A pior coisa na vida de um adolescente são os amigos adolescentes. Nada é pior do que aquele bando de seres
possuidos por seus hormônios dando palpites sobre a vida alheia. Não. Minto. Pior do que os amigos palpiteiros, são
os contadores de vantagem. Estes sim são os mais insuportáveis. Eu fui um deles, posso criticar a vontade. Não, não
foi de propósito. Minhas amigas me pressionaram para que eu me tornasse a rainha da lorota. E eu? Eu entrei na onda
e caí do cavalo na primeira saia justa.
Meu azar foi encorpar muito rápido. Com onze, doze anos eu já era um mulherão. Uma anta, mas com carinha e poupança
de quinze anos. Atributos suficientes para fazer sucesso com os meninos da oitava série. Ai, ai… os meninos da
oitava série. Se eu pudesse voltar no tempo me aliaria à turma das perdidas e daria uma banana para as bobonas que
andavam comigo. Bem aventuradas as que fizeram fama e não deitaram na cama. Sim, porque as meninas da minha época
(eu sei, eu sei… tremendo papo de velha dizer “na minha época”), só beijavam na boca. Ninguém comia ninguém, não
antes do terceiro colegial.
Eu sei é que eu era uma tapada! Sexo, pra mim, era um “X” riscado em formulários no item feminino ou masculino, nada
além disso. Mas isso foi só até o momento que beijo na boca tornou-se assunto popular. Depois desse dia minha paz e
ingenuidade foram para o espaço.
Minhas duas melhores amigas eram dois anos mais velhas do que eu. Esta diferença, quando se tem doze anos,
acreditem, é equivalente a décadas de experiência sexual. Era um tal de beijei fulano aqui, beijei beltrano acolá,
sicrano beija bem…
“Como assim, beija bem? Algumas pessoas beijam melhor do que outras?”
Eu não dormia, não comia, fui mal em duas provas e não tinha um manual de como me tornar uma beijoqueira nota dez.
Aquilo era um pesadelo e eu não iria levar a pior. Antes que o primeiro namorado surgisse e tagarelasse para os
quatro períodos que eu não sabia beijar, decidi que a salvação seria criar coragem e confessar a minha falta de
experiência para as amigas. Mas, antes, eu precisava fazer xixi…
O banheiro estava descongestionado, ambiente ideal para um xixizinho básico e um momento de reflexão. Certifiquei-me
da solução para o meu problema, estava certa de que elas me dariam boas dicas para não pagar o mico de beijar
errado. Eu suportaria qualquer humilhação, menos o título de “beija mal”. Levantei-me da privada disposta a
procurá-las mas nada aconteceu como eu esperava… Antes que eu apertasse o botão da descarga e abrisse a porta da
baia onde estava, ouvi as duas entrando no banheiro. Olha, já faz bastante tempo que essa história aconteceu, mas eu
juro que a ideia era contar a elas que eu era virgem de beijo na boca. Isso, claro, se eu não tivesse ouvido o meu
nome misturado em uma conversa que não me agradou nada, nada. Silenciosamente tasquei o ouvido na porta e prendi a
respiração. Precisava ouvir cada palavra do que as falsas estavam dizendo pelas minhas costas.
Continua———->
Nossaaaaaaa, onde q eu encontra a outra parte dessa história??????? pelo amor de Deus!!!!
Ow, me manda um email, por favor!!!
Bjusss
oii eu queria saber o fim da istoria!!!
poww eu keru sabeh u final agoraa !!! xauzinhuu