Normalmente, não viajo na Páscoa. Tenho alguns amigos que, há anos, cismaram de se encontrar as sextas-feiras santa para comer carne. Tornou-se o
famoso churrasco Wicca (ou churrasquinho pagão para os menos religiosos). No final, alguns comem carne, outros não. O que vale é a diversão de passar
o dia jogando WAR e falando bobagem.
Este ano, por pura falta de memória, maridon e eu marcamos de almoçar com a minha sogra. Não havia como desmarcar em cima da hora com ela, estava
tudo preparado para o almoço. Decidimos almoçar com ela e transferir o churrasco para o fim do dia. Nada complexo.
Conforme combinado, chegado o dia, almoçamos em família. Um desbunde de refeição! Moqueca de peixe, casquinhas de siri, vinho, torta de limão…
Minha sogra é a melhor cozinheira que a Bahia já produziu, daquelas que conseguem preparar ovo mexido com um toque especial. Acabamos comendo o
suficiente para engatar uma cochilada no sofá da sala.
Entre um ronco e uma babada nas almofadas, acordamos de sobressalto às sete da noite. Acordamos não. Maridon acordou e eu acordei com o pulo dele. Se
dependesse de mim, estaria jogada no sofá até agora.
Saímos correndo. Ainda precisávamos passar em um mercado 24 horas para comprar o raio da carne e ligar para os amigos que já deviam estar enfurecidos
com o atraso.
No alto de uma ladeira típica nesta região do Sumaré o carro começou a engasgar.



Postado por:Alê Félix
20/04/2003
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