Eu vivo falando do Henrique, mas ele não é meu único irmão. Somos em quatro e, agora, só falta o Danilo inventar de abrir um blog. A Shirloca
acabou de abrir um.
Achei que ela não se interessasse por essas coisas, mas acho que me enganei. É que a moça anda em uma fase livre, leve e solta. Uma fase “tudo azul”
da vida. Acabou empolgando-se com a idéia do blog.
Cliquem aqui para conhecê-la



Escrito pela Alê Félix
15, outubro, 2003
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Pulamos a janela e entramos na sala de recreação.
– Marilu, falando sério: por que vestir-se de mulher loira?
– Ué? Por vingança, ora bolas!
– Vingança, Marilu? E quem aqui você quer vingar? Eu? Desde quando você acha que eu preciso da batgirl na minha vida? O que aconteceu não teve nada a
ver com você.
– Ok. Então você se veste de mulher loira.
– Eu? Eu não! Eu não preciso me vingar de ninguém.
– Ok, Então eu me visto. Você só tem que gritar.
– Marilu, quer parar quieta um minuto e me escutar?
Com cara de desaprovação, ela parou de revirar as caixas amontoadas pelo canto da sala e me ouviu.
– Me conta direito o que você pretende fazer.
– Conto. É simples. Uma de nós se veste de mulher loira e se esconde no banheiro. Assim que as meninas pararem de jogar vôlei, elas irão para lá.
Elas fazem isso sempre. A Júlia e a Mariana certamente estarão entre elas. Agora, imagina eu lá no banheiro, vestida de mulher loira, sentada na
privada; você entra, abre a porta da cabine que eu estiver, finge que viu a mulher loira, finge um susto e sai gritando: Mulher loira! Mulher loira!
Em seguida eu saio do box para que as outras meninas me vejam.
Segurei o riso…
– Você não vai durar muito nessa escola… Não há o que eu possa fazer… eu desisto.
– Alê, eu já fui expulsa de três escolas, esqueceu? Acha mesmo que estou preocupada com isso?
– E os seus pais?
– Não importa o que eles acham! Que papo furado! Você nem parece que tem a idade que tem! O que interessa agora é vingarmos você daquelas duas
patetas.
– E quem você acha que é, pra sair vingando os outros?
– Acho que eu sou sua amiga. Ou tenho sido, pelo menos. Acho que isso é só uma brincadeira e você deveria estar se divertindo e não me dando lição de
moral. Alê, custa? Imagina a cena, caramba!
Por vingança eu realmente não me disporia a participar do teatro que ela tinha em mente, mas por diversão… O plano era sensacional! Eu conhecia a
Julia e a Mariana melhor do que a Marilu e tinha certeza de que as duas se borrariam de medo. Era uma idéia genial. Seria engraçadíssimo e eu, apesar
de querer de verdade que a Marilu não se metesse mais em confusão, não podia resistir à tentação daquela farsa.
– Vamos pegar o que for preciso e sair daqui.
– Ah, não acredito! Obrigada. Sabia que você não era tão molenga quanto parecia.
– O que?
– Brincadeirinha, brincadeirinha, brincadeirinha…
Araras e baús escondiam roupas, acessórios e bugigangas de várias peças de teatro que os alunos apresentaram no decorrer de anos. Não encontramos um
lençol branco. Mas encontramos uma espécie de vestido de noiva que caiu como uma luva no personagem da mulher loira. Achamos algodão, maquiagem de
palhaço e uma peruca amarela de fios longos e embaraçados. Não deu tempo de arrumar coisa melhor. Enfiamos tudo em uma sacola de plástico e voltamos
para o banheiro das meninas.
Marilu se arrumou rápido. Botou o vestido em cima da roupa, encheu o rosto de pó de arroz, enfiou algodões nas narinas e ajeitou a peruca. Eu fiquei
do lado de fora, esperando o jogo de vôlei acabar. E foi aí que tudo começou a dar errado.

———-> Continua

Clique aqui para ler o Post I – A saga do primeiro beijo.



Escrito pela Alê Félix
15, outubro, 2003
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Vocês viram que o pessoal do iBest arrumou o sistema de cadastro? Acabou a mamata de tentar as primeiras páginas com aquele monte de símbolos
antes do nome. Uma beleza. Gostei de ver!
Agora só falta eles explicarem porque é que a gente tem que colocar o selo deles, se no ano passado alguns dos sites que chegaram ao TOP10 nem sequer
se cadastraram.



