Nunca entendi porque diabos as pessoas são tão possessivas com seus livros. Alguém que eu não vou dizer quem é, chega ao extremo de anotar na agenda para quem emprestou, quando foi e quando volta. Entendo que alguns livros são legais de
ter, mas não gosto da idéia de ter mais coisas na vida do que estou disposta a carregar. Ainda acho que o ideal é ler e passar pra frente. Quer ler
de novo? Compra de novo ou pede emprestado pra alguém.
Mas enfim, por conta desses meus pensamentos, achei ótima a idéia de deixar um livro para um transeunte qualquer.
Saí hoje de manhã toda animada para a minha caminhada matinal com um livro embaixo do braço. Escolhi um parque bacana, sentei tranqüilamente em um
dos bancos da praça principal, escrevi meia dúzia de gracejos na folha de rosto, deixei ele lá e sai de fininho com o intuito de espiar de longe a
pessoa que o encontrasse. Mal virei as costas e quase fui atropelada por uma multidão de crianças.
O parque em questão também é um reservatório da SABESP. É claro que eu havia notado a presença daquelas crianças uniformizadas fazendo anotações, só
não imaginava que as espertinhas estavam de olho em mim, só esperando para darem o bote no meu livro. Se estapearam! A professora, diante do
furdunço, disparou alguns berros e deu fim no banzé. Dois dos endiabrados queriam porque queriam o livro pra eles. Uma menina deu com a língua nos
dentes e avisou a professora que o livro era meu. A mulher mandou que eles devolvessem. Eu, muito da ingênua, sugeri que eles resolvessem a questão
diplomaticamente. O melhor era que continuassem lutando pra ver quem era o mais forte, mas achei que meus métodos não seriam muito bem vistos pela
educadora. Escolheram resolver no jokempô, apesar da minha insatisfação. Sempre boiei nesse jogo. Pedra, tesoura, faca, bah! Braço de ferro teria
sido mais justo. Terminado o joguinho bobo, o gordinho de moletom ficou com o livro, a professora me agradeceu e o outro indignado soltou:
– Você vai ver Kinder! É o segundo que você rouba de mim! Droga…agora só tenho dois.
Eu não entendi nada. Parecia surreal que aqueles moleques estivessem brigando por um livro. E que papo era aquele de “agora só tenho dois”?
Intrigada, virei para a cagüeta e perguntei:
– Por que é que todo mundo correu pra pegar o livro?
– Por causa da aposta. Como tem muita gente deixando livro por aí hoje, quem achar mais leva quinze paus.
– E quem apostou?
– Ué, a classe toda!
– Anh…
E pensar que eu perdi meia hora pensando no que escrever para o Kinder…
Sense,
Não me importo e te linko também assim que atualizar o escambo, ok?
Muito legal o texto!
Prefiro ter o meus livrinhos aqui, sob a minha tutela do que sendo disputados por punheteiros briguentos. Aposto que os putos vão fazer confete com
os livros depois da aposta acabada.
Se bem que existem alguns livros que merecem tal destino… 🙂
Newman!
Controle-se Helô dos livros.
Beijo grande no coração, viu? he he…
huhauhahuahauh
Tadinha gente!!
Que situação!
ahuahuhauahuhauha
Beijos
Ahh esqueci!!
Rapidinho.. e que livro vc deixou???
Beijos
http://www.bookcrossing.com/home
VEJA ISSO !!
Faz um bom tempo que leio, anônima, o seu blog. Mas hoje, contrariando minha enorme preguiça de escrever comentários, gostaria de perguntar: afinal,
qual livro foi vítima das criancinhas endiabradas?
Um abraço.
Oi!
Concordo com você, adoro compartilhar meus livros. Ser egoísta com conhecimento é o cúmulo, né?!
Adoro ler o que você escreve, mais uma vez, parabéns!
Tem que rir dessas crianças hein Alê?
Eu quando li, pensei.. nossa que milagre!! Crianças com tanta vontade de ler um livro!!
hahahah
Tem que rir pra não chorar!
Beijos!!
Me diz uma coisa isso ak é um site de um homem??? não né… só pode ser uma bicha… não tens o que fazer o coisa ridicula, não trabalhas bicha louca
muitooooo legal esse teu blog….vou voltar mais vezes……hehe
xauuuuu………
Parque? Reservatório da Sabesp/ Uia…você mora na VIla Pompéia, Alê?
