
Eu n acredito em linha da vida… acho q eu faço meu próprio destino.. mas resolvi olhar a linha da vida.. a
minha eh longa e n tem mtos
corrompimentos.. mas como ja disse, isso pra mim n existe..
Tudo de bom pra você!!!


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*Strelity Star*

novembro 22nd, 2003 às 13:52

Ale!!!
Sabe, eu tenho o mesmo problema q vc, minha linha da vida é curtinha…por isso penso q nem vc!
Adorei participar do chat com vc!Avise quando vc entrar novamente!Eu vou colocar o asteristico de novo no meu
nick, assim sou a primeira no jogo da verdade!
Vc acha q devo lhe mandar a minha história do primeiro bjo?
Bem, depois nós nos falomos, bjo migah!


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Trinity

novembro 22nd, 2003 às 14:32

Oi Alê! Adorei o chat ontem tbm, mas como eu não tava(nem estou) em casa, não pude ficar muito tempo…
Inferno Astral, né? Viva cada dia como se fosse o ultimo, sem pensar no que fazer amanhã… era algo assim.
Beijo!


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guilherme

novembro 22nd, 2003 às 20:34

life is just to die


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PAOLA

novembro 22nd, 2003 às 21:44

Adorei seu blog! 😉


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Flavs

novembro 23rd, 2003 às 10:56

*a lerda*: Como assim anel de vênus? Q q eh isso??


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Reizi

novembro 23rd, 2003 às 15:46

Alê, qual é o seu e-mail para eu mandar a minha história do 1º beijo???????
bjos
Reizi


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bobmacjack

novembro 24th, 2003 às 15:16

Conheci uma garota cuja linha da vida ia até o sovaco. Talidomita.


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Luciana Saleh

junho 30th, 2005 às 13:40

Gostaria de ter mais informações sobre os filhos da talidomita. Os efeitos e danos desse medicamento é
imperdoável!!!


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