Escrito pela Alê Félix
14, outubro, 2003
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Acho que eu nunca assisti a uma novela do primeiro ao último capitulo; é que eu tenho o mau hábito de assistir a programas de televisão pela
metade. Não por desligar a TV antes deles acabarem, mas porque me descontrolo com um controle remoto nas mãos. Ao contrário de muitas pessoas que
buscam programas de qualidade, eu assisto TV para distrair a mente. Passo muito do meu tempo concentrada nos meus pensamentos e isso só me causa
insônia e montes de questionamentos. A TV serve para me desligar. Lixo cultural ou não, eu quero mais é encontrar programas que me dêem paz, diversão
e a alienação momentânea que tantos condenam.
Mesmo sendo uma zapeadora compulsiva, vira e mexe eu vicio em uma ou outra atração. Foi o caso de Mulheres Apaixonadas. Cai de pára-quedas na
frente da televisão, justamente em uma das cenas do Dan Stulbach. Impressionada com a atuação do moço, liguei pra minha irmã e pedi detalhes. De lá
pra cá, acompanhar a novela virou rotina.
Não que a novela fosse maravilhosa como foi Roque Santeiro ou Vale Tudo, mas a danada tinha vilões imbatíveis. Vários foram os momentos nos quais me
peguei sentada no sofá apertando os olhos e dizendo “O Dan é só um ator, é só um ator” ou “Ela é só uma atriz, ela é só uma atriz” para a vó da
Salete ou até mesmo para a Dóris. Sem contar que o autor conseguiu reunir o maior time de personagens songa-mongas da história das telenovelas. Era
Raquel, Edwiges, Laura, Tereza, Marcinha, Hilda, a irmã dos sertanejos (que eu nunca vou lembrar o nome) e a Vidinha – que além de songa-monga é a
maior prova de que, por mais medíocres que sejam os filhos das celebridades, eles sempre terão seu lugar na trama.
Eu estava adorando o raio da novela. De verdade, mesmo com o excesso de jabás, o discurso moralista, a pregação exagerada do catolicismo e outras
pataquadas que eu deixei entrar por um ouvido e sair pelo outro para não trocar de canal. Não só gostei, como acho que ela foi de grande valia para a
modernização da família brasileira. Um amigo meu, por exemplo, que é gay da bios até o último fio de luzes, nunca pôde levar seus namorados e amigos
afeminados em casa porque os pais não aceitavam e o obrigavam a ter uma vida de fachada para os parentes e conhecidos. Depois das cenas de ódio da
mãe da lésbica bocuda, a mãe dele botou a mão na consciência e deixou o moleque ser feliz em paz. Convenceu o pai e tudo!
Agora, sobre aquele final, valha-me deus! Que foi que deu no Manuel Carlos? Que final foi aquele? Será que, a exemplo do Benedito Rui Barbosa em
Terra Nostra, ele deu os últimos capítulos pra família escrever? Que escola tradicional, no dia da formatura dos alunos, faria um papelón
daqueles? Só se for uma escola tradicional carioca, porque, em qualquer outro lugar, aquela festa acabaria em uma delegacia ou, na melhor das
hipóteses, no Procon.
Era professora confessando ser alcoólatra, a outra dizendo que estava grávida do aluno que o marido matou, Romeu e Julieta lesbian… Imaginem
a cara dos pais desinformados que vão até a escola uma vez por ano? Estou pra ver pai e mãe que aplaudiriam sorridentes e indiferentes àquele
espetáculo todo.
Mas eu bem que imaginei. Três dias antes do último capítulo e o cara ainda enchia lingüiça. E, pior! Deixou visível sua dificuldade em lidar com seus
próprios preconceitos, passou a tropeçar na construção de alguns personagens e deixou estórias paralelas sem final algum.
Tudo ficou fake e sem graça. Quimioterapia sem queda de cabelo (com a desculpa de uma prótese capilar). Beijo de meninas no queixo! Quis
porque quis levantar a questão, romanceou o quanto pôde e amarelou na hora H com aquela bitoca no queixo. E aquela da Estela aparecer peladona no
sítio? Que foi aquilo? Como se não bastasse ver um padre sem batina, sem tesão e quase pedindo desculpas por comer a moça! Dois meses tascando água
da mangueira no peito do italiano pra depois vir com aquele papinho de “vamos com calma”?
Sinceramente? Pra uma novela que diariamente me tirou de cena, aquele final foi uma tremenda de uma brochada.



Escrito pela Alê Félix
13, outubro, 2003
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Meu irmão fará uma apresentação nesta quinta-feira. Clique aqui, deixe seu nome na
lista e garanta sua entrada.


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Escrito pela Alê Félix
12, outubro, 2003
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A graça sumiu. De mãos atadas, mente confusa e boca fechada, estou tentando encontrá-la. Desta vez ela se escondeu muito bem. Ou será que eu é
que estou procurando nos lugares errados? É que é mais fácil achar que a culpa é dela. Mudar o padrão de comportamento poderia ajudar, se não fosse
tão cansativo e doloroso. Não deveria ser, mas é.
Enquanto não consigo sair do lugar, vou tratar de sair deste silêncio. Pode ser um bom começo.



Escrito pela Alê Félix
12, outubro, 2003
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As tristezas de uma mulher estão em sua boca. Seu silêncio pode ocultar suas dores, mas não poupará o contorno dos seus lábios. Seus sorrisos
podem disfarçar suas angústias, mas eles perderão o brilho, pouco a pouco. Uma mulher pode esbanjar felicidade quanto quiser; suas verdades nunca
estarão nas palavras, mas nas curvas que o tempo desenhará em seu rosto.
Não sei se foi impressão minha. Ao olhar no espelho, hoje pela manhã, notei que meus lábios andam a ensaiar traços de melancolia. Só queria saber de
onde eles vêm, já que me sinto cada dia mais de bem com a minha vida. Será que eu aprendi a sorrir de forma tão convincente que enganei meus olhos e
meu coração estes anos todos? Deus queira que seja somente uma manifestação dos meus hormônios. Não sei se eu suportaria ter traído a mim mesma por
tanto tempo.



Escrito pela Alê Félix
8, outubro, 2003
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Lá fui eu fazer o teste do “blogueiro famoso” (Palavras do Bruno. Eu no máximo
disputaria o título de Miss Araçoiaba da Serra com a Camila).
É claro que foi baba ser eu mesma! O curioso foi descobrir que, em uma das questões, eu poderia facilmente dar três respostas diferentes. Por muito
pouco, ao invés de eu ser eu…


que blogueiro famoso você é?


eu poderia ser a…

que blogueiro famoso você é?


ou a…


que blogueiro famoso você
é?


Segundo os textos de cada banner, o que me difere da Rosana deve ser o humor. O
meu não é dos melhores. Já sobre a Fata, o que nos torna tão parecidas,
certamente é a parte do “gostosa, sexy e ardente”. Aliás, porque é que no meu banner não tem essa descrição também? Eu também quero! 😉



Escrito pela Alê Félix
7, outubro, 2003
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