Esse universo de blogs tem sido uma das coisas mais legais que a internet trouxe. A impressão que eu tenho é que,
além de proporcionar um processo de autoconhecimento importante para quem escreve, ele ainda traz bons amigos, uma
melhora significativa na forma que nos expressamos e gera uma necessidade automática de vivermos com intensidade.
Eu não sei quanto a vocês, mas quando eu sento para escrever e nada me vem à cabeça, tenho uma sensação
desesperadora de que nada acontece na minha vida. Sinto vontade de correr para a rua em busca de algo, nem que seja
só para caminhar um pouco e pensar em estórias que supram a minha carência de histórias. Sempre nos resta a
capacidade de fantasiar e este é o melhor lugar para despejarmos nossa imaginação, nossos sonhos, pensamentos e
opiniões.
Pena que tudo isto está tão vinculado ao nosso ego. Acho isso um perigo. Temo que ele se transforme em um lugar como
outro qualquer, cheio de grupinhos fechados, discriminação, rixas, ataques de vaidade, inveja e afetação de
estrelas.
Minha intuição diz que a explosão dos blogs é um dos movimentos mais enriquecedores dos últimos tempos. Um espaço
que deveria servir como exercício de controle dos extremos da personalidade de cada um, que pode servir de vitrine
para os grandes talentos escondidos em suas casas ou simplesmente um veículo a mais de comunicação. Qualquer uma das
possibilidades é válida e merecedora de aplausos. Bom ou ruim, é relativo e aquele papo de que gosto não se discute
deveria ser uma regra básica para navegar por este mar de blogs que já surgiram e que surgem a todo o instante.
Eu vou ficar por aqui, fazendo história junto a vocês, escrevendo do jeito que falo, controlando meu ego e,
principalmente, lendo outros blogs. Seguirei os conselhos de uma menina que, sabiamente, soltou um banner em seu
site alertando as pessoas para não escreverem mais do que lêem. Não é a toa que ela sonha com um mundo perfeito.