Alê, essa sua história merece um comentário no Blogfilho…
(marketing-safado-e-sem-vergonha-quase-spam)
De qualquer forma, fez lembrar a Ana Maria Brega no Mais Você hoje de manhã…
Bacci!
hehehe, q história doida. E parece q mt gente estava com a mesma idéia q vc na cabeça. Meus livros eu empresto, mas gosto q devolvam, livro naum eh
coisinha barata naum. E eu adoro ler os livros mais de uma vez. Já li os meus pelo menos umas 3 vezes, bjus, adoro seu blog^^
E enquanto a molecada se estapeava pelo seu livro, no Rio vários sebos destacaram funcionários para recolher os livros que foram deixados por aí. É
duro, mas não é mole não… 🙂
ola alê…adorei esta historia de deixar um livro a esmo para um desconhecido..eu sou o outro tipo de pessoa…a que guarda seus livros e qdo
empresta quer eles de volta…eu empreto sabe…mas tenho os meus favoritos que se nao me devolvem dá uma dor no coração rsrs : ) bom mas como so
soube disso na hora do almoço nem pude deixar o livro pra ninguem nem encontri nenhum livro…o que é uma pena já que adoro ler…bom adorei a
historia do seu livro…queria saber o que tinha na dedicatoria….eu adoro dedicatorias…eu compro alguns livros em sebos e adoro ficar la
procurando coisas interessantes e lendo dedicátorias que as pessoas deixam para as outras…é lega pensar que aquele livro um dia foi de alguém “com
amor”…bom mais isso é papo para um outro dia…se cuida…beijinhos e bye
adoro o seu blog
bye bye
Julie
Indignidade!!! Não se pode confiar nem na bandalhakid. A mulekada é fogo! Uma vergonha lutar por essa merreca. Como castigo, deveriam ler o livro.
Se soubesse tinha ido lá buscar um com a garotada!!!
Heheheheh
Se deram bem né???
Pois eu vou te falar uma coisa…. saí de casa com meu livro em baixo do braça…. crente crente que iria encontrar milhões de pessoas em igual
situação…. mas o máximo que eu vi, foram pessoas andando com seus guarda-chuvas à tira colo….
Moral da história… voltei com meu livrinho querido pra casa….
Deixei meu querido livro no banco do metro. Observando o povo, buscando que nem a Kika, um outro a carregar sob o braço, um livreto qualquer. Doce
ilusão, por onde andei não achei livros, nem tampouco, alguém o deixando, quem sabe os funcionários dos sebos carregaram todos, antes da minha
passagem?
Abraços,
Oi, Alê!! Também deixei meu livro, foi engraçado, como você, fiquei esperando pra ver quem pegava, aí a moça ainda me perguntou: esse livro é seu? eu
disse que não, ela perguntou pra mais umas pessoas que tavam perto, como todos negaram, ela ficou toda alegre, sorridente, dizendo que adora ler!!!
Mas o que aconteceu foi mesmo engraçado…que será que as crianças iam fazer com todos esse livros depois de terminada a aposta??
Beijo!
Acho que a idéia de “passar” adiante um livro,deve ser estendida para “sempre”…
Qtos livros estão nas prateleiras empoeirados…”jogados” às traças????
Mas acho que simplesmente “abandonar” um livro num banco de praça…não basta!
Deve haver uma interceptação por parte de doador e receptor…um diálogo…um aperto de mão!
Vai que o receptor não gosta do gênero…
E tbém não deve ser “doado” um livro que Vc não gosta…mas sim…um que vc tenha “apego”!!
Compartilhar…é o objetivo!!
Pombas… que sacanagem…..
Alê, da proxima vez deixa na porta de alguém numa cestinha.. hehehehe
Bjs,
Nostra
Isso sem falar nos carroceiros que voltaram para cas com uma tremenda “bagagem cultural”.
ahahahahahahah
beijocas!
(continuo aguardando!)
entao eu vi essa parada do livro como se fosse uma bomba em uma reportagem na tv…e me propus vou fazer igual… estamos em 2006 e esse ano eu
consegui… deixei em uma rodoviaria… o mais engraçado eh que mandei mais de 150 email e um amigo meu recebeu de outra pessoa… na hora que eu
estava prestes a me levantar da cadeira na rodo… minha irma aparece tive que inventar uma historia para ela sair de perto ahahaha… mas enfim
gostaria de ano que vem compartilhar mais experiencias… vi que uma aluna de filosofia na unicamp tambem tentou sem muito sucesso… em 2003 ps; eu
tambem sou academico de filosofia na unicentro pr ..um abraço
Que história engraçada! Afinal, que livro era?
Sempre passo por aqui, coloquei um link seu no meu blog, espero que nao se importe!
Beijo